Guerra e Paz: Aspectos Ocultos da Gangorra Humana de Sofrimento

GUERRA E PAZ: ASPECTOS OCULTOS DA GANGORRA HUMANA DE SOFRIMENTO

Por que escrever sobre a guerra ?
Neste março de 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia nos traz de forma chocante o fantasma da guerra, nos cabe abordar o tema.
Aquelas pessoas mais próximas de sua natureza divina, as que já tomaram consciência que todo o planeta Terra é um só organismo, aquelas que sentem compaixão por qualquer ser que sofre, este tipo de indivíduo sente o coração apertare até doer quando tem notícias de guerras. Podemos até dizer, no sentido contrário, que ficar impassível e inerte diante de uma guerra denota embrutecimento e perda de valores humanos, indica degeneração da alma.
As guerras são o contrário de tudo que é bom, trazem violência, sofrimento, vítimas inocentes, soldados jovens compelidos inconscientemente a matar e morrer; guerras são trevas e dor, marcam as pessoas por muitas gerações e até, individualmente, cada um de nós por várias vidas posteriores. Mesmo que inconscientemente, todos nós temos traumas de guerra: matar, morrer, sofrer, fome, frio, doença, fugir, pavor, destruição…
Podemos trazer alguns números hediondos desse terror: invasões mongóis de Gengis Khan no século XII: 70 milhões de mortos; repressões chinesas a revoltas religiosas no século XIX: 100 milhões de vidas perdidas; 1ª guerra mundial: 20 milhões de perdas humanas; guerras civis russa e chinesa na primeira metade de século XX: 15 milhões de mortos; 2ª guerra mundial: 80 milhões de vítimas fatais; guerra fria EUA-URSS no pós guerra: 20 milhões de pessoas perdidas… E para cada morto há muitos parentes que sofrem, se traumatizam, ficam desassistidos, têm seus futuros frustrados: são mães, pais, avôs, esposas, filhos, irmãos, amigos, alunos, crianças, bebês… todos marcados pela brutalidade da guerra.
Por isso que Samael Aun Weor, sociólogo gnóstico e pacifista do século XX, na busca de evitar este flagelo e apontar uma solução, ensina que a guerra é devida à inconsciência das pessoas:

“ Os humanoides intelectuais equivocadamente chamados de homens
possuem na verdade somente uns 3% de Consciência; se tivessem pelo
menos 10% de Consciência, as guerras seriam impossíveis na face a Terra”.

Algumas consequências Ocultas da Guerra Além das já conhecidas perdas de vidas, sofrimento, enriquecimento de uns e miséria de outros, desenvolvimento tecnológico, redefinição de fronteiras, fortalecimento de ideologias e outros fatores, a guerra também traz consequências terríveis que se estendem por séculos, as quais nem sempre são abordadas por historiadores, sociólogos e até religiões. Eis algumas dessas consequências ocultas ou invisíveis: traumas nas almas dos mortos – e também nas de seus parentes – o que ecoa por várias vidas futuras de todos os envolvidos; quebras de populações inteiras, principalmente combatentes masculinos, chegando a distorções na formação de família e levando à poligamia oficial, por exemplo; sumiço de culturas e de valores
característicos de cada povo, os quais normalmente levaram dezenas de milhares de anos (ou até mais) para se formarem; agressão ao ambiente, com animais, plantas,
rios, lagos, atmosfera etc. sendo vítimas inocentes das armas de destruição; e, talvez a pior das consequências, a banalização da dor alheia, da opressão pelo mais forte, da
violência… ver as guerras como coisas naturais, justificáveis e até necessárias.
Novamente o filósofo Samael nos traz sabedoria sobre este ciclo vicioso:

“ Toda época de paz é sucedida por uma época de guerra e vice-versa.
Somos vítimas da Lei do Pêndulo e isso é doloroso. Se queremos ver os dois
aspectos da cada questão (guerra e paz), se faz necessário viver não
dentro da Lei do Pêndulo, mas sim dentro de um Círculo Mágico, fechado”,
referindo-se à fluência virtuosa de energias e riquezas de forma
harmoniosa, sem as polarizações instáveis das épocas de guerra e paz.

