Associação Gnóstica de Brasília

A Arte da Massagem

A Arte da Massagem A massagem é uma das mais antigas e simples formas de terapia e tem sido usada no Oriente há milhares de anos. Há registros em desenhos com mais de 5.000 anos do uso de técnicas de massagens na China, Japão, Egito e na antiga Pérsia, hoje Irã. Escritos em Papiros e gravados em pedras, descobertos no Egito, mostram que a massagem fazia parte da vida cotidiana dos faraós. O Papiro de Smith, com cerca de 4.000 anos, apresenta profissionais especializados em fraturas e problemas ósseos utilizando a massagem como método para tratamento de enfermos. Na China, o Huang Di Nei Jing, o Clássico de Medicina Tradicional Chinesa, obra com milhares de anos, refere-se à massagem como uma técnica eficaz para tratar diversas doenças. Na Índia, o Ayurveda, obra também com milhares de anos, faz referência à massagem e introduz termos como fricção. No Ocidente, a  massagem foi utilizada nas medicinas grega e romana. Hipócrates (460-370 a.C.), o “Pai da Medicina”, que viveu na Tessália, Grécia antiga, recomendava “esfregar” para ajudar o corpo. Galeno (130-210 d.C.), de Pérgamo, cidade grega, mas que viveu em Roma, apresentou e registrou por escrito classificações detalhadas e descrições de técnicas de massagem em termos de qualidade (pressão e direção) e quantidade (frequência e tratamento). Escreveu aproximadamente 16 livros relacionados com técnicas de massagem. Na Europa, durante a Idade Média, o uso da massagem como prática clínica desapareceu, pois a Igreja Romana pregava que a massagem tinha uma conotação sexual. A partir do século XVI, devido às viagens para o Oriente, as técnicas de massagem foram redescobertas e espalharam-se por diversos países. Hoje são inúmeras técnicas que estão à disposição das pessoas, proporcionando relaxamento muscular, alívio da dor, melhoria da circulação, melhor elasticidade da pele, diminuição e controle do estresse, além de outros benefícios. Entre essas técnicas estão: Do-in, Shiatsu, Tui-Na, Reflexiologia, Massagem Modeladora, Drenagem Linfática, Shantala. SANDRA M. ABILEL é Terapeuta Holística, Instrutora e diretora fundadora do Instituto Gnóstico Interdisciplinar em Santos/SP – IGNIS.  

A MEDICINA FITOTERÁPICA MAPUCHE

A MEDICINA FITOTERÁPICA MAPUCHE   Os Mapuches são habitantes originais do sul da Argentina e do Chile, habitando em pequenas aldeias isoladas nas regiões do Rio Negro, Chubut, Santa Cruz e Neuquén. Na cultura Mapuche, a saúde reflete um equilíbrio entre o corpo, a terra e a natureza. A medicina, especificamente, conecta-se a crenças culturais sobre o cosmos, os espíritos e a interação entre todas essas coisas. Do ponto de vista Mapuche, a doença não é apenas um estado biológico ou físico, mas também moral e social, decorrente do desrespeito às normas e ao equilíbrio com o meio ambiente. Para os Mapuches, se alguém está desequilibrado espiritualmente manifesta no corpo uma doença. A medicina Mapuche tem uma visão integral do paciente, porque para eles, a família, a comunidade e tudo o que estamos vivendo acabam nos influenciando de uma forma ou de outra. Os métodos de tratamento das doenças na medicina Mapuche contrastam com a medicina ocidental. Na medicina ocidental, normalmente, um médico prescreve uma medicação ao paciente para tratar a dor. Na medicina Mapuche, o “machi” ou curandeiro trata a doença como uma totalidade, estabelecendo um “diálogo” com ela para descobrir a transgressão original e restabelecer o equilíbrio holístico. Hoje, muitos países latino-americanos combinam com perfeita harmonia a medicina indígena e ocidental. Nas áreas urbanas, é mantida a tradição do uso, especialmente de plantas e minerais, para a cura de doenças. Na capital da Colômbia, Bogotá, é comum o uso de certos medicamentos naturais de origem indígena; assim como nas tribos indígenas da Amazônia peruana de fitoterápicos feitos com seu meio natural, utilizando-se das árvores, plantas, sementes e folhas. Grande parte dessa riqueza milenar das selvas amazônicas é compartilhada com toda a humanidade por Samael Aun Weor, em seu monumental livro Medicina Oculta. O México também utiliza essa riqueza de conhecimentos dos diversos grupos étnicos do país, constantemente apoiados por uma comunidade científica que percebeu a importância desse fato; não é à toa que cientistas do mundo todo buscam nas mais variadas plantas o seu poder curativo. Os Aprendizes de médicos Mapuches (machis) aprendem sobre a energia inteligente de todas as coisas:  plantas, elementais e muito mais. Seu aprendizado é direto e intuitivo; utilizando-se da técnica da meditação são desafiados a encontrar as utilidades das plantas sem saber nada sobre elas intelectualmente.Dentre as diversas plantas utilizadas nas curas das mais diversas doenças, existem 7 vegetais nativos utilizados pelos Mapuches. Essas plantas atuam em cada um dos 7 chacras principais e seu uso na Medicina Antroposófica, na Fitoterapia e em diversos estudos científicos da medicina alopática corroboram sua eficácia. São elas:Chacra Base: Taraxacum officiale ou “Dente de Leão” Chacra Sacral: Fabiana Imbricata ou “Palo Pichi”.Chacra Plexo Solar: Buddleja globosa ou “Pañil”- Chacra Cardíaco: Plantago major ou “Llanten” ou “7 veias”. Chacra Laríngeo: Pinus ou “Pino de duas agulhas”. Chacra Frontal: Rosa rubiginosa ou “Rosa Mosqueta”. Chacra Coronário: Maytenus boaria ou “Maiten”. Maria Pia Calandrelli mora em Bariloche – Argentina. É Bioquímica, Farmacêutica e Instrutora de Gnose.

