Como será a futura Civilização Humana na Idade de Ouro ?

Como será a futura Civilização Humana na Idade de Ouro ?

Nesta série de cinco artigos, estamos analisando o Futuro da Humanidade.
Em nosso primeiro texto abordamos O Estágio Atual da Humanidade, no segundo escrito analisamos a Ciência da Futurologia e as Fontes Proféticas, com o que elas nos reservam.
No artigo 3 estudamos nossos irmãos do Cosmos, abordando a Ufologia Gnóstica como 3ª via em relação à ufologia científica ateísta e à ufologia mistificadora.
Continuando nossa série de artigos, agora neste 4º escrito estudaremos como será a Futura Idade de Ouro, analisando os caminhos e até tendências disruptivas necessárias para chegar a esta idade de Consciência e Felicidade.
Finalizaremos esta série sobre o Futuro da Humanidade com um próximo 5º artigo, o qual sintetizará todo o trabalho de autorrealização espiritual, ensinando uma maravilhosa prática de Conexão com o Logos Solar, com a Divindade do Sol que nos nutre e mantém.
Nossa abordagem se harmoniza, como nos outros artigos, num tripé composto por (I) definições claras e não mistificadas, (II) conclusões sérias de estudiosos de várias áreas (futurologia, história, antropologia, sociologia, psicologia, tradições iniciáticas) e (III) a análise gnóstica profunda e sistêmica dos aspectos relatados nos cinco artigos que são objeto desta série sobre o Futuro da Humanidade.

Possuímos Tecnologia Civilizatória para bem utilizar a Tecnologia Científica ?