Motivações Geopolíticas e Econômicas da Guerra
Os estudiosos acadêmicos da guerra costumam indicar origens geopolíticas e/ou econômicas para os conflitos armados, como busca de territórios, imposição de ideologia (religião, estruturação social, modelo político etc.), disputas de mercados, garantias estratégicas de energia (petróleo, gás, urânio) e matérias primas e até, o que ainda não se fala muito mas será sem dúvida motivo futuro para guerras, riquezas naturais e da biodiversidade, como temos em nossa Amazônia que é planetária.
Relembrando Samael Aun Weor, mestre da gnose contemporânea:

“A ganância exorbitante, o conflito de mercados, a competição bárbara e
o ódio, levarão a humanidade à terceira guerra mundial ”.

Todas essas motivações são materiais e temporárias, circunstanciais, por dependerem da cultura, da época e da necessidade de cada povo.
Quem poderia pensar que já tivemos guerras por ópio, por peles de castor, por toras de pau-brasil, pelo direito de escravizar outras pessoas ? Ou ainda, que 3 religiões disputaram em inúmeras guerras – e continuam se estranhando, com ódio e sem perdão, pela cidade de Jerusalém, considerada sagrada para Judaísmo, Islamismo e Cristianismo. Como pode algo sagrado ensejar guerras ? Qual dos 3 Deuses, legisladores, profetas ou messias é o melhor ? Isso nada tem a haver com Deus. Isso é coisa de homens degenerados, afastados do espírito.
Para essas disputas inconscientes só há uma resposta, sintetizada por Samael:

“ Lançam-se à guerra, mas não querem a guerra, porém
sempre vão, ainda que não queiram… Por quê ? Porque estão
hipnotizados”.

Motivações Psicológicas e Individuais da Guerra
Aqui o “bicho começa a pegar para o nosso lado” como se diz no vulgo, pois nos acostumamos mais a criticar os outros, o vizinho, o presidente, o país amigo ou inimigo, do que a nós mesmos. Desde pequenos somos induzidos a explicar, justificar, olhar para fora, desviar-nos de nosso interior, encontrar a culpa no outro. Todos nos eduzem à ambição, ao sucesso, ao emprego, ao dinheiro, ao prestígio, à personalidade digital para termos milhares de seguidores na redes sociais. Pouco se ensina a olhar para si mesmo, compreender a si mesmo, criticar a si mesmo, se auto-aperfeiçoar. Conciliar ao invés de polarizar, apaziguar ao invés de conflitar, dialogar ao invés de discutir, enriquecer-se com a opinião do outro ao invés de tentar mudá-la para que seja igual à nossa. Virtudes como empatia, generosidade, respeito, compaixão, mansidão são pouco cultivadas em nossa sociedade. E assim sempre foi, desde os tempos em que a maior tecnologia disponível era saber fazer fogo. Houve raras culturas, em pequenos períodos de sua história, as chamadas Civilizações de Ouro, em que esses valores do espírito resplandeceram, como no Egito Antigo, na Suméria, na Grécia dos sábios, no México pré-colombiano…
Portanto, a motivação psicológica para a guerra está na própria beligerância que todos carregamos. Sabe aquela impaciência na fila do supermercado ? Aquela irritação com o outro motorista mais “barbeiro” no trânsito ? Aqueles segundos em que o ódio dentro de nós nos impele a agredir outra pessoa ? A sentenciá-la de burra, idiota, ignorante ? A xingá-la, a querer que ela suma e morra ?
Este é o motivo oculto das guerras, respeitável acompanhante dessas linhas. Este agente agressor está dentro de você, de mim, de todos nós.
Na soma desses inconscientes individuais violentos está o inconsciente coletivo beligerante que leva a humanidade às guerras periódicas, mecanicamente sujeitas à lei do pêndulo como vimos anteriormente.
Novamente trazemos as insubstituíveis palavras do mestre Samael:

“ A raiz da guerra se encontra no indivíduo. Enquanto o indivíduo continuar
com seu egoísmo, suas ambições, seu ódio, sua cobiça haverá povos assim
e eles criarão líderes, chefes poderosos que nos levarão como bois ao
matadouro, isso é tudo”.
“ Quando os valores grosseiros do mundo ocupam nossa mente, o
resultado é a fome, a miséria, a guerra, a ignorância, as doenças etc.”.

