Associação Gnóstica de Brasília

O Mistério da Super-Mulher

O MISTÉRIO DA SUPER-MULHER A verdadeira Mulher, aquela que vem do fundo das eras, a mulher que foi dada ao mundo para recriá-lo, pertence inteiramente a um Universo estranho a ele. Ela cintila no outro lado da Criação. Ela conhece o segredo das águas, das pedras, das plantas e dos animais. Ela fixa o amor do Sol e vê claro na noite. Ela possui a chaves da saúde, da latência e das harmonias da matéria. É fada de olhos transparentes, que junto com o homem aspira reconstruir o paraíso terrestre.  Ela é a fonte de virtude. É nela onde Deus semeia os verdadeiros Homens. Ela os devolve ao seu verdadeiro trabalho, que é elevar-se o máximo possível acima de si mesmo. A Doutrina do Cristo, do Salvador do Mundo é o Amor recíproco, o cumprimento da Lei e dos Mandamentos Divinos, sem diferença de sexos. A compreensão profunda desses ensinamentos exige a  participação mútua nos benefícios brindados pela Mãe  Natureza e também a equanimidade dos direitos humanos, sociais e conjugais. Com os ensinamentos Crísticos não se parcializam nem o bem e nem o mal, nem a riqueza e nem a pobreza, nem a sabedoria e nem a ignorância, e é certo dizer que ambos, homem e mulher, devem responder pelas mesmas responsabilidades e receber os mesmos benefícios e direitos em todas as atividades da vida. O personagem Super-Homem nos desenhos e filmes se mostra forte e com poderes, muitas vezes inseguro com suas origens e fraquezas humanas. Já o arquétipo iniciático do Super-Homem nos ensina que o maior poder é aquele da superação contra si mesmo, contra suas próprias fraquezas, contra seu ego. No paradigma divino da Super-Mulher o que ressalta não é a força ou os poderes, mas sim a  Fortaleza… Isso mesmo: o Super-Homem tem a força; a Super-Mulher é Fortaleza: serena, centrada, misteriosa, discreta, sábia, a ser desvelada. O caminho da auto-superação, sem dúvida, é um caminho árduo: é necessário ser Super-Homens e Super-Mulheres para percorrê-lo. Tanto Mestres como Mestras tiveram ao seu lado companheiros de almas fortes e determinados; tornando-se cúmplices no amor e no retorno ao Creador. Todas as Super-Mulheres que viveram neste mundo demonstraram qualidades inspiradoras que devem ser seguidas. Um grande exemplo é Clara de Assis. Nesta grande Super-Mulher vemos a doçura do servir, a Mãe que doa tudo de si pelos seus filhos, a companheira que compartilhou com seu amado Francisco um Trabalho Divino e revolucionário numa Idade de Trevas. Outro paradigma de Super-Mulher é Maria, com sua pureza virginal, sua Maternidade Celeste, sua compreensão para ver o próprio Rebento sacrificado na cruz. E há incontáveis outras Fortalezas Femininas: Joana D’Arc com sua força da fé, sua determinação, sua confiança, seu espírito guerreiro; Maria Madalena ensinando-nos o primeiro passo do futuro Adepto – o arrependimento; Helena Blavatsky mostrando-nos o que é disciplina, dedicação e sacrifício . Todos estes aspectos resumem-se em um: AMOR AO CASAL CELESTE! Todas essas Super-Mulheres encontraram sua Natureza Divina vivendo na simplicidade e na humildade. Como mulheres “comuns” fizeram de seu dia-a-dia uma verdadeira oração. Compreender os Mistérios da Mulher DEUS e vivê-los intensamente é construir a ponte que nos levará à Luz, ao Cristo. Samael Aun Weor  exemplifica perfeitamente esse sagrado caminho, dizendo que :“a Iniciação é a própria vida retamente vivida.” Heloisa Pereira Menezes – instrutora e presidente da AGB.