MITOS E CONTOS DE FADAS – A LINGUAGEM DA ALMA

MITOS E CONTOS DE FADAS – A LINGUAGEM DA ALMA   As lendas, mitos e contos estão presentes em todas as culturas relatando heroínas, príncipes, deuses, seres sobrenaturais, vilões, vitórias e todo um enredo que conecta dois mundos: o dos seres humanos comuns com o mais elevado, o divino. As metáforas e histórias épicas de guerras e reis, vitórias sobre gigantes e escadas ao céu, visões de luzes e anjos, também estão presentes em todos os livros sagrados, como a Bíblia, o Bhagavad Gita hindu e os Pitacas Budistas. Não por acaso Jesus, Budha e Krishna usaram muitas metáforas e parábolas para transmitir sua sabedoria. E este não é um fenômeno antigo, com épicos religiosos, livros e histórias de crianças: vale lembrar que hoje os maiores sucessos do cinema trazem essas mesmas histórias que buscam identificar uma pessoa comum, como nós, a um desafio para conquistar algo grande que possibilite a vitória do bem sobre o mal. Harry-Potter, Senhor dos Anéis, Avatar, Frozen e Star Wars são apenas alguns exemplos disso. Sejam blockbusters americanos, mitos gregos que dão linguagem à nossa moderna psicologia acadêmica, bardos e druidas com suas histórias celtas, xamãs astecas ou incas contando sua ancestralidade, ou mesmo os índios tupis-guaranis brasileiros com suas belíssimas lendas e histórias de criação, essas narrativas trazem ensinamentos de ética, organização social, justiça, vitória das virtudes sobre o mal, busca de espiritualidade, abrindo assim ao ser humano, desde criança, um mundo invisível, belo e, na maioria das vezes, real. O fato é que, apesar de atualmente a maioria das pessoas depender de sua mente e intelecto para sobreviver profissionalmente, o ser humano tem necessidade de se emocionar, de se inspirar, de avivar sua imaginação, seus sonhos, sua busca de valores elevados. E os mitos e contos de fadas suprem esta necessidade humana de alimentar sua emoção e sua criatividade, sua devoção e sua busca pelo misterioso e pelo sutil. Há estudiosos dos mitos e roteiros culturais e artísticos como Christopher Vogler e Joseph Campbell que descrevem até os estágios para uma boa história, como um roteiro para a saga do herói, incluindo chamado para a aventura, encontro como um mentor, tentações, provas e recompensas, culminando com a conquista do prêmio de vitória. Jung, grande psicólogo suíço moderno, ensinou que do inconsciente coletivo, a camada mais profunda da mente humana, derivam os arquétipos ou padrões simbólicos universais.  Segundo o pai da psicologia do inconsciente, os mitos são uma das formas onde os arquétipos humanos se materializam. Na Gnose chamamos de Iniciação o processo de auto-desenvolvimento espiritual humano. Como processo voluntário e estruturado, o caminho iniciático gnóstico passa pelo estudo e transformação profunda da psique, eliminando os desejos e apegos e exaltando as virtudes e aspirações superiores. Para a Senda Iniciática Gnóstica o conhecimento e compreensão dos grandes Mitos e Contos de Fadas fornecem uma ferramenta essencial para a compreensão das mensagens que emanam do nosso Real Ser, da nossa Alma. Por isso podemos dizer que os Mitos e Símbolos são a Linguagem da Alma, e compreendê-los significa entender o que a alma quer. Samael Aun Weor, Mestre Gnóstico contemporâneo, ensina a fórmula: a intuição é a apreensão pura das lições da alma, necessárias para o Sendeiro ao Divino. Para obter intuição é necessário subir os degraus da Imaginação (deleitar-se conscientemente com a beleza e ludicidade dos mitos e contos de fadas, por exemplo) e da Inspiração (aprender a contemplar a beleza da natureza, das pessoas e das histórias filosóficas e mitológicas, para avivar e nutrir as emoções superiores). Sintetiza o sábio gnóstico: “Imaginação, Inspiração e Intuição são os três caminhos obrigatórios da Iniciação”. Portanto, caro leitor, da próxima vez que a vida lhe brindar a oportunidade de um livro ou filme, como o Rei Leão da Disney que vi recentemente, entregue-se à história, sorria, se emocione, observe tuas inquietudes internas: nessas histórias de heróis, vilões, maldades e virtudes, provas e vitórias, estão as pistas e o mapa do caminho para a vitória de tua própria alma, na busca da Paz, da Felicidade e de sua Missão no mundo.                                                                                     Sérgio Geraldo Linke, engenheiro e instrutor de Gnose

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