Mas qual é a saída então para as Motivações Individuais para a Guerra ?
A resposta está também no próprio indivíduo. A Psicologia Gnóstica nos ensina a estudar o ego, a compreender os defeitos psicológicos, a eliminar de nossa psique os elementos infra-humanos da ambição, do ódio, do orgulho, do medo, da violência, da crueldade. Ao mesmo tempo, na gnose primamos pelo desenvolver das virtudes, nutrir a humildade, a serenidade, a temperança, a compaixão etc.
As religiões fracassaram neste processo: só com repressão moral ou “medo de ir para inferno” as pessoas não mudam definitivamente, só ficam boazinhas um tempo para ganhar benesses de Deus ou para morrerem “perdoadas” e aguardarem a salvação, mas na verdade são, nas palavras de Jesus, “sepulcros caiados”, podridão psicológica travestida de bons cidadãos.
O ego, o mal individual, o impulso egoísta e agressor, continuará bem escondido na psique de todos, para se manifestar na primeira oportunidade. E ele nos leva à violência, à guerra.
Não é o diabo ou um ditador qualquer que provoca guerras… é o ego de todos, a soma do mal do mundo capilarizado no ego de cada um. Chocante não ?
Minha própria psique densa colabora para as guerras… Sou responsável… Coloco eu uma fagulhazinha neste incêndio de dor.
Mas se colaboro na causa, posso ser também a solução. Veja que límpida é a visão de Samael Aun Weor a respeito:

“ Devemos viver a doutrina da não violência. A-Himsa deve ser o
fundamento do viver diário no escritório, na fábrica, no campo, no lar, na
rua etc. “.

Motivações Ocultas ou Místicas da Guerra
O Gnosticismo, ao estudar e vivenciar de forma científica e filosófica a sabedoria milenar de vários povos e mestres, nos permite uma profunda visão das motivações ocultas ou místicas da guerra, mais além daquelas causas Geopolíticas, Econômicas e Psicológicas que abordamos anteriormente.
Portanto, com base nessas tradições, podemos afirmar que a existência das pessoas faz parte de um grande processo em que a Divindade nos permite escolher nossos pensamentos, emoções e ações, usando o livre arbítrio individual e a capacidade e amar para que nos aperfeiçoemos.
E isso não ocorre mecanicamente, automaticamente; é questão de Vontade, de auto-determinação, de ação deliberada, com esforço consciente.
E neste “grande laboratório do Logo Solar”, como diz Samael Aun Weor, há treinadores e jogadores de dois times. Os treinadores são os sábios e as divindades, os jogadores são os fazedores do bem e os opositores são os representantes do mal, das forças que se alimentam da dor e do sofrimento, da guerra e do caos, da opressão e do medo. Esses representantes do mal são chamados de muitas formas: o Diabo, o Mal do Mundo, a Loja Tenebrosa, Satã, o Anti-Cristo etc.
Nossa existência é um grande jogo de xadrez em que há pedras claras e escuras, sendo mexidas por tais agentes, sem que percebamos.
Cada vez que eclode uma guerra, há lances decisivos neste xadrez da Mágico-Política e da Psico-Política mundiais. Há seres superiores, Luminosos, querendo que a humanidade amadureça, evolua e não entre no sofrimento; assim como há seres inferiores, Tenebrosos, que apostam e se mobilizam pela dor, pelo caos e pela morte.
Sobre este aspecto, Samael Aun Weor nos conta do mestre alquimista Saint Germain, que “maneja a política mundial tão formidavelmente, alguém que conhece a Psico-Política e sabe de verdade manejá-la, adaptando-se às condições diplomáticas do mundo”. Num dos encontros entre estes dois mestres, disse Saint Germain a Samael, referindo-se às guerras e sintetizando a necessidade de trabalho psicológico individual profundo de cada um:

“ Hoje devemos trabalhar de baixo para cima; antes trabalhávamos de
cima para baixo “.