Deus é e Basta

PARA SERVIR A HUMANIDADE, DEUS É E BASTA !! Muitos falam sobre Servir a Humanidade, mas poucos sabem como fazê-lo. Muitos se dizem servidores, mas poucos têm consciência do que é Servir. Francisco e Clara de Assis, no século XIII , mudaram o mundo com suas idéias e atitudes revolucionárias e mostraram a todos que não há pré-requisitos  ideológicos , sociais ou econômicos para Amar , mas somente a convicção interior de que a Obra do Criador deve e pode ser executada. Numa época de guerras, disputas e ignorância, em plena Idade das Trevas, souberam viver para servir, fincaram sua bandeira de Amor Puro num mundo em que o “amor” era tão raro quanto a chuva num deserto. Ao vermos uma obra edificada, temos a impressão de que tudo aconteceu como por milagre e que os seres que a realizaram foram especialmente premiados por um “dom” divino. Mas não é assim. Como tantos outros grandes Homens e Mulheres que viveram em nossa amada Terra, a Obra desses Mestres de Assis foi edificada com os tijolos de muitas provas e sacrifícios, exemplificando a frase de Samael Aun Weor, grande filosofo do século XX: “antes de uma subida há sempre uma descida”. Ambos pertenciam a famílias abastadas; ele filho de um grande mercador, ela , filha de prestigiados nobres. Tinham tudo em suas mãos para viver suas vidas da maneira mais agradável que a época podia proporcionar, mas escolheram ir além; era preciso conhecer e viver as dores do mundo impingidas à grande maioria das pessoas: a mais profunda pobreza! E foi dessa forma que puderam reconhecer com suas almas e corações que “Deus é e basta!!” A ignorância e a pobreza juntas eram como muralhas que impediam as pessoas de ter esperanças de qualquer natureza. As doenças e misérias sociais eram tidas como castigos e o mundo não tinha piedade com ninguém. Era uma época singular, onde o poder temporal era subjugado pelo poder “espiritual”, não por respeito, mas sim porque, numa época de profunda ignorância, tanto o báculo quanto o anel clericais davam ao seu possuidor a prerrogativa de “condenar” as almas ao mais doloroso exílio infernal. A coragem de Francisco e Clara de fazer reluzir o Amor do Cristo na mais simples  palavra, no mais simples ato, derrubou essa muralha tornando possível a todos perceber que cada um é capaz de trilhar o caminho de volta ao Pai, independentemente do mundo e dos homens. O legado de Francisco e Clara de Assis resplandece até nossos dias no serviço desinteressado a toda expressão de vida, no companheirismo, no amor e respeito que tinham um pelo outro, na obediência aos desígnios divinos. Meditemos sobre esse AMOR com o coração disposto a SERVIR, deixando de lado as diferenças e disputas, pois “DEUS é e basta”! Heloisa Pereira Menezes – instrutora e presidente da AGB.

Sabedoria Gnóstica no Passado e no Presente

SABEDORIA GNÓSTICA NO PASSADO E NO PRESENTE      Gnose significa literalmente sabedoria, um conhecimento mais profundo e experimentado dos conceitos e objetivos da filosofia, da ciência, da arte e da mística humanas. No passado o Gnosticismo, enquanto corrente filosófica paralela ao Cristianismo nascente, pregava a Caridade, a Santidade e a Castidade como caminhos para o homem encontrar Deus e para cumprir os planos divinos na Terra. Caridade no sentido de auxiliar a todos os seus irmãos, de forma indistinta. Santidade conquanto ensinava a constante depuração psicológica e espiritual, não através de orações externas e condutas pautadas na repressão, mas sim por meio de um profundo auto-conhecimento da origem dos erros (pecados) cometidos, de modo a não mais cometê-los. E Castidade no sentido científico da palavra, ou seja, através da preservação, transmutação e correto direcionamento das energias criadoras. Os gnósticos antigos pregavam o uso correto da energia das polaridades masculina e feminina, em comunhão sexual, para o desenvolvimento integral do homem e da mulher, em contraste com o celibato (abstinência sexual), então pregado pelo nascente e fanático clero romano. No presente esses mesmos conceitos permeiam o Gnosticismo. Restaurada por Samael Aun Weor, a Gnose ensina nos dias de hoje como a ciência, a filosofia, a arte e a mística podem, em conjunto e de forma equilibrada, levar o ser humano a estados mais avançados de consciência, a se auto-conhecer e a se auto-transformar profundamente. A Caridade dos antigos gnósticos transformou-se em Serviço pela Humanidade, ou seja, para um gnóstico moderno estão sempre presentes os sentidos e deveres de cooperação, de consciência grupal, de ética para com o outro, de ajuda mútua e de disponibilidade para com as pessoas carentes (em todos os sentidos). O gnosticismo moderno não prega a Caridade apenas como meio de pagar o karma ou de exercitar a auto-disciplina, justamente por compreender a fundo que todos somos células de um único e divino organismo, e que é dever de cada um de nós trabalhar pelo crescimento do outro. A Santidade dos antigos sábios verteu-se para a Moderna Psicologia do Auto-conhecimento, quando, como na Psicologia Budista Tibetana, o aspirante à gnosis estuda profundamente as manifestações de nossos defeitos psicológicos (o ego) no intuito de compreendê-las e mudá-las radicalmente. Eis aí o conceito tão propalado pelos budistas de “aniquilação do ego para a libertação do sofrimento”. A Castidade dos gnósticos de outrora hoje reveste-se com a roupagem da Alquimia Sexual, do Tantrismo Branco, do uso da Sexualidade Sagrada. Para um gnóstico moderno o Matrimônio é uma forma de evolução espiritual, onde a fidelidade, o amor e a transmutação das energias sexuais são condições imprescindíveis para a evolução integral do casal. Mas as verdadeiras pérolas da Gnose Moderna estão na forma como esses conceitos, chamados Três Fatores para Revolução da Consciência, são abordados de forma científica, filosófica, artística e mística.    Sérgio Linke Engenheiro e instrutor Associação Gnóstica de Brasília

