Associação Gnóstica de Brasília

Guerra e Paz: Aspectos Ocultos da Gangorra Humana de Sofrimento

GUERRA E PAZ: ASPECTOS OCULTOS DA GANGORRA HUMANA DE SOFRIMENTO Por que escrever sobre a guerra ? Neste março de 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia nos traz de forma chocante o fantasma da guerra, nos cabe abordar o tema. Aquelas pessoas mais próximas de sua natureza divina, as que já tomaram consciência que todo o planeta Terra é um só organismo, aquelas que sentem compaixão por qualquer ser que sofre, este tipo de indivíduo sente o coração apertare até doer quando tem notícias de guerras. Podemos até dizer, no sentido contrário, que ficar impassível e inerte diante de uma guerra denota embrutecimento e perda de valores humanos, indica degeneração da alma. As guerras são o contrário de tudo que é bom, trazem violência, sofrimento, vítimas inocentes, soldados jovens compelidos inconscientemente a matar e morrer; guerras são trevas e dor, marcam as pessoas por muitas gerações e até, individualmente, cada um de nós por várias vidas posteriores. Mesmo que inconscientemente, todos nós temos traumas de guerra: matar, morrer, sofrer, fome, frio, doença, fugir, pavor, destruição… Podemos trazer alguns números hediondos desse terror: invasões mongóis de Gengis Khan no século XII: 70 milhões de mortos; repressões chinesas a revoltas religiosas no século XIX: 100 milhões de vidas perdidas; 1ª guerra mundial: 20 milhões de perdas humanas; guerras civis russa e chinesa na primeira metade de século XX: 15 milhões de mortos; 2ª guerra mundial: 80 milhões de vítimas fatais; guerra fria EUA-URSS no pós guerra: 20 milhões de pessoas perdidas… E para cada morto há muitos parentes que sofrem, se traumatizam, ficam desassistidos, têm seus futuros frustrados: são mães, pais, avôs, esposas, filhos, irmãos, amigos, alunos, crianças, bebês… todos marcados pela brutalidade da guerra. Por isso que Samael Aun Weor, sociólogo gnóstico e pacifista do século XX, na busca de evitar este flagelo e apontar uma solução, ensina que a guerra é devida à inconsciência das pessoas: “ Os humanoides intelectuais equivocadamente chamados de homens possuem na verdade somente uns 3% de Consciência; se tivessem pelo menos 10% de Consciência, as guerras seriam impossíveis na face a Terra”. Algumas consequências Ocultas da Guerra Além das já conhecidas perdas de vidas, sofrimento, enriquecimento de uns e miséria de outros, desenvolvimento tecnológico, redefinição de fronteiras, fortalecimento de ideologias e outros fatores, a guerra também traz consequências terríveis que se estendem por séculos, as quais nem sempre são abordadas por historiadores, sociólogos e até religiões. Eis algumas dessas consequências ocultas ou invisíveis: traumas nas almas dos mortos – e também nas de seus parentes – o que ecoa por várias vidas futuras de todos os envolvidos; quebras de populações inteiras, principalmente combatentes masculinos, chegando a distorções na formação de família e levando à poligamia oficial, por exemplo; sumiço de culturas e de valores característicos de cada povo, os quais normalmente levaram dezenas de milhares de anos (ou até mais) para se formarem; agressão ao ambiente, com animais, plantas, rios, lagos, atmosfera etc. sendo vítimas inocentes das armas de destruição; e, talvez a pior das consequências, a banalização da dor alheia, da opressão pelo mais forte, da violência… ver as guerras como coisas naturais, justificáveis e até necessárias. Novamente o filósofo Samael nos traz sabedoria sobre este ciclo vicioso: “ Toda época de paz é sucedida por uma época de guerra e vice-versa. Somos vítimas da Lei do Pêndulo e isso é doloroso. Se queremos ver os dois aspectos da cada questão (guerra e paz), se faz necessário viver não dentro da Lei do Pêndulo, mas sim dentro de um Círculo Mágico, fechado”, referindo-se à fluência virtuosa de energias e riquezas de forma harmoniosa, sem as polarizações instáveis das épocas de guerra e paz. Motivações Geopolíticas e Econômicas da Guerra Os estudiosos acadêmicos da guerra costumam indicar origens geopolíticas e/ou econômicas para os conflitos armados, como busca de territórios, imposição de ideologia (religião, estruturação social, modelo político etc.), disputas de mercados, garantias estratégicas de energia (petróleo, gás, urânio) e matérias primas e até, o que ainda não se fala muito mas será sem dúvida motivo futuro para guerras, riquezas naturais e da biodiversidade, como temos em nossa Amazônia que é planetária. Relembrando Samael Aun Weor, mestre da gnose contemporânea: “A ganância exorbitante, o conflito de mercados, a competição bárbara e o ódio, levarão a humanidade à terceira guerra mundial ”. Todas essas motivações são materiais e temporárias, circunstanciais, por dependerem da cultura, da época e da necessidade de cada povo. Quem poderia pensar que já tivemos guerras por ópio, por peles de castor, por toras de pau-brasil, pelo direito de escravizar outras pessoas ? Ou ainda, que 3 religiões disputaram em inúmeras guerras – e continuam se estranhando, com ódio e sem perdão, pela cidade de Jerusalém, considerada sagrada para Judaísmo, Islamismo e Cristianismo. Como pode algo sagrado ensejar guerras ? Qual dos 3 Deuses, legisladores, profetas ou messias é o melhor ? Isso nada tem a haver com Deus. Isso é coisa de homens degenerados, afastados do espírito. Para essas disputas inconscientes só há uma resposta, sintetizada por Samael: “ Lançam-se à guerra, mas não querem a guerra, porém sempre vão, ainda que não queiram… Por quê ? Porque estão hipnotizados”. Motivações Psicológicas e Individuais da Guerra Aqui o “bicho começa a pegar para o nosso lado” como se diz no vulgo, pois nos acostumamos mais a criticar os outros, o vizinho, o presidente, o país amigo ou inimigo, do que a nós mesmos. Desde pequenos somos induzidos a explicar, justificar, olhar para fora, desviar-nos de nosso interior, encontrar a culpa no outro. Todos nos eduzem à ambição, ao sucesso, ao emprego, ao dinheiro, ao prestígio, à personalidade digital para termos milhares de seguidores na redes sociais. Pouco se ensina a olhar para si mesmo, compreender a si mesmo, criticar a si mesmo, se auto-aperfeiçoar. Conciliar ao invés de polarizar, apaziguar ao invés de conflitar, dialogar ao invés de discutir, enriquecer-se com a opinião do outro ao invés de tentar mudá-la para que seja igual à nossa. Virtudes como empatia, generosidade, …

Deus Pai, Deus Mãe: A Bela e Misteriosa Dança do Universo.