Muitas profecias e religiões falam da Idade de Ouro, da Jerusalém Celestial, de um mundo transformado onde as pessoas viverão em paz e felicidade, onde não há egoísmo, crimes, apego, competição, sofrimentos. Ou ainda, numa visão teológica, num paraíso que depende da salvação “quando Jesus voltar” ou “quando o Budha Maytreia se manifestar ao mundo”, só para citar duas expressões religiosas.
Com base nas tradições iniciáticas que falam da Psicologia do Autoconhecimento, da religiosidade mística prática, sabemos que o ser humano tem um EGO, no sentido de defeitos psicológicos que levam a atitudes danosas, como a inveja, a vaidade ególatra, o consumismo inconsciente, a competição destrutiva, a ambição desmedida, a ira, a violência, o preconceito etc.
Este ego é o responsável por todo o sofrimento humano e pelo karma das pessoas. Não sejamos ingênuos a ponto de acreditar que teremos um mundo paradisíaco com as pessoas entregando-se cada vez mais aos seus desejos, às suas ambições e apegos, destruindo o planeta, esquecendo-se da alma que trazem dentro de si e desprezando outros seres.
Somente teremos um mundo melhor se o ser humano se transformar profundamente, eliminar seus defeitos (egos) e desenvolver suas virtudes. E isso não é uma questão meramente moral ou religiosa. É preciso trabalho sério, profundo, com métodos de autoconhecimento e autotransformação. A Gnose ensina esses métodos.
A tecnologia externa (automatização da produção de alimentos, robotização, busca de outros planetas, drogas maravilhosas, inteligência artificial, engenharia genética) não fará o trabalho psicológico e espiritual por nós. Claro que deveremos sim aproveitar as benesses da tecnologia externa, mas desenvolvendo também nossas potencialidades espirituais por meio da tecnologia interior.
Aliás, essas ferramentas da “cega ciência atual” se constituem não só em revoluções civilizatórias assombrosas e disruptivas, mas também em verdadeiros perigos se aplicadas com falta de ética (busca do bem comum) e com fins egóicos e comerciais, como é o caso da exploração (e também destruição) de outros planetas, da criação de organismos geneticamente alterados e da inteligência artificial como ferramenta de ilusão e de perda de humanidade nas relações. Há ainda a sombra do iminente Matercídio Planetário a que estamos sujeitando a Terra, com nosso consumismo inconsciente que pode tornar inabitável nosso belo globo azul. As grandes alterações climáticas estão aí para atestar.
Tecnologia sem espiritualidade é suicídio civilizatório. Leva às guerras, à supremacia de alguns sobre outros, à acumulação de riqueza em poucos e à grande pobreza na maioria.
Necessitamos de Tecnologia Psicológica, de Técnicas Espirituais, como a Gnose.
Não é possível termos um jardim de flores a partir de um terreno cheio de pragas. Primeiro é necessário limpar o terreno, remover as pragas, que neste caso são o egoísmo humano (medo, orgulho, ambição, vaidade, preguiça, luxúria, inveja e tantos outros).
Somente teremos uma Idade de Ouro quando as pessoas manifestarem mais virtudes que egos, quando entenderem que a Terra é um organismo vivo e que nossa existência física é uma etapa em nosso caminho de aperfeiçoamento espiritual, o qual deve ser ativo e inteligente, constante e metodológico, auto-aplicado e concretizado em nossas palavras, pensamentos e atos.
Por isso que o mestre gnóstico contemporâneo Samael Aun Weor afirma: somente “aqueles que tenham eliminado 50% dos elementos indesejáveis (egos) que carregam em seu interior poderão ser selecionados” para a nova civilização, arrematando ainda que “na sexta raça raiz (estamos atualmente na quinta) não será dado corpo a ninguém que ainda tenha Ego”.
Note, querido estudante, que o Mestre de Aquário não fala de cristãos, muçulmanos, budistas, gnósticos… Ele aponta diretamente para quem tenha menos ego, menor quantidade de defeitos humanos, ou, olhando por outro lado, que manifeste mais virtudes. Isso é uma questão psicológica.
Eliminar o ego é um trabalho ativo, constante, individual, iniciático, com os Três Fatores de Revolução da Consciência: Morte Mística, Nascimento Alquímico e Caridade Universal.
Portanto, a Gnose não é apocalíptica, o gnosticismo não ensina que merecemos ser castigados; ela é otimista, trabalhando para que cada pessoa desperte a consciência e seja assim preparada a humanidade para a futura 6ª Raça Raiz, a Koradi, a Idade de Ouro.
Esta visão também não é para pessoas que somente pensam nesta vida atual, nesta sua profissão, nestes seus parentes, neste seu nome; é preciso vislumbrar o futuro.
Na realidade, no caminho iniciático uma existência física (como homem ou mulher, africano ou asiático, rico ou pobre) só tem valor se trabalharmos sobre nós mesmos, se despertarmos a consciência. Caso contrário, uma vida será somente mais um ciclo da existência, um pagar karmas e receber darmas na Roda de Samsara (nascimentos e mortes).