Cristais: Como operam nos Ambientes e no ser Humano

Os Cristais Trabalhando Pelo Ser Humano Quando ouvimos falar em cristais já nos lembramos delindas formações cristalinas pontiagudas e brilhantes (drusas), ou de coloridos e multifacetados bastões cristalinos que parecem ter sido lapidados pelo homem. Entretanto, além das aplicações energéticas dos cristais para harmonização de ambientes e pessoas, há vários outros usos dos cristais nos recursos tecnológicos que dão conforto à vida moderna: nos chips que controlam computadores e relógios; nos monitores de televisão e de microcomputadores; nas substâncias químicas presentes em remédios alopáticos e homeopáticos; em materiais de construção como concreto, cerâmicas e paredes de alvenaria. Também os cristais são imprescindíveis à vida, pois é através deles que há o necessário equilíbrio no sangue e na linfa para que os nutrientes alimentem nossas células. Desequilíbrio de cristais no corpo significa doença. Detalhando um pouco mais as aplicações energéticas dos cristais, citamos abaixo como podem atuar esses verdadeiros tesouros da natureza. Todo cristal possui uma vibração, vale dizer, uma energia pulsante dada por sua estrutura cristalina, onde os átomos de silício e outros componentes se arranjaram de forma perfeita durante milhões de anos sob condições especiais de temperatura e pressão. Esta vibração, irradiada para o ambiente e detectável pela radiestesia (uso de pêndulo ou outros instrumentos), pode ser utilizada para energizar e equilibrar as pessoas à sua volta. Cristais de Quartzo Branco, por exemplo, harmonizam ambientes através de sua potente vibração. Um cristal também possui uma energia da forma, dada por suas pontas, suas faces e sua estrutura cristalina, a qual é capaz de gerar, captar e irradiar energias, o que também pode ser utilizado para a harmonização dos ambientes e pessoas. É um verdadeiro “efeito antena” cristalino. Bastões multifacetados têm a capacidade de concentrar a energia do cristal em sua ponta. Outra forma de atuação dos cristais é sua energia acumulada, ou melhor dizendo, “programada” por uma pessoa experiente. Sabemos que a energia vital e psíquica pode ser moldada, direcionada e concentrada em elementos de acumulação, como os cristais. Calcitas são especialmente indicadas para esta aplicação, devido à sua permeabilidade energética. Todo cristal também possui uma cor, isto é, a energia eletromagnética dada pelo comprimento de onda da luz irradiada por ele. Dessa forma, todo cristal é potencialmente um instrumento cromoterápico. Por isso cristais vermelhos são ativantes, cristais azuis são calmantes e cristais da cor amarela levam à inteligência e à reflexão. Numa oitava superior, no uso da chamada Elementoterapia ensinada pelo mestre gnóstico Samael Aun Weor, é possível programar, ou melhor, encantar a energia inteligente contida num cristal. Com isso queremos dizer que, mediante determinados princípios e fórmulas especiais, é possível colocar o Elemental de um cristal ao nosso inteiro dispor. Elementais de ametista, por exemplo, são excelentes purificadores de ambientes. Sérgio Linke é engenheiro e instrutor da AGB