DEUS PAI, DEUSA MÃE: A BELA E MISTERIOSA DANÇA DO UNIVERSO Muitos de nós em nossa formação religiosa, aprendemos que Deus é Pai, é masculino, e isso advém de séculos de uma postura equivocada, muito influenciada por uma era essencialmente patriarcal – a Era de Peixes, que findou em 1.962. Surge então no século XX o advento da Era de Aquário, possibilitando a ação das forças de Urano, seu planeta regente, nos impulsionando na busca profunda do Universo. Então aprendemos que Deus também é Mãe e que podemos buscá-la dentro de nós mesmos. Dedicamo-nos a encontrar esse aspecto sagrado em nossas profundezas, mas, por força de nossa mecanicidade psicológica, e influenciados pela lei do pêndulo, saímos de uma postura extrema à outra, passando a ver Deus como Mãe em sua essência, sem compreender que o Creador não se divide e sim se manifesta na mais pura harmonia: portanto onde está o Pai, lá também estará a Mãe – eis o mistério do Pai – Mãe. O Eterno Masculino de Deus e o Eterno Feminino de Deus são aspectos do mesmo Deus Imanifestado e Manifestado; o Yin e o Yang que se complementam, trabalham e cantam a música sublime da criação. Samael Aun Weor nos ensina que o Eterno Feminino de Deus se manifesta em 5 aspectos Divinos, e em cada um deles lá também está o Pai, em sua beleza e força, lado a lado com sua divina amada para que a Obra se realize. Se por um lado temos a Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater do Universo, por outro temos o Pai Cósmico que representa toda a expansão, irradiação e a energia do universo. Se temos a Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos também o Pai Divino do Céu, o Pai Sol, o Pai da Luz, o Pai Irradiador que tudo nutre, pois Ele é o fogo do céu, penetrante, quente, e a Mãe Divina toda a água do planeta, dúctil, receptiva, adaptativa. Se temos a Mãe Divina Interna, que nos acompanhada de instante a instante, é nossa confidente e amiga, nossa Mãe Cósmica Particular, também todos temos nosso Pai Interno Particular, nosso Pai Cósmico Particular, aquele que nos inspira: nosso herói divino. Se temos a Mãe Morte, a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós-morte e em nossa morte mística (de nossos defeitos psicológicos), temos também nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte, aquele que é nosso Kaom Interior, que representa a Lei dentro de nós, que coordena o trabalho dos Lipikas, registradores Celestes ou “Escrivães Internos” que anotam cada palavra e cada ação executada por nós. É nosso Pai quem nos julga internamente nos tribunais do karma, nos orientando nos processos de retorno, para ganharmos novo corpo físico. É Ele também quem nos dá o Donum Dei, a permissão divina para exercer o dom da alquimia, a permissão para construir os nossos corpos solares na magia do sexo amoroso e espiritual. Se temos nossa Maga Elemental, a mãe que cuida de nossos processos energéticos internos, nossa bioquímica, nossa fisiologia, nossa libido, temos o nosso Pai Mago Elemental, sob a forma de nosso Intercessor Elemental, cuja função é permitir nosso contato mágico com a forças da Natureza Externa.  É o nosso Pai Elemental Intercessor quem possui o acesso direto com o hierarca de todas as estruturas elementais da natureza, o senhor Jeová. Ele é, portanto, sua representação dentro de nós. Ele, nosso Intercessor Elemental, também acessa todos os Devas ou chefes elementais da natureza. Pai Interno e Mãe Interna, Pai Divino e Mãe divina, Eterno Masculino de Deus e Eterno Feminino de Deus, sempre agindo dentro de nós como um casal Divino, expressões que derivam de um só aspecto sagrado, uno, uni-total, e que para Crear se manifestam através de 2 polaridades: Uma emissora, centrifuga, expansora – masculina Outra receptora, centrípeta, interiorizante -feminina Uma leva à matéria, à gravidade, atrai e une – feminina Outra leva à energia, à expansão, irradia e dissemina – masculina E todos esses aspectos, masculino e feminino, agem no mundo e em todos os cosmos através de suas 7 funções sagradas, em estrita obediência à Sagrada Lei do Heptaparaparshinock, a Lei Septenária que tudo organiza no cosmos. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, ligadas à irradiação ou às forças centrifugas, expansoras, emissoras do universo. Todas agindo e realizando o Eterno Movimento Cósmico – “O Santo OKIDANOCK”, a dança geratriz dos polos complementares tão bem expressada nos símbolos do Tao, da Cruz, da Estrela de Seis Pontas (dois triângulos entrecruzados), da runa Gibur nórdica etc. O Eterno Feminino de Deus Gera, Gesta, Pare, Nutre, Educa, Mantém e Absorve, e O Eterno Masculino de Deus Gera, Sustenta, Protege, Inspira, Treina, Ordena e Perdoa. 1 – GERAR   Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo. O instante inicial onde nada existia, somente o Deus desconhecido, o  Agnostostheos, aquele que encerra todo poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será. Surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. Nesse instante, esse creador se manifesta em Pai e Mãe. A Mãe é a matéria primordial – o substrato, a Prákriti, já o Pai é a energia primordial, o Purusha,  todo movimento Cósmico. E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico – o amor do filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une – Aquele que constroi. E é na conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico que  o grande Pai exerce sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas, …

Aromaterapia Gnóstica: As 3 Dimensões de um Óleo Essencial e como Usá-las (Parte II)

AROMATERAPIA GNÓSTICA: AS 3 DIMENSÕES DE UM ÓLEO ESSENCIAL E COMO USÁ-LAS (PARTE II) Na 1ª parte deste artigo vimos a importância dos aromas para os seres, a história da aromatologia e descrevemos o que é um óleo essencial. Agora abordaremos uma parte mais prática e aplicada das essências quintessenciais aromáticas.  As três dimensões da Aromatologia Gnóstica Na sabedoria gnóstica aprendemos a chamada Lei do Três, Triamazikamno em língua sagrada, que ordena as formas primordiais para criar tudo o que existe, por isso temos as trindades em todas as religiões (Pai-Filho-Espírito Santo, Brahma-Vishnu-Shiva, Yin-Yang-Tao etc) e até na física e na química, com suas forças de atração-repulsão-equilíbrio ou seus PHs ácido-básico-neutro. Pois bem, a Aromatologia Gnóstica também pode ser vista como a manifestação odorífica completa dessa Lei Sagrada, constituindo assim as Três Dimensões Aromatológicas. A primeira dessas dimensões é a (I) Bioquímica, ou seja, os efeitos que as substâncias químicas contidas no cheiro provocam em nosso sistema nervoso, em nosso cérebro. Um aroma provoca reações cerebrais no hipotálamo e no sistema límbico, levando à liberação de vários hormônios e neurotransmissores, os quais vão comandar nossas reações biológicas e psicológicas. Ou seja, os aromas são verdadeiros gatilhos químicos cerebrais e de comportamento. E o mais incrível: a maioria dessas reações é inconsciente, instintiva, não racional. Veja só, querido leitor, o poder dos aromas. Esta primeira dimensão é a mais usada na cosmética e na perfumaria atual, algumas vezes de forma antiética e até utilizando feromônios sintéticos para despertar reações subliminares. A segunda dimensão aromatológica gnóstica é a (II) Memorial, Atávica, Arquetipal, aquela ligada às memórias, às inúmeras representações psíquicas contidas nos aromas, seu código ou simbologia cultural. O cheiro de bebê, do assado da vovó, do café passado pela manhã, do pão assando, da fruta pega no pé, do suor testemunha do dia de trabalho, do odor natural do ser amado, a flor ganha em carinho…só para citar alguns exemplos positivos. Ou cheiro do incêndio, do sangue do animal abatido, da carne podre, das pessoas que marcamos como ruins, para também fazer referência a exemplos olfativos que despertam memórias desagradáveis. Esta dimensão está ligada às profundas memórias de nossa psique, sejam elas conscientes ou não, por isso têm tanto poder arquetípico de influenciar diretamente nosso comportamento e saúde. Este segundo vetor da Aromatologia Metafísica já é muito menos utilizado, sendo a ele dada a atenção principalmente terapeutas que conhecem o poder dos aromas para harmonizar estados físicos e psíquicos. Agora vamos ao terceiro fator ou dimensão da Aromatologia Mágica Gnóstica, aquele pouquíssimo conhecido e raramente utilizado. É um verdadeiro Segredo Alquímico. Ele engloba o acima citado poder da “alma” da planta, seu (III) Elemental ou energia inteligente, que algumas culturas chamam de anjo ou deva da planta. Esta energia inteligente só é colocada à nossa disposição mediante fórmulas muito específicas e exatas, que são estudadas, por exemplo, em excelentes livros de Magia Elemental, como as três monumentais obras “Plantas Mágicas”, de Paracelso, ou “Rosa Ígnea” e “Medicina Oculta”, de Samael Aun Weor. Para usufruirmos de uma força da natureza, como o fogo ou a eletricidade, precisamos conhecer a tecnologia para utilizá-la. O mesmo ocorre com a magia dos elementais vegetais da natureza. Poucos conhecem, pouquíssimos sabem despertar e raríssimos operam adequadamente a Magia Elemental dentro das Leis Divinas. Nossa experiência de 40 anos estudando e utilizando óleos essenciais nos permite afirmar que do poder de um aroma natural, cerca de 25% estão na Bioquímica, 25% na Memória Psicoativa e 50% na Força Elemental do vegetal. Por isso este artigo faz referência à Metafísica, à Alquimia e à Magia, justamente para englobar esta poderosa, desconhecida e tão subutilizada parcela da força dos óleos essenciais. Neste ponto reverencio minha amada e inesquecível avó Adelaide, quando me ensinava na fria Curitiba da década de 1970: “antes de pegar o romã na árvore, lembre-se da beleza e bondade dele e reze a Deus para que permita colhê-lo… ”. Sabedoria de avó que sempre apliquei ! Como usar os óleos essenciais Fisicamente os óleos essenciais aromáticos vegetais podem agir por impressão odorífica (aroma), em contato com a pele (aplicação tópica, massagens, banhos) e por ingestão, sendo esta última recomendada somente em casos excepcionais e com muita orientação, pois há óleos tóxicos se ingeridos. Metafisicamente a ação das quintessências vegetais ocorre nos planos sutis, etéreos, por emanações energéticas invisíveis, eletromagnéticas e quânticas, no mundo dos campos e das subpartículas atômicas. Hoje usamos esses termos físicos, mas essas forças invisíveis sempre foram referenciadas nas tradições como energias espirituais, força elemental ou dévica. Essas forças interagem, por ressonância harmonizante, justamente nas partes sutis de nosso corpo físico, nas contrapartes energéticas e metafísicas de nossa densidade corpórea. Ao promoverem a impregnação da atmosfera com substâncias químicas e energias invisíveis que provocam tão boas reações, os óleos essenciais agem tanto nas pessoas individualmente quanto no ambiente como um todo, purificando e protegendo, energizando e harmonizando. Dessa forma as quintessências aromáticas entregam na proporção exata a substância e a energia que a pessoa/ambiente necessita. Os extratos aromáticos essenciais podem ser utilizados em evaporadores elétricos ou a vela, em sprays, em incensos de vareta (impregnados na pasta inflamável), em varetas secas umedecidas num frasco, em sachês aromáticos, em travesseiros, aplicados na pele como perfume ou simplesmente a frasco-aberto, sendo seus efeitos rapidamente sentidos. O grande segredo está em saber o que é necessário (o diagnóstico do ambiente/pessoa) e qual o extrato vegetal aplicável para harmonizar cada situação específica. Por isso a aromaterapia não é apenas ciência ou meramente arte, é necessário muito estudo, vivência, intuição e excelência na sua aplicação. Cabe o alerta: não basta ler um artigo de internet ou um livro superficial e ir aplicando. Aliás, fórmulas genéricas e fáceis podem, ao invés de ajudar, até desequilibrar ainda mais o ambiente ou a pessoa. Numa etapa mais avançada, pode-se testar os Combinados ou Sinergias Aromáticas, misturando 2 ou mais óleos essenciais, inclusive com diferentes “pesos” ou proporções nas fórmulas. Esta é uma arte de balanço e equilíbrio entre as energias …