Também podemos citar, mesmo que brevemente, outros três fatores místicos ou ocultos para esses grandes conflitos sangrentos, todos embasados em tradições legítimas e divinas ao longo dos tempos. Nos tratados da Índia antiga, o Mahabharata por exemplo, muito se alude ao Karma dos Povos, deixando claro que algumas guerras têm forte componente cármico, ou de dívidas de determinado povo e grupo de almas perante a divindade e a harmonia universal. Já antiquíssimos tratados de Astrologia citam fenômenos como o Solionensius – um tipo de Influência do Cosmos, ou perturbação magnética-gravitacional gerada pela aproximação de gigantescos astros do nosso Sol, quando grandes convulsões sociais ou instintos bélicos são despertados nas pessoas. Os sábios orientais ainda citam o Askokin, uma energia especial que o planeta Terra precisa que os homens produzam, quando há trabalho e evolução espiritual verdadeira; quando o Askokin não é produzido voluntariamente, a carga psíquica planetária fica carregada e os homens vão ao embate violento uns contra os outros.

Há alguma guerra legítima e justificada ?
Sim, e ela é única: a Guerra contra si mesmo, aquela que nossa Essência ou Real Ser trava com nossa sombra, a maldade dentro de nós, o ego, nossos defeitos
psicológicos.
Esta guerra, se fosse travada e vencida por todos, eliminaria completamente a guerra externa de um humano contra o outro.
A esta guerra se submeteram Jesus nos 40 dias de tentação no deserto, Francisco de Assis em suas “febres e loucuras” prévias à sua santificação, Kwan-Yin quando renunciou ao Nirvana para cuidar da humanidade doente, o Buda Sakiamuni quando foi tentado por Mara sob a figueira.
E aqui não nos referimos a ler um livro sagrado e repeti-lo como um papagaio, ou a seguir uma religião, convertendo-se passivamente e enchendo-se de fervor e fé inconsciente.
Este tipo de guerra contra si mesmo só é travada pelos Guerreiros do Espírito, pelos Combatentes da Consciência, pelos Soldados do Cristo Íntimo, pelos Arjunas que ouvem o Krishna Interno, pelas Joanas D´Arc que comandam os exércitos de virtudes internas, pelos Cavaleiros-Águias da sagrada Anahuac do México antigo, em suas Guerras de Flores.
Só quem trabalha muito sobre si, psicológica e inteligentemente, pode vencer esta guerra contra si mesmo e receber as Flores do Espírito.
Até nos arriscamos a dizer que aquele que não tem capacidade de lutar contra si mesmo, aquele que não busca o bem dentro de si, extirpando as sombras do mal de sua psique, não consegue melhorar o mundo e, mais terrível, depois tenta destruí-lo por meio da violência e da opressão exteriores, atacando o irmão ao lado.
Diria um velho sábio Persa:

“Derrote teu inimigo interior e a Paz florescerá a todos os teus irmãos
exteriores”.

O Papel da Gnose diante das Guerras – o que podemos fazer
O objetivo da Gnose é engendrar dentro de cada pessoa a Paz Verdadeira, profunda e psicológica. E isso não é questão de pensamentos ou filosofias vãs, trata-se de uma ação deliberada, prática, consciente e constante. Só conquista a Paz quem elimina o ódio, a ambição, o apego, o orgulho e tantos outros inimigos dentro de si mesmo.
Novamente, evocamos a pena áurea de Samael Aun Weor para dar substância ao que é a Paz:

A Paz é o perfume delicioso do Coração Tranquilo.
A Paz não é coisa de projetos, política internacional, ONU, OEA, tratados
internacionais ou exércitos invasores que batalhem em nome da Paz.
A Paz não é questão de fantasias românticas ou questão de belos sonhos.
A Paz nasce em nós quando mudamos radicalmente e de forma íntima.