O que é Gnose

O QUE É GNOSE        Gnose significa literalmente conhecimento. Mas como bem definiram os filósofos clássicos gregos, é um tipo de conhecimento superior, baseado na vivência e na tomada de consciência dos aspectos essenciais da vida e de nossa relação com as leis superiores. Originada na experiência direta, a Gnose não tem dogmas ou outros impositivos teológicos ou filosóficos. Por isso muitos estudiosos de todos os tempos definiram a Gnose como uma revelação interior, um conhecimento consciencial advindo do contínuo exercício psicológico, científico, filosófico, artístico e místico. Dessa forma, é imprecisa qualquer definição que limite a Gnose a uma religião, ou uma filosofia, ou ainda uma ciência, ou mesmo uma expressão da arte. Na realidade a Gnose é tudo isso ao mesmo tempo, de forma equilibrada  e dinâmica. Para atingir a revelação interna e a chamada Auto-Gnose, o gnosticismo tem três grandes pilares: 1º) trabalho psicológico contínuo de auto-conhecimento e de auto-transformação, objetivando a eliminação dos defeitos humanos (orgulho, inveja, luxúria etc) e a alimentação e fortalecimento das virtudes da alma (humildade, coragem, respeito ao sexo etc.); 2º) trabalho energético constante para a transmutação das energias criadoras – aquilo que muitos chamam no oriente de tantrismo branco; e 3º) servir a humanidade de forma desinteressada, mediante o exercício da compaixão, da caridade e do auxílio a todos os seres. Portanto, o aspirante à Gnose é um inquieto buscador que trabalha constantemente sobre si mesmo, perscrutando as profundezas de seu próprio Ser em busca da Auto Realização Íntima, algo que está muito além (porém sem prescindir) da mera saúde física, do conforto físico e da inquietude espiritual. Valendo-se de ferramentas metafísicas que vão da Meditação à Projeção Astral, da Psicologia Tibetana à busca pelo estado de felicidade real e interna chamado de Nirvana, dos exercícios respiratórios e mântricos para equilibrar os corpos sutis a avançadas técnicas de Alquimia Sexual, a Gnose tem um cabedal maravilhoso e prático de técnicas para o Despertar da Consciência de seus praticantes. Por isso em algumas épocas de nossa história os gnósticos foram incompreendidos, caluniados e perseguidos, como ocorreu na época dos primeiros cristãos, da inquisição e dos cátaros albigenses, somente para citar três exemplos mais conhecidos.      No próximo dia 9 de julho, sempre às 3as feiras das 19h30 às 21h00, a Associação Gnóstica de Brasília iniciará em sua sede na 703 Norte sua 21ª  turma do Curso de Gnose, com 27 aulas e 9 meses de duração. Neste curso serão abordados de forma didática e prática os principais tesouros gnósticos.   Sérgio Linke é engenheiro e instrutor da Associação Gnóstica de Brasília