Aromaterapia Gnóstica: A Metafísica Alquímica dos Óleos Essenciais (Parte I)

AROMATERAPIA GNÓSTICA: A METAFÍSICA ALQUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS (PARTE I) A importância dos Aromas Se pararmos para pensar na evolução do ser humano e das civilizações, encontraremos o olfato como um dos sentidos mais importantes para a sobrevivência (busca e seleção de alimento), para a sociabilidade (afinidade entre indivíduos) e, claro, até para a reprodução de nossa espécie. Sem olfato provavelmente já teríamos morrido intoxicados, ou queimados sem percepção prévia de um incêndio, ou frequentando locais insalubres e cheios de doenças e, ainda, não teríamos as ternas lembranças dos aromas da infância, da comida da mãe, da avó, além das primeiras investidas de amor da puberdade, sempre impregnadas de aromas juvenis. Mesmo com a moderna sociedade digital, nossa sensação aos cheiros continua essencial à nossa humanidade e à integração com a natureza e com outros seres. Imprescindível à nossa sobrevivência e reprodução, o uso dos aromas evoluiu para reverenciar as forças da natureza e as divindades (a utilização de incensos, por exemplo, é tradicional em todas as religiões), para deixar agradáveis os ambientes (todas as casas e palácios sempre foram limpos e perfumados constantemente) e, muito importante e foco desse nosso artigo, para colaborar no tratamento de inúmeros distúrbios de saúde, tanto físicos quanto psicológicos e espirituais. Portanto, como vivemos todos no meio aéreo da atmosfera que nos rodeia, compartilhando micropartículas portadoras de substâncias químicas que chamamos de cheiros, os aromas são um importante vetor de relacionamento entre todos os seres. E o ser humano, com sua inteligência e capacidade de bem utilizar as forças e energias da natureza, pode valer-se com sabedoria e eficiência dessas dádivas olorosas brindadas por madeiras, cascas, resinas, folhas, sementes, flores, especiarias, frutos e tantas outras. Um pouco de História da Aromatologia É intuitivo para qualquer povo colocar madeiras e folhas aromáticas no fogo para obter odores agradáveis ou para afastar insetos, levando-nos à conclusão que as primeiras utilizações dos aromas vêm desde os primeiros seres humanos que habitaram o planeta. Entretanto, os registros escritos do uso de aromas, normalmente para fins cerimoniais, cosméticos e terapêuticos, encontram-se em várias civilizações, como a egípcia, a chinesa, a indiana, a mesopotâmica, a grega e a maia. No Antigo Egito, por exemplo, há fórmulas aromaterápicas em muitos papiros e hieróglifos de templos, sendo ampla a utilização de flores, frutos e madeiras no Vale do Nilo para várias finalidades. O Kiphy, perfume dos deuses, continha 22 essências sagradas, muitas delas secretas até hoje. Na tumba do Rei Tutancâmon, descoberta intacta por arqueólogos em 1.922, foram encontrados frascos de perfumes mágicos onde ainda remanescia, depois de 3.300 anos, as fragrâncias utilizadas pela família real dos faraós. Contam as tradições que este mesmo perfume misterioso foi usado por Cleópatra, tanto para se proteger quanto para seduzir vários homens de sua vida, inclusive imperadores romanos. Na Antiga China, também há quase 4 milênios, óleos essenciais eram extraídos de plantas por maceração, para serem utilizados em massagens terapêuticas. Na Grécia de Hipócrates, o Pai da Medicina, quatro séculos antes de Cristo já se usavam plantas e óleos essenciais, tendo o mestre grego descrito a terapia com mais de 300 plantas e essências vegetais. Dentre os povos mesopotâmicos (atual região do Irã e Iraque) como Sumérios, Caldeus e Babilônicos, os aromas eram usados em todas as cerimônias civis públicas e rituais aos deuses, sendo crime, por exemplo, adulterar a pureza das essências aromáticas. Provinda dessas tradições mesopotâmicas (o patriarca judaico-cristão-islâmico Abraão era de Ur, cidade Suméria próxima à confluência dos rios Tigre e Eufrates), o uso dos aromas está amplamente registrado na Bíblia, por exemplo, onde os antigos reis hebreus contavam em suas riquezas com inúmeros perfumes raros e caros. No Velho Testamento há outra referência à importância divina que davam os povos aos eflúvios aromáticos: em Êxodo 30:23 existe a descrição completa de uma fórmula de incenso. E esta importância se repete no Novo Testamento, como na narrativa em que Jesus tem seus pés ungidos por Maria Magdalena com óleo de Nardo (caríssimo na época e até hoje muito raro e procurado), numa espécie de preparação purificatória para os dias da Páscoa. Avicena, sábio persa do ano 1.000 d.C. e grande alquimista islâmico, utilizou intensamente a fitoterapia e a aromaterapia em suas práticas, tendo influenciado várias universidades europeias até hoje. Ibn Sina, como era chamado em persa, listou centenas de fármacos e as suas virtudes terapêuticas, ordenando-os alfabeticamente em seu Al Qanun, o Cânone da Medicina. Por acreditarmos que já são suficientes os exemplos da importância dos aromas nas tradições de todos os povos, vamos somente citar mais o caso do famoso incenso maia-asteca chamado de Copal, a resina de uma árvore aromática que era usada para intermediar o contato com os deuses.  Imagine, caro leitor, cidades antiquíssimas com monumentais pirâmides em pedra, onde a população inteira realizava festivais e ritos para os deuses, com uma atmosfera aromática e sublime catalisada com eflúvios do copal… Nesta breve viagem histórica não podemos deixar de citar um dos mais importantes contribuidores na idade moderna, René Gatefossé, químico francês que introduziu o termo Aromaterapia em 1.937, publicando seu monumental e histórico “Aromathérapie – Les Uiles Essentialles – Hormones Végétales”. O que é um Óleo Essencial Apesar de praticamente tudo na natureza ter seu cheiro, mesmo que nós humanos não os percebamos, para essas aplicações descritas anteriormente houve a necessidade de se preservar e concentrar as substâncias aromáticas. Surgiram então os óleos essenciais, que são líquidos potentes obtidos (por prensagem, extração “enfleurage” ou destilação) de flores, folhas, madeiras, frutas, raízes e resinas. Uma planta é um maravilhoso laboratório alquímico, que se nutre basicamente de luz e calor (fogo), água, sais minerais (terra) e oxigênio (ar), formando seu corpo vegetal de onde podem ser extraídos os chamados óleos essenciais. Utilizando uma linguagem alquímica, podemos dizer que o óleo aromático é a Quintessência (quinta essência ou extrato), provinda das 4 anteriores ou primordiais – terra, fogo, água e ar), o elixir supremo de uma planta. Por isso os alquimistas persas diziam que no óleo essencial encontra-se a Alma, …