Portanto, a você que nos acompanhou nessas reflexões sobre a Guerra e a Paz, neste século XXI em que tantas guerras estão ocorrendo e muitas ainda virão, talvez até uma Deflagração Nuclear que elimine temporariamente a vida humana na Terra, faça sua parte: transforme a si mesmo, busque a Deus de dia e de noite, imite seus Filhos e Filhas Enviados, invista no bem e na generosidade, pratique o A-Himsa (não violência), tenha compaixão por todos os Seres, aja realmente com caridade e auxílio a teus irmãos, ore-reze-mantralize os sons sagrados para que todos recebam Luz e Consciência, oficie o Tonglen Tibetano – transforme a dor em alegria, o mal em bem.

Assim a Paz estará com todos nós, como perfume nos corações do mundo !

Sérgio Linke é engenheiro e instrutor de Gnose

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro A Dança do Mastro, presente nos antigos festivais celtas como Beltaine, representa muito mais do que uma simples celebração da primavera. Ela é uma chave arquetípica que expressa a união dos opostos, a circulação da energia vital e o reencontro com o eixo central do Ser. O maypole, termo inglês que designa esse mastro decorado com fitas coloridas e flores, ao redor do qual se dança na tradicional festa de maio em várias culturas europeias, é um símbolo vivo dessa conexão sagrada entre o céu e a terra. Sua dança entrelaçada remete ao movimento harmonioso das forças opostas que, em equilíbrio, sustentam a vida e o cosmos. O mastro central representa o axis mundi, o “eixo do mundo”, uma imagem simbólica comum a muitas tradições espirituais, como a Árvore da Vida, o Monte Meru (símbolo sagrado e cósmico presente em várias tradições espirituais do Oriente, especialmente no hinduísmo, budismo e jainismo), a coluna vertebral alquímica ou a árvore Yggdrasil da mitologia nórdica. Ele simboliza a ligação entre o Céu e a Terra, entre o divino e o humano. Nós, enquanto microcosmo que espelha o macrocosmo, trazemos esse mastro sagrado simbolicamente em nossa própria coluna vertebral. É por meio dela que mantemos viva a conexão entre Terra e Céu, entre o mundo material e o espiritual, entre o denso e o sutil. Esse eixo interno é a via de ascensão da Kundalini, nossa Energia Sagrada, sem a qual não há vida verdadeira nem propósito de existência. As fitas coloridas amarradas no topo do mastro são como cordões umbilicais, pelos quais o ser humano está conectado ao universo. Conectado à fita, o participante representa suas forças interiores: pensamentos, emoções, instintos, desejos, memórias; aspectos que, quando vividos sem ordem, tornam-se caóticos. Mas, ao dançarmos em torno do mastro com presença (auto-recordação) e intenção, entrelaçamos essas forças em torno do eixo divino, harmonizando-as. Na medida em que os dançarinos giram em sentidos opostos, como o masculino e o feminino, o ativo e o receptivo, o yang e o yin, eles não apenas representam a dualidade da Criação, mas também se cruzam em padrões que tecem a teia da vida, a Roda de Samsara ou o caracol da existência da tradição nahuatl. “Samsara” é uma palavra em sânscrito que significa “fluir juntamente”, “perambular” ou “ciclo contínuo”. Refere-se ao movimento cíclico da existência, em que as almas encarnam repetidamente, movidas pelo karma (causa e efeito). Assim, na dança, cada cruzamento evoca os fios invisíveis que nos conectam ao passado, às experiências de outras vidas, às repetições cármicas e recorrências emocionais que precisam ser reconhecidas e transcendidas. Dançar assim é mover-se com consciência sobre o palco do destino, observando os ciclos que se repetem e escolhendo, em meio a eles, o caminho da libertação. Durante a celebração, é comum que o mastro seja ricamente ornamentado com flores, fitas