A Mulher como Arquétipo do Eterno Feminino de Deus

A MULHER COMO ARQUÉTIPO DO ETERNO FEMININO DE DEUS   Maio é o mês das mulheres, das mães, das noivas, época em que a energia feminina é exaltada. Mas qual a origem do mês de maio levar este nome e ser o mês da mulher? Quais os mistérios que entrelaçam maio, a mulher, as mães? As tradições gnósticas estudam profundamente os mistérios da mulher, enfatizando ser o Eterno Feminino de Deus a energia universal que gera, nutre e absorve tudo que existe. Aliás, cabe aqui lembrar que os gnósticos dos primeiros séculos cristãos foram taxados de hereges – e brutalmente perseguidos, justamente por isso: por entenderem, ao contrário do clero fanático da época, que a mulher era divina (e não diabólica), inspiradora (e não tentadora) e que poderia ser mestra e sacerdotisa (e não apenas uma serviçal inferior). Samael Aun Weor, mestre gnóstico do século XX, fez uma releitura atualizada das tradições gnósticas através dos aspectos de manifestação do Eterno Feminino de Deus, esclarecendo que a mulher é a divina potência redentora para a autorrealização do casal. Para ilustrar esta visão gnóstica de Samael perscrutando as virtudes e as manifestações divinas do feminino,verifiquemos o que algumas das diversas tradições ensinam sobre a sabedoria das deusas femininas. No Egito antigo a deusa Maat, deusa da sabedoria e da Lei, oficiava as cerimônias de pesagem do coração, onde as ações do morto eram avaliadas com uma balança que comparava o peso de seu coração a uma pena de ave. Note a semelhança do nome Maat (pronuncia-se maiat) e o nome do mês Maio. Interessante também é o fato do número de Maatnos Arcanos Egípcios ser o 5, força que denota a ação da Lei no próprio Tarot Egípcio. Veja a profunda relação entre Maat, a Lei, a mulher como fazedora da justiça, o número 5 e o quinto mês do ano – maio. Note também que até hoje o símbolo da justiça é uma mulher com uma balança nas mãos… Na Grécia as tradições maáticas egípcias tomaram a forma da deusa Maya, senhora da primavera (cujo apogeu é no mês de maio no hemisfério norte), representando a fecundidade e a renovação da vida. Maya também é mãe de Hermes, deus da sabedoria. A Maya grega, de onde provém diretamente o nome do mês das mulheres, representa em síntese a vida e a sabedoria. Esta mesma sabedoria é representada por outra deusa grega, Sophia, que significa literalmente sabedoria, como na palavra filosofia (“amigo da sabedoria”). Para os gnósticos Pistis-Sophia, literalmente fé-sabedoria, significa que a Fé Consciente está na Sabedoria, e não na fé dogmática ou cega como pregam as religiões confessionais. Já na Índia, Maya representa um outro aspecto da energia feminina: a ilusão da materialidade, reportando-se à matéria como princípio feminino, através do qual o mundo foi gerado. O próprio termo matéria origina-se de “máter”, mãe. Aqui a Maya indiana denota a força que leva à manifestação material, tal qual a Prakriti dos Vedas ou a Geb egípcia (Gaia para os gregos – deusa da Terra, de onde vem o étimo de palavras como geografia ou geologia). De todas essas e de muitas outras deusas milenares observamos o poder da mulher de transformar a humanidade, dando-lhe vida, sabedoria, amor, justiça e materialidade. A mulher é realmente a senhora da transformação, aquela capaz de gerar, gestar, parir, nutrir, educar, manter e absorver todas as criaturas: de homens a deuses; da natureza terrestre a universos inteiros… Os verdadeiros homens e mulheres de sucesso são aqueles que harmonizam e desenvolvem os potenciais arquetipais do Eterno Feminino e do Eterno Masculino, faces dessa Inteligência Dinâmica Universal que chamamos Deus. Isso nos leva a uma incômoda indagação: como estarão homens e mulheres utilizando esta força universal de transformação feminina? De forma construtiva ou de forma destrutiva? Neste mês de maio, de Maya e de Maat, pense e sinta isso: a mulher tem o poder universal da transformação através do amor. Observe este poder, valha-se dele, invista nele, respeite-o, compartilhe-o com as mulheres de sua vida ! Sérgio Geraldo Linke é engenheiro e vice-presidente da Associação Gnóstica de Brasília