Precisa Mudar, Renascer? Aconchegue se no ventre de Gaia!

PRECISA MUDAR, RENASCER? ACONCHEGUE-SE NO VENTRE DE GAIA! Renascer no útero de Gaia é uma possibilidade de resgate da nossa conexão original e divinal para uma vida mais livre e feliz. Na verdade, nossa verdadeira natureza é plena, realizada e harmoniosa para com todos os Seres e irmãos filhos de Gaia, a Grande Mãe Terra. A vida corrida, comprometida com as obrigações e lutas materiais, nos afasta da ligação com o que realmente somos em Essência. Envolvidos com as crises ilusórias do cotidiano, como que num nó no tecido da teia de nossa vida, nos emaranhamos cada vez mais em falsas crenças formuladas por ressentimentos, julgamentos, frustrações, traumas e incompreensões dos processos existenciais. E a brutalidade na qual se encontra nossa sociedade, cheia de desigualdades e de consumo inconsciente, que sujeita suas meninas, mulheres e mães a um plano secundário, só nos afasta dos Divinos Valores da Mãe Primeva, dessas divinas vibrações arquetipais que podem nos Regenerar a alma. Esses emaranhamentos vão se tecendo através das relações familiares, sociais, profissionais e até religiosas que construímos desde nossa ancestralidade até os dias atuais, e também desde nosso DNA até o Inconsciente Familiar e Social, os chamados campos morfogenéticos. Felizmente, através da Gnose, podemos buscar o Conhecimento dos Mistérios da Terra e do Céu e encontrar a Sabedoria, desfazendo-nos não somente desses nós como também, através da Tomada de Consciência, auxiliando o Ser Humano a conseguir resgatar a religação com sua Essência Divina, como que num renascer para uma nova vida. É neste ponto que a técnica do Renascimento tem semelhança com a Gnose. Através do Renascimento, temos a possibilidade de revisitarmos nossa própria história, compreendendo as más impressões do passado, para que se possa reescrever esses acontecimentos de um ponto de vista mais consciente. A Deusa Gaia, representação mitológica grega da Grande Mãe Terra, é também um dos aspectos do Eterno Feminino de Deus, a representação da Grande Progenitora de todo Ser Vivente deste planeta. Todo filho doente, carente, em prova, cansado ou machucado, sempre necessita do colo acolhedor, nutridor, sapiente e amoroso de sua Mãe. Contudo, como disse o sábio Samael Aun Weor, “quando o Filho se esquece de sua Mãe, se extravia no erro e cai em desgraça”. É assim que, na maioria das vezes de nossas existências, temos agido e acabamos por nos distanciarmos de quem mais poderia nos acolher, proteger, cuidar e ajudar: Nossa Grande Mãe, a Mãe de Todas as Mães – Gaia. A representação da maternidade em nossas vidas pode ser reconhecida através das relações que temos com todas as mulheres do mundo e, em especial, devido às ligações e suas proximidades, com as avós, mãe, tias, irmãs, filhas, amigas, esposa, namorada, professora, médica, cozinheira etc. A Gnose nos proporciona técnicas muito eficazes para revisitarmos, vermos sob outros ângulos, revalorizarmos e desemaranharmos (tornarmos resolvidos e fluidos) os relacionamentos que todos temos com “as mulheres de nossas vidas”. Também podemos perceber o Eterno Materno de Deus no alimento que a Mãe Terra nos provê e no cuidado que todas a fêmeas das milhares de espécies existentes têm com suas crias. Podemos ver essa manifestação materna, ainda, até na natureza amorosa e cuidadora de homens especiais, aqueles que alcançaram os Mistérios do Feminino, como um amoroso Francisco de Assis cuidando dos leprosos ou um sábio Jesus pedindo à Magdalena que, através de seu Verbo maternal, expusesse a todos os discípulos a Sabedoria do Pleroma (Plenitude Edênica), como exposto no Livro Gnóstico de Pistis Sophia. É por isso que voltar ao útero de Gaia, para sentirmos novamente a conexão com o maior amor que existe em nós, é urgente e é a forma mais direta de revertermos um caminhar de equívocos que só tem trazido sofrimento ao filhos da Terra. Quando começamos a observar e viver a manifestação dos Eternos Masculino e Feminino de Deus dentro de nós, não só em devoção mas também em ações equilibradas e equilibrantes, podemos Renascer no que precisarmos e nos Reconectar com a Sagrada Energia do “Duo-in-Uno” da criação, onde está manifesta nossa Amada Mãe Divina que nos inspira a reconhecer a Majestade de Gaia ! “Ela, tua Mãe, tudo ouve, tudo sente e sempre te acolhe…” Alessandra Espineli Sant´Anna é engenheira, mãe e líder gnóstica

Gnose: não basta se autoconhecer, é preciso ser realmente feliz e colaborar para um mundo melhor!