A Futura Idade de Ouro da Humanidade

A Idade de Ouro deverá ser iniciada por pessoas auto-selecionadas (que trabalharam e trabalham intensamente sobre si mesmas), após as purificações planetárias que são necessárias devido à flagrante e crescente degeneração da humanidade, conforme abordamos em artigos anteriores.
Para abordarmos algumas características dessa nova civilização “sem ego” e com “muitas virtudes pessoais e sociais”, nos valeremos de duas fontes.
Primeiro as tradições e sábios que descrevem civilizações de ouro como os hiperbóreos, os lemurianos antes da transgressão sexual e da expulsão do paraíso, e até as civilizações primordiais do Egito e da Grécia, quando havia mais consciência nos humanos.
A segunda fonte é justamente da Ufologia Gnóstica, como aqueles relatos sérios que descrevem civilizações extraterrestres altamente desenvolvidas.
Mas vamos então à descrição de alguns aspectos da futura Idade de Ouro, sob a óptica gnóstica.
O INDIVÍDUO: Numa civilização de seres conscientes os indivíduos são diferentes do que conhecemos agora. Cada ser humano zela profundamente por sua psique, seus valores anímicos e espirituais. Um lemuriano ou um venusiano não deixam o ego se criar, não deixam esta praga psicológica se alastrar pelos jardins da alma. Um ser desperto não se fascina com seus sentidos ilusórios, não julga os demais, não agride a natureza; ele tem aquilo que chamamos de ética-espiritual, que consiste em fazer o bem pela Obra do criador. O que tem valor é a divindade no outro, não seu corpo bonito ou seu carro, ou seus títulos ou sua conta bancária.
Um homem ou mulher de Júpiter, de Marte (ou do Egito Primordial) não tem (tinha) ego, somente manifestava virtudes como generosidade, alegria, paz, diligência, humildade, respeito por tudo, gratidão, compaixão e tantas outras flores de almas luminosas.
ORGANIZAÇÃO SOCIAL E POLÍTICA: Numa civilização humana espiritualmente avançada a sociedade é completamente diferente do que conhecemos. A família é profundamente respeitada, aliás todos se entendem como uma grande família, a começar pelos que coabitam na mesma casa, que normalmente são consanguíneos (pais e filhos).
A gestão comum ou pública (política) é efetuada por conselhos de sábios, pessoas experientes que se entregam ao serviço comum como a um sacerdócio. Numa humanidade avançada não há gestores públicos com ego ou interesses pessoais ou de lobbys. Não há vereadores, deputados e senadores (“representantes do povo”), como defensores de setores da sociedade ou de estados – pois não há estados e toda sociedade é consciente e igualitária.
Não há eleições. Não há repartições públicas. Apenas verifica-se diretamente (todos são clarividentes) quem tem maior nível de consciência desperta, vale dizer, menos egos e mais virtudes, e esta pessoa se encarrega de operar as melhores decisões para a sociedade. São os sábios que coordenam a sociedade.
Não há prisões, polícia, juízes ou advogados (pois não existem crimes e nem disputas). O direito é a ética em respeitar as leis divinas e a liberdade do outro, não há necessidade de interpretações humanas.
ORGANIZAÇÃO PRODUTIVA E ECONÔMICA: nas humanidades que estão em Idade de Ouro não há dinheiro, não há bancos, não há mercado financeiro, ações, moedas a comprar e vender. Não há trabalho para nutrir vícios ou inutilidades, como indústrias e comercialização de álcool, drogas, cigarros, jogos de azar, cosmética da vaidade. Não existem também impostos, máquina estatal, controles, contabilidades, propaganda, programas egóicos de TV, redes sociais inconscientes e monetizadas, influenciadores digitais, arte como músicas que incitam a dor e a vingança, a “sofrência”. Não há forças armadas, polícia, pois as sociedades avançadas não necessitam. Não há consumismo exagerado, pois as pessoas são felizes pelo que são e pelo que realizam, não pela aparência exterior.
Não há salário, não há cartão de crédito. Não há empresários, acionistas, empregados, assalariados, sindicatos, justiça trabalhista.