Ser Criança

Os Melhores Mestres Outubro é o mês da criança, época que voltamos nossos olhos para os pequenos e retornam ao nosso coração a ternura de belas memórias dos tempos em que não tínhamos preocupações, compromissos ou responsabilidades. Um tempo em que nos ocupávamos apenas de brincar e de estar com as pessoas com quem podíamos nos divertir. O que poucas pessoas sabem é que este arquétipo infantil de liberdade, de espontaneidade e de ludicidade está presente em todas as culturas e religiões como referência para a felicidade, para a divindade e para os paraísos celestiais. Disse o Cristo Jesus nos evangelhos apócrifos (aqueles não alterados por algumas instituições religiosas): deixai vir a mim as criancinhas, pois é dos que são como elas que é o reino dos céus. Ou seja, os céus são para as pessoas – mesmo adultas, com estado de espírito infantil, livre, espontâneo. Quem não se recorda do menino-azul Krishna, que travesso brincava com animais, plantas e riachos como se fossem seus amigos de infância e os tratava como irmãos menores ? Uma das principais virtudes das crianças é a confiança. Um menino de sete anos não está preocupado se há comida, se há abrigo, se haverá dinheiro para a roupa: ele simplesmente confia no provimento de seu pai e de sua mãe. Outra característica admirável das crianças é a liberdade, manifesta como a autorização para tudo fazer, para agir e ser desprendido de tudo, não se incomodando com o que os outros dirão, qual será seu julgamento, o que isso poderá prejudicá-la no futuro. Este desapego, esta livre-iniciativa, esta falta de amarras e de pré-conceitos deixa a criança solta para agir dentro de seus domínios. A espontaneidade nas crianças é algo digno de nota. Elas não avaliam os impactos de suas falas, de seu jeito, de suas ações. São desprovidas de dogmas sociais e de convenções morais. Não estão preocupadas em magoar, em dissuadir, em não serem sinceras. Sinceridade e espontaneidade caminham juntas na pureza de uma criança. Entre tantas, talvez a pureza das crianças seja a virtude que nós adultos mais admiramos. Uma menina de três anos, por exemplo, parece um ser que acabou de sair do paraíso. Não julga, não compara, não se preocupa. Sua função é brincar e descobrir o mundo. Aprender a viver e a ser feliz. Ocorre que com o tempo, com os maus exemplos, com a rudeza do mundo, com a exploração pelos adultos, as crianças deixam esse estado elevado de consciência e se tornam desconfiadas, presas, condicionadas e impuras. Perdem o estado edênico. Isso também é devido à má educação psicológica dada pelos adultos: ao invés de ensinarmos as crianças com o exemplo, as forçamos a fazer coisas que nós mesmos não fazemos; ao invés de mostrarmos para elas como é melhor não julgar os outros, respeitando-os em suas opções e limitações, nós, adultos, desde cedo plantamos nas mentes e corações infantis os vermes do julgamento dos demais, da comparação, da maledicência… Este é o mundo que estamos criando. Com nossos maus exemplos. Talvez por isso os Mestres da Humanidade sempre se referem às crianças para dar uma idéia aos adultos do que é o paraíso e do que é uma consciência livre. Por isso os caminhos espirituais que conduzem verdadeiramente à felicidade ensinam como conquistar o espírito infantil, enriquecido com a experiência e a sagacidade do adulto. A gnose, como busca pela sabedoria sintética, divulga técnicas especiais para que conquistemos este estado infantil, mediante o despertar da consciência e a busca pelo Íntimo ou Essência, ou, nas palavras de Samael Aun Weor – mestre gnóstico do século XX, este Ser dentro de nós que é um verdadeiro exército de puras crianças. Sérgio Geraldo Linke Presidente e Instrutor da Associação Gnóstica de Brasília

Projeção Astral

Projeção Astral Por que não usar as horas de sono para viver mais? Passamos um terço de nossas vidas dormindo, completamente à mercê de nosso inconsciente e subconsciente. Às vezes lembramos de nossos sonhos; noutras sequer recordamos de nossas experiências oníricas após uma noite de sono; em outras ocasiões, o sono ou os sonhos são tão agitados que mal conseguimos descansar o corpo físico, despertamos como se tivéssemos levado uma surra. Esquecimentos, pesadelos, belas paisagens, pessoas do passado, “coincidências”…  Por que isso ocorre ? A filosofia gnóstica ensina que enquanto o corpo físico é recuperado pelo corpo vital ou etérico, durante o sono, os corpos mais sutis, dentre eles a alma e o espírito vestidos de seu corpo astral, saem a “perambular” pelas dimensões invisíveis da natureza. Você já ouviu um zumbido logo depois de adormecer ou pouco antes de acordar ? Sonha que está flutuando ou voando rente ao chão ? Já sonhou com alguém e, no dia seguinte, assombrou-se com essa pessoa dizendo que também sonhou com você ? Ou ainda, já sentiu como se estivesse caindo de costas na cama pouco antes de acordar ? Todas essas são impressões vividas no processo de desdobramento astral. Dominar o desdobramento astral exige apenas conhecer a técnica e treiná-la. Não há perigo algum no desdobramento do corpo astral, pois passamos por esse processo de forma inconsciente e involuntária todas as noites enquanto dormimos. Qualquer pessoa dedicada e com o mínimo de equilíbrio físico e psicológico pode conseguir a projeção consciente e voluntária do corpo astral. Alguns dos resultados que podem ser obtidos com a projeção astral são: conhecer pessoalmente os planos invisíveis da natureza; entender melhor nossas reações psicológicas, uma vez que no plano astral é mais fácil investigar nossos mundos interiores; receber instrução e treinamento em escolas que somente existem no plano astral; conhecer fatos passados, inclusive nossas vidas anteriores; estudar durante as horas de sono, proporcionando uma super-aprendizagem. No gnosticismo moderno ensinado por Samael Aun Weor existem várias técnicas de projeção astral, com exercícios psíquicos, mântricos ou através de técnicas que utilizam  elementais da natureza (gato, grilo, ovo de galinha ou certas plantas). Ressaltamos que as técnicas gnósticas não preconizam a ingestão de qualquer substância química. Nos cursos regulares de gnose da Associação Gnóstica, são abordados os mais diversos assuntos ligados ao esoterismo gnóstico, dentre eles a Psicologia Tibetana, o Tantrismo e a Projeção Astral. Sérgio Geraldo Linke é engenheiro e instrutor da Associação Gnóstica