Gnose: não basta se autoconhecer, é preciso ser realmente feliz e colaborar para um mundo melhor ! A Divulgação do Ensinamento: Neste mês de agosto de 2021 iniciaremos nossa 13ª turma do Curso de Gnose na Associação Gnóstica de Fortaleza – AGF, de modo online devido à necessidade de cuidados sanitários frente à pandemia. Neste formato de curso, com 27 aulas e um encontro por semana com práticas em todas as aulas, já são mais de 100 turmas (isso mesmo, uma centena) de treinamentos gnósticos ministrados ao longo de 36 anos em várias cidades do Brasil. Hoje oferecemos também o formato à distância, para permitir que mais pessoas usufruam dos tesouros gnósticos. E a AGF não está só: há inúmeras instituições gnósticas que divulgam os ensinamentos de Samael Aun Weor, mestre estruturador da Gnose Contemporânea. Hoje há pelo menos uma instituição gnóstica em cada cidade brasileira com mais de 50.000 habitantes. São grupos de todos os tamanhos, divulgando e ensinando a Sabedoria da Síntese, o Conhecimento que leva à Autotransformação. O que é Gnose ? Mas afinal o que é Gnose ? Como ela pode nos ajudar na vida atual ? Quais valores ela pode nos transmitir em uma sociedade como a nossa: tecnológica, capitalista, consumista, digital e que vem se esquecendo dos atributos da alma ? O maior tesouro da Gnose é nos dar consciência de nosso papel no mundo e de como podemos colaborar para fazê-lo melhor. Por isso que Gnose significa literalmente Sabedoria, Conhecimento Prático Superior, Tecnologia Divina para a evolução humana. Na antiga Grécia a Gnose manifestou-se principalmente como um conhecimento filosófico superior, conquistado em revelação por méritos próprios, uma sabedoria do “pneuma” (espírito) e do “cosmos” (ordem natural) como um todo. Gnose na Grécia era sabedoria experimentada no Macrocosmo e no Microcosmo. Quando a Gnose foi incorporada pelo cristianismo nascente, nos três primeiros séculos a nossa era, com os apóstolos e apóstolas fortemente influenciados pela filosofia grega (como Marcos, Magdalena, Marta e Paulo, por exemplo), o gnosticismo ensinou um conhecimento mais profundo das verdades dogmáticas, até dispensando a “crença sem comprovação ou lógica”, um nome mais apropriado para as esguias “verdades de fé”. Esses dogmas foram impostos pelas instituições humanas de poder, os quais deveriam ser aceitos pelos amedrontados fieis sem discussão ou investigação. Aqueles que não acatavam tais dogmas, os que ousavam pensar diferente, foram violentamente perseguidos como “perigosos hereges”. Foi o caso dos primeiros gnósticos cristãos. Os Sete Princípios Gnósticos: Neste século XXI podemos dizer que a Gnose se assenta em 7 grandes princípios, 4 deles ligados ao Conhecimento Humano e os outros 3 apontando diretamente para a Prática Gnóstica Moderna. Utilizando a Geometria Sagrada, podemos imaginar um templo grego sustentado por 4 colunas e mais o teto disposto como um triângulo, com uma viga horizontal e duas estruturas inclinadas encontrando-se numa cumeeira. Aí estão os 7 Princípios Gnósticos da Arquitetura do Espírito. Os 4 pilares espistemológicos (do conhecimento) nos quais se sustenta a Gnose representam a terra, a materialidade (a Lei do 4). São eles a ciência, a filosofia, a arte e a mística. Toda e qualquer abordagem gnóstica moderna observa essas 4 visões de mundo: para a gnose nada pode ser contra a ciência ou não comprovável (por isso a Gnose é adogmática); tudo deve buscar a essência das inquietudes humanas (daí a ética e a metafísica filosófica gnóstica); nossa alma se expressa por símbolos e entende a linguagem da arte, com sua estética e harmonia, por isso as músicas clássicas, as grandes pinturas, esculturas e monumentos têm muito a nos ensinar – na arte há sabedoria; e, por último, a gnose vai além da religião (sistema humano para entender Deus), inclusive buscando a divindade além da própria espiritualidade (sede dos seres humanos pelo sagrado), ao enfatizar a mística gnóstica (experiência direta do divino) como alimento para a alma. A cobertura triangular do Templo Gnóstico Interior representa o céu (a Lei do 3) e se expressa nos chamados Três Fatores para a Revolução da Consciência, entendendo-se a palavra Revolução no seu sentido original, de re-evoluir, transcender, ampliar, sair do estado limitante original. Esses 3 Fatores orientam a Via Iniciática Gnóstica, constituindo as ferramentas de que se vale o aspirante para trilhar o caminho: Morrer nos Defeitos Psicológicos, Nascer pela Transmutação das Energias Criadoras (sexuais) e Servir Desinteressadamente a Humanidade, cooperando com todos os seres. Gnose: a arte da felicidade ! Na didática moderna da Gnose ensinada por Samael Aun Weor em seus mais de 80 livros, sempre com o objetivo de alcançar a Felicidade Integral do ser humano, esses 7 grandes princípios são conquistados não só pelo estudo teórico, mas principalmente pela realização constante de Exercícios Psicológicos e Espirituais. Tais práticas vão dos Mantras sagrados à Meditação Profunda; do estudo dos Sonhos à Projeção Astral; da lembrança de Vidas Passadas à busca de nossa Missão na vida atual; do conhecimento de nossos Karmas (dívidas perante a natureza) ao uso dos Darmas (virtudes dadas por Deus) para anular esses efeitos kármicos; da Psicologia do Autoconhecimento à Alquimia da Autotransformação; da caridade inconsciente ao Sacro-Ofício consciente de Servir ao próximo. A meta da Gnose é a Autorrealização completa, mediante o Despertar da Consciência, em todas as áreas: espiritual, psicológica, familiar, social, profissional, física, mental, emocional… E com essas conquistas construirmos um mundo melhor, onde todos os seres possam se desenvolver e realizarem consciente e ativamente a Grande Obra de Deus. Por isso a Gnose é a arte da felicidade, ao nos disponibilizar esses 7 princípios espirituais e nos ensinar a aplicá-los em nós mesmos, com trabalho interior constante, sem esperar milagres ou fantasiosas e fáceis graças divinas externas. Agora convidamos VOCÊ a construir, dentro de si mesmo, este Templo de Sabedoria Gnóstica em 7 grandes partes. O ensinamento gnóstico é o Projeto para que você seja o Construtor de Si Mesmo, de sua própria felicidade ! Inscreva-se no Curso de Gnose e comprove. Sergio Linke é engenheiro e instrutor de Gnose

Pós-pandemia: Como Podem nos Ajudar a Neurociência, a Psicologia Positiva e o Renascimento Integrativo.