Inacreditável ? Veja só, caro estudante: você pode criar alfaces, as colhe e leva ao supermercado. Alguém que precise de alfaces simplesmente vai no ponto de entrega e pega, não precisa pagar. Você pode ser um empresário de computadores, tem inteligência e vocação para isso: monta a fábrica tudo de graça, recruta operários (sem salários) e produz computadores, sem pagar impostos ou ganhar dinheiro (pró-labore) com isso, pois não há dinheiro. Você simplesmente produz em sua fábrica de computadores, os dá de graça e também pega sem pagar tudo o que precisa (escola para filhos, transporte, alimentação, insumos para a fábrica).
Os gestores públicos apenas administram a distribuição do trabalho, quando necessário para equilibrar se há mais produtores de alfaces que de computadores.
Neste sistema produtivo, o rendimento é altíssimo pois não há máquina estatal, não há impostos, não há fiscalização, não há sonegação fiscal, não há enriquecimento ilícito, pois as pessoas não trabalham para ficarem ricas. Todos são ricos, todos têm de tudo.  Ninguém trabalha para enriquecer outros ou para sustentar inutilidades como consumismo inconsciente ou controles estatais.
Todos trabalham pouco (menos de 3 horas por dia), não ganham salários e todos podem dispor de tudo, sem pagar. Sua profissão é seu sacerdócio, é sua contribuição à sociedade que precisa de seu trabalho. Seu trabalho, sua contribuição, são sagrados.
As outras 21 horas diárias que sobram são distribuídas em descanso, desenvolvimento espiritual, lazer, família, amizades, educação, aprimoramento profissional etc. E todos são assim. Não há quem ganhe mais ou menos, todos trabalham o mesmo e todos não têm dinheiro ou propriedades. Nada de capitalismo ou socialismo – ambos filhos do ego. É uma sociedade consciente, sem ego, sem luta de classes, sem investidores, que almejam lucro, sem competição pelo dinheiro. As pessoas se dedicam a serem felizes e a nutrirem suas almas. Todos se respeitam e todos são ricos, mas sem dinheiro e patrimônio.
EDUCAÇÃO: a educação numa sociedade de ouro foca em três aspectos: 1) eduzir (despertar e desenvolver) as potencialidades anímicas, espirituais; 2) ensinar a vida em sociedade, a ética e o respeito pelos seres e pela natureza; 3) treinar uma profissão que a pessoa tenha aptidão, talento e vocação para exercer. A esta pessoa se ensinam novas técnicas, itens de segurança, responsabilidades, controle de qualidade, cadeia produtiva, logística etc. Não há provas, vestibulares, ENEM, concursos públicos, entrevistas para empregos, demissões, previdência social, fundo de garantia. Tudo isso são gastos inúteis, acumulação para alguns, medo do futuro, coisas do ego.
Numa sociedade avançada as pessoas não competem, elas cooperam; os seres humanos não se escravizam no estudo e no trabalho, eles sabem a parte que devem contribuir à sociedade; as pessoas não precisam acumular dinheiro, elas confiam na sociedade que não tem dinheiro. Não há proventos de aposentadoria, uma pessoa trabalha aquelas poucas horas por dia até quando quiser, quando sua saúde e prazer permitirem, conquanto seu quinhão para a sociedade tenha sido dado.
CIÊNCIA: a ciência numa Civilização Áurea é aplicada em tecnologia espiritualizada, pois conhece e constata Deus em tudo. Os seres humanos das civilizações despertas são clarividentes, clariaudientes, lembram-se de suas vidas passadas, sabem das relações anteriores com todos em vidas passadas, eles vêm os elementais nas plantas, nos animais, nas pedras, nas montanhas. Apesar de se cuidar muito da saúde, não se dá prioridade a ter ou não ter corpo físico, pois ele é apenas um estado mais denso da alma. Não há doenças, pois não há egos. Não há indústria médica-farmacológica. Não há exploração do próximo com produtos inovadores para ganhar dinheiro, pois não há dinheiro. Não há corrida tecnológica com armas, drogas e conquista espacial, pois não existem guerras, países, bandeiras, necessidade de usar psicotrópicos para experimentar os mundos sutis.
RELIGIÃO:  a religião numa humanidade de ouro é científica e a ciência é espiritual. Não se trata de acreditar em um Deus e rezar para ele.
Os seres humanos autorrealizados da Idade de Ouro invocarão as divindades com o verbo de ouro e os deuses e deusas se materializarão para eles, diretamente, sem dogmas, crenças, livros, intermediários, sacerdotes e sacerdotisas, sem igrejas e templos. A natureza é o grande templo dos despertos de consciência. Todos os humanos são sacerdotes e sacerdotisas, pois têm suas faculdades psíquicas desenvolvidas e despertaram a semente divina (Budhata) dentro de si mesmos.