O Tarot Egípcio como Livro Sagrado

O Tarot Egípcio como Livro Sagrado O Tarot Egípcio é um instrumento psicológico e intuitivo maravilhoso, sendo capaz de desvendar claramente o cenário oculto e sutil que se forma em torno de uma situação neste plano material. Como instrumento de precisão, o Tarot Egípcio traz uma série de símbolos, alfabetos e situações mitológicas que constituem verdadeiros arquétipos dos caminhos pelos quais a vida das pessoas pode ser direcionada, quer por vontade própria, quer pela ação das leis mecânicas da vida (o Karma). No país ensolarado de Kem (antigo Egito) o Tarot era um livro religioso, como o são hoje a Bíblia, o Alcorão, o Baghavat Gita. Neste sagrado livro egípcio estão contidas as leis divinas, as diretrizes morais e os ensinamentos iniciáticos que orientaram o esplendor dessa civilização maravilhosa que, há mais de 5.000 anos, inspirou cultural, científica e espiritualmente os gregos e romanos, por exemplo, que são a base de nossa civilização atual. Samael Aun Weor, Mestre Gnóstico do Século XX, escreveu vários livros sobre o Tarot, desvendando este fantástico instrumento mágico egípcio. O Tarot Egipcio é a fonte original de onde foram adaptados todos os outros tipos de Tarot. Ele é o mais completo e complexo de todos, exigindo maior preparo do operador. Por este mesmo motivo – de ser mais exigente com o operador, foi simplificado e dele derivaram vários outros tarots, inclusive o baralho de 4 naipes que conhecemos. As simplificações implicam em riscos devidos às aproximações, podendo inclusive redundar em erros e até em graves adulterações. Há dois tipos de leitores de Tarot: os intelectuais e os intuitivos. Leitores Intelectuais são aqueles que apenas estudam ou decoram o conteúdo de cada carta e saem interpretando como máquinas repetitivas o que está escrito em livros. Normalmente são pessoas meramente curiosas que almejam utilizar o Tarot para desvendar seu futuro ou para resolver questões imediatas. Já os leitores intuitivos do Tarot, aqueles para os quais o Deus Egípcio Thoth desvenda seu Sagrado Livro, utilizam o instrumento egípcio como arquétipo inspirador de suas próprias mensagens intuitivas internas, onde não há espaço para teorizações, repetições mecânicas ou dúvidas – o Tarot torna-se uma interface simbólica precisa do próprio operador. O Tarot Egípcio pode ser utilizado de forma Iniciática ou Oracular. O modo Oracular é aquele em que valemo-nos do Tarot para nos indicar a tendência invisível de cada situação. Dessa forma, o Livro de Thoth é capaz de nos mostrar quais elementos invisíveis estão atuando para o desfecho de determinada circunstância, sejam eles de origem interna das pessoas envolvidas, seja devido à situação externa (relacionamentos) em questão. Também é possível perscrutar o que a Lei Divina reserva para determinada situação. Já o Tarot utilizado de forma Iniciática é capaz de nos indicar, com base na mitologia  egípcia, por quais provas estamos passando (ou iremos passar), como nos sairmos bem delas, que tipo de virtudes devemos desenvolver para trilhar a senda iniciática e como obter auxílio divino para tanto. Associação Gnóstica de Brasília promove o curso básico de Tarot Egípcio, onde através de aulas teóricas e práticas, serão ensinados o conteúdo de cada um dos 22 Arcanos Maiores, os Métodos de Leitura, a Consagração do Tarot e como utilizar o Livro de Thot de forma oracular e iniciática. Sérgio Geraldo Linke Presidente e instrutor da AGB