PÓS-PANDEMIA: COMO PODEM NOS AJUDAR A NEUROCIÊNCIA, A PSICOLOGIA POSITIVA E O RENASCIMENTO INTEGRATIVO Prepare-se desde já para o mundo pós-pandemia Nosso mundo vive hoje um grande antagonismo: por um lado nunca foi tão fácil ter-se relacionamentos, principalmente através de grupos virtuais das redes sociais; por outro, nunca os relacionamentos foram tão superficiais e descartáveis. Mas é possível aprender a investir em relacionamentos úteis e saudáveis, evitando dores e ferimentos afetivos? Como ensina o Buda, “todos os seres humanos buscam libertar-se do sofrimento” e, nas palavras do também iluminado contemporâneo Samael Aun Weor, “o desejo e o ego são as raízes do sofrimento”. Nesta pandemia do Coronavírus, muitas pessoas tiveram traumas pela perda de parentes e amigos, ou pelo estresse de falta de renda, ou de ficar muito em casa, pelo medo da infecção, pelas alterações na rotina profissional, mudanças profundas no funcionamento familiar, crianças em casa, atritos conjugais, afastamento de parentes e amigos etc. Tudo isso marcou profundamente as pessoas, em maior ou menor grau. Entretanto, quanto à pandemia, uma luz já é vista no fim do túnel, com a volta às atividades presenciais e a um mundo de menor afastamento social. E sairá na frente quem se preparar previamente para este mundo novo-velho-normal. Neste mundo pós-pandemia, com home office, afastamento social e ainda mais aproximação digital virtual, é importante aproveitar para (re)construir nossos relacionamentos em outras bases, de forma profunda e sincera, tornando-os sinérgicos e com resultados para todos. E para isso a Neurociência, a Psicologia Gnóstica Positiva e o Renascimento podem ajudar! A Neurociência e os Relacionamentos Saudáveis A Neurociência estuda como o nosso cérebro e sistema nervoso funcionam, permitindo uma abordagem bioquímica de nossos anseios, processos cerebrais e reações fisiológicas, as quais expressam-se, por exemplo, pelos neurotransmissores, levando-nos a comportamentos psicológicos específicos. Quando estamos em estresse ou em depressão, por exemplo, toda a nossa bioquímica fica alterada, dispondo-nos para o estado de alerta, para a irritação, para a tristeza, para a prostração. Por outro lado, quando estamos felizes e nos sentimos bem num ambiente ou com pessoas a nós agradáveis, todo o nosso aparato químico e psíquico literalmente se ilumina, dando-nos uma agradável sensação de bem-estar, que pode durar dias. E neste ponto entram os bons relacionamentos, aqueles chamados de saudáveis ou não tóxicos: você reconhece quais relacionamentos lhe são prejudiciais? Consegue verificar e tomar consciência do que eles fazem em sua psique e em seu corpo/sistema nervoso? E como isso pode se somatizar em dores, incômodos, fadiga, distúrbios do sono, desequilíbrios digestivos, irritabilidade? Pode um relacionamento agradável no presente também ser tóxico e prejudicial a longo prazo ? É exatamente neste ponto que a Neurociência e a Psicologia Gnóstica se encontram, com o uso de técnicas nos dois sentidos, tanto do bioquímico para o psíquico, quanto do psíquico para o bioquímico, numa via complementar e de mão-dupla. A Psicologia Positiva Gnóstica e o Bem-estar total No Budismo existe a busca da iluminação, de um estado psíquico e espiritual nirvânico ou de paz e tranquilidade, felicidade e libertação dos desejos e apegos. Na Psicologia Gnóstica ensinada por Samael Aun Weor a busca é a mesma, de um despertar de consciência para a manifestação plena de nossas virtudes, as chamadas Flores da Alma. Por isso podemos dizer que Samael foi um dos grandes precursores da Psicologia Positiva, ao ensinar há mais de 70 anos os caminhos que levam à felicidade e ao bem estar, não focando necessariamente nos problemas psicológicos, nas patologias e nos desequilíbrios psíquicos. Dessa forma, a Moderna Psicologia Positiva Gnóstica busca nutrir, reforçar e manter o bem-estar das pessoas, utilizando técnicas de harmonização mental, emocional e espiritual, como a  equalização de campos morfogenéticos ancestrais, a meditação, os mantras, a visualização criativa, os decretos neurocientíficos e o renascimento integrativo. O foco da Psicologia Positiva Gnóstica é na felicidade, no otimismo, nas virtudes do Ser. O Renascimento Integrativo para uma adaptação rápida ao mundo pós pandemia Renascimento ou Rebirthing é um método de respiração consciente, capaz de promover um profundo autoconhecimento e desenvolvimento através de uma integração corporal, emocional e mental. Renascer é dar um novo significado para nossa vida nos mais diversos aspectos, inclusive o do momento em que viemos ao mundo. O ato de respirar conscientemente traz a ressignificação da nossa história, e ao mesmo tempo, gera novos espaços para manifestarmos o ser espontâneo e criativo que somos, mas que pode estar latente. O renascimento dissolve bloqueios mentais, age diretamente nos órgãos internos melhorando a saúde física. Além disso, diminui o stress, proporcionando um relaxamento profundo e promovendo, assim, uma conexão profunda com nossa psique, na sua expressão espiritual. Com o Rebirthing podemos renunciar ao passado de forma profunda, limpando-nos e libertando-nos de pseudoculpas e traumas ilusórios, aprendendo a amar em realidade a essência de nossos pais, mães, filhos, cônjuges, sócios, amigos e até nossos ex-relacionamentos. Quando resolvemos nosso passado em todos os níveis psíquicos, podemos ter discernimento em nosso presente para construir um futuro virtuoso, com relacionamentos saudáveis, empáticos e positivos para todos. O Triângulo Virtuoso: Neurociência, Psicologia Positiva e Renascimento. Sérgio Linke é engenheiro e presidente da Associação Gnóstica  

Celtas: 7 Antigas Joias de Sabedoria para Aplicar Hoje!

CELTAS: 7 ANTIGAS JOIAS DE SABEDORIA PARA APLICAR HOJE ! O que poderia nos ensinar um povo que foi, segundo a história oficial, a primeira civilização que viveu na Europa mais de 1.000 anos antes de Cristo ? Para mais além da história oficial, contam as tradições gnósticas, delineadas por Samael Aun Weor e pela Teosofia, que o povo celta teve seu auge há 20.000 anos e constituiu a 4ª sub-raça (divisão) da etapa humana na Terra chamada de 5ª Grande Raça-Raiz (a Ariana). Como 4ª etapa da raça Ariana, os Celtas foram antecedidos por Hindus, Árabes e Persas. Da mesma maneira que toda grande e sofisticada civilização, os celtas foram organizados e orientados por avatares, messias e mensageiros divinos, no caso dos proto-europeus os famosos Tuatha de Danan, Mestres de Origem Atlante e Hiperbórea presentes nos mitos, lendas e livros sagrados irlandeses, escoceses, galeses (país de Gales), gauleses (franceses) e ibéricos. Com as conquistas romanas na Gália (atual França) nos anos 50 antes de Cristo, os celtas foram miscigenados à civilização latina, gerando uma riqueza antropológica e cultural fantástica, com extraordinárias nuances em todos os países da Europa e, depois, no mundo todo. E com seu DNA português, o Brasil tem muito da cultura celta, na culinária, na religião cristã (sincretismo hagiológico como em Santa Brígida, a mesma mãe Brigit celta), na língua (em muitas palavras como camisa, menino, caminho, cavalo, cerveja), principalmente pela influência galega (da Galícia, norte de Portugal e oeste da Espanha). Até nossa música popular e nossas danças e festas juninas têm fortes traços dos celtíberos. Mas vamos então relacionar e descrever Sete Sabedorias Celtas que podemos aplicar atualmente, com profundo respeito, sentido de resgate e admiração por este povo de origem atlante-hiperbórea, mitologicamente originado do Povo de Dana, a deusa da Terra. E veja que incrível: a seguir estaremos abordando uma filosofia e modo de ver o mundo de 10 ou 20 mil anos atrás, mas que é obvio precisarmos muito hoje ! Vamos lá… 1ª Sabedoria Celta: A Teia da Vida Os celtas consideravam que da Abundância de Dagda e do Amor de Danu provém toda a energia da vida, a qual é entregue como um fio às Fiandeiras do Destino, exatamente da mesma forma como expõem os mitos nórdicos e gregos. Então deusas como Badb e Mórrigan entrelaçam a vida entre todos os seres, para que sirvam uns aos outros e para que a Providência Divina a todos chegue, construindo a obra do tear divino. Por isso, entre os celtas a vida de todos os seres é sagrada, cada vivente é importante e insubstituível. Cada um é um fio, cada qual é um ponto. Hoje, desde a globalização de mercados até a física quântica com sua teoria das cordas, que inspirou o popular Efeito Borboleta (tudo o que você faz afeta o mundo inteiro), dizem exatamente a mesma coisa. Portanto, reflita e veja como a vida é um tecido espaço-tempo-biológico-psicológico-divino, constituído de Matéria-Energia-Consciência, onde todos fazemos parte de um palpitante e maravilhoso organismo vivo. Nossas ações podem auxiliar ou atrapalhar este tecido da vida. Se você o ajuda, é ajudado; se o atrapalha, é também limitado por ele. A vida é um ritual que se expressa em fenômenos físicos, químicos, sociais e psicológicos. Por isso os celtas tinham muitos cerimoniais dedicados à vida, ao sol, à colheita, aos relacionamentos humanos. Pare agora: tome consciência de si e de onde está e observe: tudo parece interligado e em paz… Usufrua e colabore com a Teia Consciente da Vida ! Ela te premiará pela colaboração… 2ª Sabedoria Celta: Saúde Integral Os povos “keltoy”, como se referiam a eles os gregos, davam profunda importância à saúde física, psicológica, espiritual e principalmente social. Sabiam eles que essas expressões de vida estão todas interligadas. É impossível ter saúde física sem harmonia espiritual; não se tem equilíbrio psicológico sem paz social… Como ensina a OMS – Organização Mundial de Saúde hoje em dia, saúde não é apenas ausência de doença, ela é o produto externo de um completo bem-estar físico, mental e social. Portanto, muitos milhares de anos antes de Hipócrates de Cós, o Pai Grego da Medicina, ou da OMS, já ensinavam os celtas: alinhe-se com os deuses do céu e da natureza; veja no seu irmão de existência uma extensão de você mesmo. Assim sua divindade interior também estará em harmonia e a saúde sorrirá para você todos os dias. 3ª Sabedoria Celta: Jornada da Vida A fantástica civilização da Deusa Danu, a Mãe Terra, ensinava que nossa existência física é apenas uma das muitas jornadas (caminhada de 1 dia, do francês gaulês “jour”, dia) de nossa Semente Divina, aquilo que atualmente chamamos de alma ou espírito. Cada uma de nossas existências físicas é apenas mais uma roupa que a Mônada Divina se reveste em sua jornada de aprendizado autoconsciente e voluntário. Este aprendizado não é mecânico e nem obrigatório, mas depende da vontade e do livre arbítrio de cada um. Não há evolução automática. Muitos nada aprendem, ou até desaprendem… Entenda isso e aprenda a respeitar todas as formas de expressão humana, colaborando com elas na sua forma de ver o mundo, desde que objetivem o bem. Esta é a antiga ética celta da existência: cada ser humano tem seu caminho e aprendizados, seu sublime e inafastável direito de errar e de acertar; o que nos cabe apenas é respeitá-lo, não julgá-lo e auxiliá-lo em sua jornada. Afinal, todos estamos em constante jornada na caravana da vida … 4ª Sabedoria Celta: Outros Mundos Os abençoados por Dagda, o Bom Deus,  muito além dos misticismos e superstições inventados pelos fanáticos e invasores missionários cristãos dos séculos V e VI, cultivavam o contato com os mundos sutis da natureza. Através de seus sacerdotes e sacerdotisas, Druidas e Druidesas (literalmente os “Sábios do Carvalho”), aprendiam a usar a música e a dança, o artesanato e os remédios, os sons sagrados e os procedimentos mágicos para este contato e aprendizado com os mundos suprassensíveis, metafísicos. Por cultivarem a …