Utopia esotérica ? Otimismo científico exagerado ? Apocalipse anunciado ?

A essas alturas nosso leitor deve estar de boca aberta… Será que isso já existiu ? Será que um mundo assim é possível ?
Nossa resposta gnóstica: já foi assim em alguns períodos da humanidade terrestre e assim será no futuro, após a purificação planetária e a seleção dos mais conscientes.
O que fazer então ? Como se preparar para esta nova civilização ?
São duas exigências apenas, caro estudante: elimine seu ego e sirva consciente e integralmente a todos os seres !
Quanto menos ego têm as pessoas de uma civilização, mais avançada ela é.
Quanto mais ego têm os seres humanos de uma civilização, mais degenerada ela é – como a nossa atual. A humanidade vira uma praga e se auto-elimina.
Para conquistarmos uma sociedade paradisíaca é necessário primeiro eliminarmos o inferno que temos dentro de nós mesmos – o EGO.
Por isso reafirmamos: a vivência gnóstica é a vanguarda civilizatória da humanidade.
Somente assim mereceremos e conquistaremos a Idade de Ouro da humanidade.
Comece agora, estude seu ego e o elimine; sirva de forma desinteressada a todos os seres !
Assim você já estará vislumbrando, em suas próprias ações, a Futura Era Luminosa da Humanidade.