O Cristo Íntimo e o Natal do Coração

O Cristo Íntimo e o Natal do Coração A época de Natal desperta em todos nós muitos sentimentos sublimes, como a vontade de estar com a família, ímpetos de solidariedade, a expectativa pela ceia de Natal, pelos presentes, a visão das árvores iluminadas, os presépios, o Bom e Velho Papai Noel. A visão histórica que temos do Cristo Jesus foi incutida durante séculos no ocidente pela cristandade institucionalizada, colocando em Jesus uma figura pronta, de escolhido, de único filho de Deus. O que poucos sabem é que o natalício de Jesus Cristo é a comemoração de um evento iniciático ocorrido com um cidadão judeu chamado Jeshua Ben Pandirá, que se preparou intensamente para o Advento dessa Força Universal chamada de Cristo. O Cristianismo Primitivo, pregado pelos gnósticos dos três primeiros séculos de nossa era, ensina que Jesus foi um grande mestre e iniciado que trabalhou intensamente a ponto de despertar em si mesmo as potências do Salvador Salvandus, o Cristo Íntimo, o Logos do Amor. Ensina também a Gnose que outros grandes iniciados, em distintas culturas e épocas, alcançaram este mesmo grau iniciático ou evolutivo – a Cristificação: Apolo na Grécia, Osíris no Egito, Fo-Ji na China, Krishna na Índia, Quetzalcoatl entre os astecas e tantos outros foram grandes iniciados que se Cristificaram. E há muitas “coincidências” em suas vidas: todos nasceram de uma virgem e sempre no solstício de inverno, todos apareceram em condições de pobreza, todos enfrentaram traidores, todos tiveram doze apóstolos, todos morreram martirizados para salvar seu povo, todos deixaram sua vida como lição, todos foram âncoras de religiões que os perpetuaram… Quando ampliamos nossa visão sobre o Natal, vendo o nascimento do Cristo como a conquista de um altíssimo grau iniciático, podemos compreender muito melhor todos os símbolos que fazem esta linda festa de Confraternização e de Amor todo final de ano. Os pinheiros iluminados representam a conquista dos dez sefirotes em nossa Árvore da Vida, como ensinam os cabalistas. O Papail-Noel, velho bondoso, obeso e que premia com presentes quem se comporta, representa o Pai Interno ou nosso Real Ser Interior Profundo, como ensinam os gnósticos. Ele premia seu filho com presentes (virtudes) quando ele “se comporta bem durante o ano”. O presépio, instituído por São Francisco de Assis no século XIII, traz todos os símbolos do processo iniciático da Cristificação: a estrela-guia representa Stella-Maris, a Virgem do Mar, a Mãe Divina que todos trazemos dentro de nós; os três Reis Magos denotam a purificação da Mente, das Emoções e da Vontade. O estábulo representa o pobre estado humano em que se encontrava o iniciado quando se preparava para o nascimento de seu Cristo Íntimo, no meio de animais (suas imperfeições ou ego). Os sinos de natal estão a todo instante badalando como que chamando-nos para despertar nossa consciência, para acordarmos para a necessidade de engendrar, dentro de nós mesmos, esta força universal chamada Cristo. Por isso, neste Natal de família, de confraternização e de comércio, lembremo-nos sempre da verdadeira origem do natalício de Jesus: ensinar que todo homem e toda mulher podem despertar em seu próprio coração o Cristo Individual, Íntimo, mediante intensos trabalhos de purificação. Esta é a verdadeira síntese da Senda da Iniciação. Samael Aun Weor, mestre gnóstico do século XX, sintetiza de forma sublime todo este processo ao dizer: De nada terá valido o Cristo ter nascido em Belém se não nascer também em nosso coração.   Sérgio Geraldo Linke – presidente da AGB

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