A Filokalia dos Padres e Madres do Deserto: Sabedoria Gnóstica do Cristianismo Primitivo para os Dias Atuais

 A FILOKALIA DOS PADRES E MADRES DO DESERTO: SABEDORIA GNÓSTICA DO CRISTIANISMO PRIMITIVO PARA OS DIAS ATUAIS   ANTECEDENTES  O estudo isento da história nos demonstra que não há apenas uma versão para o transcurso dos fatos. Entretanto, é comum a predominância da chamada “versão dos vencedores”, que nem sempre é a correta. Ao mesmo tempo que algumas pessoas encaram como verdade inconteste os dogmas históricos ou relatos institucionais tendenciosos, muitas vezes até considerando-os como “verdades reveladas e infalíveis”, outras se nutrem do que a ciência tem de mais moderno a colaborar em termos de arqueologia, estudo de antigos papiros e pergaminhos, pesquisas em sítios antigos, sociologia, antropologia, pesquisas de DNA, relatos paralelos de povos contemporâneos e outros métodos científicos. Com base nisso, acadêmicos não teológicos como Elaine Pagels, Stephen Hoeller e Jean-Yves Leloup, só para citar alguns, trazem uma versão mais completa e até mais bela – menos distorcida – dos relatos da história do cristianismo. É fácil imaginar o processo de escrita humana da Bíblia que hoje consideramos como Canonizada ou Sagrada: pense num livro de 2 mil anos, com antecedentes religiosos de 4 mil anos e de várias culturas, escrito por centenas de pessoas durante vários séculos, com ideias e histórias transmitidas de forma oral ao longo das gerações, e depois ainda compilado várias vezes por instituições humanas cheias de sede de poder e associadas a impérios conquistadores, gananciosos e decadentes… Com isso não queremos de forma alguma desacreditar ou adulterar ainda mais os sagrados ensinamentos de Jesus, não. Apenas apontamos para o aspecto científico e histórico de que é necessário conhecer como as narrativas podem ter sido construídas. Aliás, este processo de adulteração e direcionamento descritivo ocorre em todos os livros sagrados e religiões. A solução ? Buscar em várias fontes, confrontar narrativas, pesquisar livros “não autorizados” eclesiasticamente, não encarar as várias versões bíblicas como “inspiradas, sagradas e infalíveis”, afinal, elas foram escritas por seres humanos afiliados a instituições que tinham seus interesses. Para ampliar nossa visão sobre o assunto é importante deixarmos bem distintos três aspectos ou visões históricas, as quais, nos registros, não necessariamente se interpenetram ou são continuidade uma da outra. O primeiro aspecto se refere à Vida de Jesus, fundador do cristianismo, a qual está descrita tanto nos evangelhos ditos canônicos (eclesiásticos e muitas vezes adulterados) quanto nos evangelhos ditos apócrifos (ocultos, misteriosos), estes últimos com  origem arqueológica-científica e de grande valor histórico, por não terem sido adulterados (traduzidos tendenciosamente, enxertados e até mutilados) ao longo dos séculos. São verdadeiras “cápsulas do tempo” que ficaram protegidas, em vasos e cavernas, dos profanos e profanadores, adulteradores e sedentos de poder. Como exemplo de evangelhos canônicos temos os livros de Lucas, Mateus, Marcos e João; já nos apócrifos temos os evangelhos de Felipe, de Valentino, de Maria Madalena e de Marta. Sim, caros leitores, há evangelhos de mulheres, discípulas e apóstolas, livros gnósticos. O segundo ponto de vista refere-se à história da Igreja Cristã Primitiva, principalmente nos 3 primeiros séculos após a manifestação física de Jesus, quando uma verdadeira miríade de sábios, filósofos, ascetas e místicos abraçaram a fé cristã. Até o início dos anos 300 d.C. havia comunidades (ekklesias em grego) por todo o oriente médio, norte da África (Alexandria), Grécia e Turquia, como os arianistas, os gnósticos, os valentinianos e os romanos (que depois se tornaram católicos apostólicos), estabelecidas em inúmeras regiões como o Egito, Palestina, Turquia (Ásia Menor), Geórgia, Armênia, Síria, Grécia, Trácia e Magna Grécia (Itália). Não havia ainda uma linha preponderante, única – como até hoje não há. A 3ª visão histórica é a própria história da igreja em si, principalmente a católica romana que, por ter se associado ao imperador Constantino (desesperado por manter coeso o putrefato império romano da época), deixou-se seduzir pelos bispos de Roma e permitiu, em 325 d.C. no Concílio de Niceias, que apenas uma denominação religiosa fosse a “religião oficial do império”, tachando todas as demais como hereges e promovendo várias terríveis e sangrentas perseguições a quem pensasse de forma diferente. Pode ser considerado o primeiro grande Cisma da Igreja, já nos primeiros 300 anos do cristianismo. O segundo ocorreu no século XI (Igrejas Oriental e Ocidental) e o terceiro cisma no século XVI na reforma protestante de Calvino e Lutero. O problema maior é que nossa história passada como “oficial” foi justamente aquela influenciada pela igreja romana, associada ao poder material desde o século IV, sendo sua versão difundida em toda a Europa e depois ao Novo Mundo (as Américas). Mas estas versões têm sido contrapostas aos recentes achados arqueológicos e estudos acadêmicos isentos. OS PADRES E MADRES DO DESERTO  É justamente naquele 2º período, o da formação da Igreja Cristã Primitiva, que se encontram os personagens que compõem a ideia central deste artigo – A Filokalia dos Padres e Madres do Deserto. Vejamos. Filokalia denota um aspecto da filosofia metafísica de origem grega (pré-cristã), onde seus pensadores e praticantes buscavam o “amor pelo belo, amor pelo bem”, como a própria palavra significa. É uma busca teleológica (não confundir com teológica), de sentido da existência, muito presente em Aristóteles e mais recentemente em Hegel. Em sua filosofia e teogonia, todos sabemos, os gregos beberam principalmente em fontes egípcias. Havia o “coroamento da formação de um sábio”, como Platão ou Aristóteles, ao viajar aos Templos Egípcios, principalmente em Saís e Luxor, para beber da fonte atlante-egípcia antiga. Isso está relatado até nos Diálogos de Platão. No Egito era grande a simbologia do deserto, uma vez que o Vale do Nilo era a vida e o Deserto representava a morte, o desafio, o calor escaldante, a caminhada árdua, a vitória dos preparados… Por isso o Deus Egípcio do Deserto era Seth, o Vermelho que Queima, a quem todos deveriam vencer na caminhada. E Seth, com seus “demônios vermelhos”, representa justamente as tentações para os Padres e Madres do Deserto, ou nosso ego (defeitos psicológicos) na moderna psicologia gnóstica. Na história registrada mais conhecida a filokalia tem seus primórdios ligados a Orígenes (filósofo neoplatônico) …