Sérgio Linke é engenheiro e instrutor de Gnose em Fortaleza, Ceará, Brasil

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro A Dança do Mastro, presente nos antigos festivais celtas como Beltaine, representa muito mais do que uma simples celebração da primavera. Ela é uma chave arquetípica que expressa a união dos opostos, a circulação da energia vital e o reencontro com o eixo central do Ser. O maypole, termo inglês que designa esse mastro decorado com fitas coloridas e flores, ao redor do qual se dança na tradicional festa de maio em várias culturas europeias, é um símbolo vivo dessa conexão sagrada entre o céu e a terra. Sua dança entrelaçada remete ao movimento harmonioso das forças opostas que, em equilíbrio, sustentam a vida e o cosmos. O mastro central representa o axis mundi, o “eixo do mundo”, uma imagem simbólica comum a muitas tradições espirituais, como a Árvore da Vida, o Monte Meru (símbolo sagrado e cósmico presente em várias tradições espirituais do Oriente, especialmente no hinduísmo, budismo e jainismo), a coluna vertebral alquímica ou a árvore Yggdrasil da mitologia nórdica. Ele simboliza a ligação entre o Céu e a Terra, entre o divino e o humano. Nós, enquanto microcosmo que espelha o macrocosmo, trazemos esse mastro sagrado simbolicamente em nossa própria coluna vertebral. É por meio dela que mantemos viva a conexão entre Terra e Céu, entre o mundo material e o espiritual, entre o denso e o sutil. Esse eixo interno é a via de ascensão da Kundalini, nossa Energia Sagrada, sem a qual não há vida verdadeira nem propósito de existência. As fitas coloridas amarradas no topo do mastro são como cordões umbilicais, pelos quais o ser humano está conectado ao universo. Conectado à fita, o participante representa suas forças interiores: pensamentos, emoções, instintos, desejos, memórias; aspectos que, quando vividos sem ordem, tornam-se caóticos. Mas, ao dançarmos em torno do mastro com presença (auto-recordação) e intenção, entrelaçamos essas forças em torno do eixo divino, harmonizando-as. Na medida em que os dançarinos giram em sentidos opostos, como o masculino e o feminino, o ativo e o receptivo, o yang e o yin, eles não apenas representam a dualidade da Criação, mas também se cruzam em padrões que tecem a teia da vida, a Roda de Samsara ou o caracol da existência da tradição nahuatl. “Samsara” é uma palavra em sânscrito que significa “fluir juntamente”, “perambular” ou “ciclo contínuo”. Refere-se ao movimento cíclico da existência, em que as almas encarnam repetidamente, movidas pelo karma (causa e efeito). Assim, na dança, cada cruzamento evoca os fios invisíveis que nos conectam ao passado, às experiências de outras vidas, às repetições cármicas e recorrências emocionais que precisam ser reconhecidas e transcendidas. Dançar assim é mover-se com consciência sobre o palco do destino, observando os ciclos que se repetem e escolhendo, em meio a eles, o caminho da libertação. Durante a celebração, é comum que o mastro seja ricamente ornamentado com flores, fitas e folhagens, símbolos vivos da fertilidade da Terra e da abundância que brota da união harmônica entre Céu e Natureza. As flores representam a manifestação visível da alma da planta, expressão do sagrado nos reinos elementais, e são, por isso, oferecidas como embelezamento e honra ao Eixo Divino da criação. Os dançarinos também se enfeitam com coroas ou guirlandas florais, carregando consigo o perfume da vida, a delicadeza da alma e a alegria do florescer interior. Mas, além de sua beleza, as flores evocam algo ainda mais profundo: são o símbolo das virtudes espirituais que o ser humano precisa reconquistar por meio do despertar da Consciência, do esforço e da depuração interior. Assim como os antigos nahuatls celebravam a guerra florida, luta sagrada em que o guerreiro enfrentava a si mesmo para fazer brotar as flores da alma, nesta dança, cada flor se torna sinal de uma qualidade resgatada: a pureza, a humildade, a coragem, o amor. Ao adornar o corpo com flores, o dançarino transforma-se em sua formação original, sua essência primitiva e pura, com os adornos da alma que vai reconquistando na jornada de retorno às origens divinas de seu ser. Essa prática ancestral é, portanto, um rito de integração. Cada passo consciente, cada gesto de entrelaçar e desenlaçar, torna-se um movimento de cura. É como se, ao dançarmos, invocássemos a Mãe Divina para nos ajudar a alinhar nossos mundos interiores. Como em tantas tradições espirituais, do giro dervixe ao caminhar meditativo zen, das danças circulares sagradas à psicologia gnóstica, o corpo em movimento torna-se oração. Portanto, quando essa dança é feita com devoção, ela se transforma num ato mágico: uma expressão viva do caminho espiritual, o retorno ao centro, à harmonia, ao Ser. Anualmente, em nossas comemorações de festa junina ou julina, a Associação Gnóstica de Brasília recebe seus alunos e a comunidade próxima, ocasião em que realizamos a Dança do Mastro, que é sempre muito alegre e festiva. Convidamos você a viver essa dança conosco: Não apenas com os pés, mas com a alma!!! Nosso verdadeiro chamado vai além do círculo festivo. A dança continua dentro de nós, todos os dias, nos ciclos da existência, nas escolhas, nos desafios, nas relações. Por isso, na Associação Gnóstica de Brasília, oferecemos o Curso de Gnose: uma jornada viva de autoconhecimento e transformação, com práticas e ensinamentos que nos ajudam a dançar a vida com Consciência, a harmonizar mente, emoção e ação em torno do nosso eixo interior, e a trilhar um caminho real de retorno ao Ser. Se essa dança ressoa em seu coração, venha conhecer nosso trabalho. Participe conosco e descubra, passo a passo, o sentido mais profundo de existir! (Alessandra Espineli Sant’Anna é instrutora gnóstica e facilitadora de vivências espirituais na Associação Gnóstica de Brasília, onde compartilha caminhos de autoconhecimento e reconexão com o Sagrado.)

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O Tesouro dos Tesouros

O Tesouro dos Tesouros Creio no sagrado do amor,Na força capaz de tudo e todos transformar. Amar exige coragemNum mundo que foge dos sentimentos,Que embaça os espelhos,Que sufoca a almaEm torno de carências,Vaidades e apegos…Torpes medosDo sentimento vividoEm segredo. O que é mais real acaba por se abafarPor ilusórias métricas,Ambições, aparências,Que silenciosamente esmagamO tesouro dos tesouros,A luz das luzes… Que nunca se apagam…Mas talvez,Também nunca renasçam. Pois como todo tesouro necessita ser preservado, polidoE na senda Servido. Alessandra Espineli (poetisa e instrutora gnostica)

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Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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