e folhagens, símbolos vivos da fertilidade da Terra e da abundância que brota da união harmônica entre Céu e Natureza. As flores representam a manifestação visível da alma da planta, expressão do sagrado nos reinos elementais, e são, por isso, oferecidas como embelezamento e honra ao Eixo Divino da criação. Os dançarinos também se enfeitam com coroas ou guirlandas florais, carregando consigo o perfume da vida, a delicadeza da alma e a alegria do florescer interior. Mas, além de sua beleza, as flores evocam algo ainda mais profundo: são o símbolo das virtudes espirituais que o ser humano precisa reconquistar por meio do despertar da Consciência, do esforço e da depuração interior. Assim como os antigos nahuatls celebravam a guerra florida, luta sagrada em que o guerreiro enfrentava a si mesmo para fazer brotar as flores da alma, nesta dança, cada flor se torna sinal de uma qualidade resgatada: a pureza, a humildade, a coragem, o amor. Ao adornar o corpo com flores, o dançarino transforma-se em sua formação original, sua essência primitiva e pura, com os adornos da alma que vai reconquistando na jornada de retorno às origens divinas de seu ser. Essa prática ancestral é, portanto, um rito de integração. Cada passo consciente, cada gesto de entrelaçar e desenlaçar, torna-se um movimento de cura. É como se, ao dançarmos, invocássemos a Mãe Divina para nos ajudar a alinhar nossos mundos interiores. Como em tantas tradições espirituais, do giro dervixe ao caminhar meditativo zen, das danças circulares sagradas à psicologia gnóstica, o corpo em movimento torna-se oração. Portanto, quando essa dança é feita com devoção, ela se transforma num ato mágico: uma expressão viva do caminho espiritual, o retorno ao centro, à harmonia, ao Ser. Anualmente, em nossas comemorações de festa junina ou julina, a Associação Gnóstica de Brasília recebe seus alunos e a comunidade próxima, ocasião em que realizamos a Dança do Mastro, que é sempre muito alegre e festiva. Convidamos você a viver essa dança conosco: Não apenas com os pés, mas com a alma!!! Nosso verdadeiro chamado vai além do círculo festivo. A dança continua dentro de nós, todos os dias, nos ciclos da existência, nas escolhas, nos desafios, nas relações. Por isso, na Associação Gnóstica de Brasília, oferecemos o Curso de Gnose: uma jornada viva de autoconhecimento e transformação, com práticas e ensinamentos que nos ajudam a dançar a vida com Consciência, a harmonizar mente, emoção e ação em torno do nosso eixo interior, e a trilhar um caminho real de retorno ao Ser. Se essa dança ressoa em seu coração, venha conhecer nosso trabalho. Participe conosco e descubra, passo a passo, o sentido mais profundo de existir! (Alessandra Espineli Sant’Anna é instrutora gnóstica e facilitadora de vivências espirituais na Associação Gnóstica de Brasília, onde compartilha caminhos de autoconhecimento e reconexão com o Sagrado.)

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O Tesouro dos Tesouros

O Tesouro dos Tesouros Creio no sagrado do amor,Na força capaz de tudo e todos transformar. Amar exige coragemNum mundo que foge dos sentimentos,Que embaça os espelhos,Que sufoca a almaEm torno de carências,Vaidades e apegos…Torpes medosDo sentimento vividoEm segredo. O que é mais real acaba por se abafarPor ilusórias métricas,Ambições, aparências,Que silenciosamente esmagamO tesouro dos tesouros,A luz das luzes… Que nunca se apagam…Mas talvez,Também nunca renasçam. Pois como todo tesouro necessita ser preservado, polidoE na senda Servido. Alessandra Espineli (poetisa e instrutora gnostica)

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Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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