A Cultura Celta e sua Magia: A Dança Cerimonial do Tear dos Destinos

A CULTURA CELTA E SUA MAGIA : A DANÇA CERIMONIAL DO TEAR DOS DESTINOS Com seu apaixonante amor pela Natureza os povos celtas estiveram presentes em quase todo o território europeu. Da Alemanha oriental à península ibérica, de Portugal à Grã-Bretanha, e assim polvilharam essas terras com magia e espiritualidade. Povos de grandes mistérios, sempre foram contados por escritores e estudiosos da história das grandes civilizações, ressaltando suas características mágicas e lendário amor pela natureza. Samael Aun Weor em seu livro Magia das Runas diz: “Os sacerdotes druidas dos celtas praticavam a magia e os mistérios em suas cavernas, segundo o dizer de Plínio, confirmado também por Cesar e Pompônio Mela. Os austeros e sublimes hierofantes druidas, coroados de folhas de carvalho, reuniam−se solenes, sob a pálida luz da lua para celebrar seus Mistérios Maiores, especialmente na Primavera, quando a vida ressuscita pujante e gloriosa.” Tinham como origem e fundamento 3 grandes divindades que sustentavam a árvore divina de sua existência: Dagda, Danu e Lugh. Dagda era o deus supremo, senhor reverenciado pelos sacerdotes druidas, responsável pela abundância e prosperidade. Líder dos Tuatha de Danam, da grande tribo dos filhos da Deusa Danu. Danu era a deusa mãe, símbolo da terra e da água, da abundância e da plenitude da natureza, da soberania, do lar e da família, e Lugh, o cristo celta, era o deus dos raios, do sol e da luz, deus das artes e da música. A essência dessa potência podia ser vista no movimento perfeito do símbolo maior do povo celta, o Triskele, a espiral da vida com suas 3 pontas (pernas) que giram em harmonia, continuidade e perfeição. A trindade circulante, o movimento contínuo da vida através das 3 forças da criação. Guardavam a vida como um constante “agora” onde a energia divina estava sempre presente, ora na luz, ora nas trevas, ora se expressando ao mundo através das festas, colheitas, nascimentos, e ora buscando o profundo, as cavernas, a interiorização, as sombras, para assim se renovar e ressurgir mais radiante e bela. Todo esse movimento repercutia na vida de cada membro da tribo, e cada um se via como parte fundamental na belíssima teia que era tecida pelas deusas fiandeiras como Arianrhod, Badb, Bean Sidhe, Morrigan e Scatach. Essas fiandeiras Cósmicas eram capazes de entrelaçar os fios das vidas em infinitas possibilidades, numa teia multidimensional cuja base era o próprio universo. Por serem emanações das Grandes Deusas Tecelãs, os celtas se viam como parte integrante dessa trama divina, fato este que lhes dava um sentido de pertencimento, como se seus braços e pernas e coração fossem a própria continuidade da Natureza. Tinham a perfeita noção de que todos somos constituídos da mesma substância e que compartilhamos a essência divina dos fios da existência. O tempo era representado como uma Roda, em cujo movimento continuo estavam as estações do ano, o dia e a noite, os pontos cardeais, os elementos da natureza com suas potências maravilhosas, o Sol e a Lua como Pai e Mãe que zelavam por toda criação. Todos os planetas com seus movimentos e peculiaridades compunham a família cósmica de todos nós. As florestas eram suas casas, as árvores seus mais importantes livros na estante da natureza e a música, a expressão dos deuses. Assim para festejar a vida, as colheitas, a fertilidade, o entrelaçar dos destinos, faziam acontecer cerimônias mágicas, onde o homem, a mulher e a natureza se congregavam com o poder das eras. Muitas eram as festas e festividades desse povo bucólico, dentre as quais as mais importantes eram o Beltane e o Samhain que comemoravam a Luz e as Trevas, o desabrochar e o recolher da Mãe Natureza. Como expressão lúdica dessa adoração e respeito, realizavam o que chamavam de” A Dança Cerimonial do Tear dos Destinos “, onde através de seus movimentos e ritualística, era possível transmitir o conhecimento sagrado às futuras gerações, de lábios a ouvidos. Muito se perdeu no passar dos anos, pouco foi escrito ou registrado, mas as estórias e lendas, mitos e canções, puderam retrazer o que de principal existia. Todo o perfume extraído desse conhecimento deve ser perpetuado, e para que façamos consciência de sua beleza, colocaremos a seguir as etapas e significados dessa dança tão antiga quanto os astros, tão simbólica quanto as estações da natureza, tão vibrante quanto o Sol e tão misteriosa quanto a Lua. O Masculino, o Deus Pai – Dagda: Finca-se na terra, um Mastro de 4 a 6 metros, como representação do Falo, do poder e da força masculina que penetra e fecunda a Mãe Terra. O Feminino, a Deusa Danu: Traça-se um círculo no solo (diâmetro de 5 a 7 metros) com farinha branca em torno do mastro, como representação da terra, Danu, a receptividade – o Sagrado feminino fecundado pela potência masculina. A purificação, o Deus Lugh: Num plano anterior ao mastro e como símbolo do Cristo, duas fogueiras são acesas. Elas compõem um triangulo imaginário, em cujo vértice superior coloca-se uma vasilha com água que representa a umidade da Mãe Terra. Todos se colocam em fila e passando entre as 2 fogueiras, se dirigem à vasilha com a água. Com auxílio de uma concha, banham seus pulsos e depois molham tanto o entrecenho quanto o peito, como sinal de reconexão com a Natureza. Os adereços: A Grande Lei determina para cada ser um sexo para sua expressão. Homens e mulheres recebem então um adereço como símbolo de sua expressão divina: a mulheres, uma guirlanda, os homens, uma fita em formato de broche. A guirlanda é símbolo de beleza, proteção divina, pureza e feminilidade; o broche de fitas nas cores vermelho e verde, simbolizam o vigor e a ação. As fitas: Todos recebem uma fita que deverá ser amarrada ao mastro e levada até o seu ápice. Essas fitas representam as energias da expressão de Deus. Nossas virtudes e defeitos com os quais tecemos o destinos com as pessoas de nossas vidas. O mastro representa o caminho para Deus, a busca do Divino …

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