Deus Pai, Deus Mãe: A Bela e Misteriosa Dança do Universo.

DEUS PAI, DEUSA MÃE: A BELA E MISTERIOSA DANÇA DO UNIVERSO

Muitos de nós em nossa formação religiosa, aprendemos que Deus é Pai, é masculino, e isso advém de séculos de uma postura equivocada, muito influenciada por uma era essencialmente patriarcal – a Era de Peixes, que findou em 1.962.
Surge então no século XX o advento da Era de Aquário, possibilitando a ação das forças de Urano, seu planeta regente, nos impulsionando na busca profunda do Universo. Então aprendemos que Deus também é Mãe e que podemos buscá-la dentro de nós mesmos.
Dedicamo-nos a encontrar esse aspecto sagrado em nossas profundezas, mas, por força de nossa mecanicidade psicológica, e influenciados pela lei do pêndulo, saímos de uma postura extrema à outra, passando a ver Deus como Mãe em sua essência, sem compreender que o Creador não se divide e sim se manifesta na mais pura harmonia: portanto onde está o Pai, lá também estará a Mãe – eis o mistério do Pai – Mãe.
O Eterno Masculino de Deus e o Eterno Feminino de Deus são aspectos do mesmo Deus Imanifestado e Manifestado; o Yin e o Yang que se complementam, trabalham e cantam a música sublime da criação.
Samael Aun Weor nos ensina que o Eterno Feminino de Deus se manifesta em 5 aspectos Divinos, e em cada um deles lá também está o Pai, em sua beleza e força, lado a lado com sua divina amada para que a Obra se realize.
Se por um lado temos a Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater do Universo, por outro temos o Pai Cósmico que representa toda a expansão, irradiação e a energia do universo.
Se temos a Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos também o Pai Divino do Céu, o Pai Sol, o Pai da Luz, o Pai Irradiador que tudo nutre, pois Ele é o fogo do céu, penetrante, quente, e a Mãe Divina toda a água do planeta, dúctil, receptiva, adaptativa.
Se temos a Mãe Divina Interna, que nos acompanhada de instante a instante, é nossa confidente e amiga, nossa Mãe Cósmica Particular, também todos temos nosso Pai Interno Particular, nosso Pai Cósmico Particular, aquele que nos inspira: nosso herói divino.
Se temos a Mãe Morte, a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós-morte e em nossa morte mística (de nossos defeitos psicológicos), temos também nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte, aquele que é nosso Kaom Interior, que representa a Lei dentro de nós, que coordena o trabalho dos Lipikas, registradores Celestes ou “Escrivães Internos” que anotam cada palavra e cada ação executada por nós. É nosso Pai quem nos julga internamente nos tribunais do karma, nos orientando nos processos de retorno, para ganharmos novo corpo físico. É Ele também quem nos dá o Donum Dei, a permissão divina para exercer o dom da alquimia, a permissão para construir os nossos corpos solares na magia do sexo amoroso e espiritual.
Se temos nossa Maga Elemental, a mãe que cuida de nossos processos energéticos internos, nossa bioquímica, nossa fisiologia, nossa libido, temos o nosso Pai Mago Elemental, sob a forma de nosso Intercessor Elemental, cuja função é permitir nosso contato mágico com a forças da Natureza Externa.  É o nosso Pai Elemental Intercessor quem possui o acesso direto com o hierarca de todas as estruturas elementais da natureza, o senhor Jeová. Ele é, portanto, sua representação dentro de nós. Ele, nosso Intercessor Elemental, também acessa todos os Devas ou chefes elementais da natureza.
Pai Interno e Mãe Interna, Pai Divino e Mãe divina, Eterno Masculino de Deus e Eterno Feminino de Deus, sempre agindo dentro de nós como um casal Divino, expressões que derivam de um só aspecto sagrado, uno, uni-total, e que para Crear se manifestam através de 2 polaridades:
Uma emissora, centrifuga, expansora – masculina
Outra receptora, centrípeta, interiorizante -feminina
Uma leva à matéria, à gravidade, atrai e une – feminina
Outra leva à energia, à expansão, irradia e dissemina – masculina
E todos esses aspectos, masculino e feminino, agem no mundo e em todos os cosmos através de suas 7 funções sagradas, em estrita obediência à Sagrada Lei do Heptaparaparshinock, a Lei Septenária que tudo organiza no cosmos.
Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, ligadas à irradiação ou às forças centrifugas, expansoras, emissoras do universo. Todas agindo e realizando o Eterno Movimento Cósmico – “O Santo OKIDANOCK”, a dança geratriz dos polos complementares tão bem expressada nos símbolos do Tao, da Cruz, da Estrela de Seis Pontas (dois triângulos entrecruzados), da runa Gibur nórdica etc.
O Eterno Feminino de Deus Gera, Gesta, Pare, Nutre, Educa, Mantém e Absorve, e
O Eterno Masculino de Deus Gera, Sustenta, Protege, Inspira, Treina, Ordena e Perdoa.

  • 1 – GERAR

 

Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.
O instante inicial onde nada existia, somente o Deus desconhecido, o  Agnostostheos,
aquele que encerra todo poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.
Surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear.
Nesse instante, esse creador se manifesta em Pai e Mãe.
A Mãe é a matéria primordial – o substrato, a Prákriti, já o Pai é a energia primordial, o Purusha,  todo movimento Cósmico.
E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico – o amor do filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une – Aquele que constroi.
E é na conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico que  o grande Pai exerce sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas, fazendo surgir a essência da lei do 3 , do Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor.
E por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o Eterno Feminino de Deus, a Mãe Terra, a Mãe Planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).
É lindo imaginar que no planeta Terra a função de GERAR do Eterno Masculino de Deus implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, este enorme globo azul de água, ar e minerais. Encontrar a Terra para o raio de Sol chegar e penetrá-la.
Permitir que o beijo de amor aconteça, como na fotossíntese nas plantas, quando a luz do Sol permite a produção de energia e oxigênio, fixando o carbono numa espetacular transmutação dos elementos. E sem este processo de luminosa fecundação da matéria úmida toda a cadeia de vida na Terra se extinguiria!
A geração no Eterno Masculino de Deus sempre está ligada à busca, comportamento que podemos constatar nos mitos, nas histórias através do arquétipo da caça, o arquétipo de sair de casa para buscar o alimento. Já à mulher, por sua função de nutriz, o arquétipo de aguardar o alimento trazido pelo macho, e assim exercer também sua função sagrada.

  • 2 – SUSTENTAR   

 

Assim como em sua segunda função a Mãe Divina Gesta, ou seja, prepara e faz crescer a cria em seu ventre, o Pai Divino tem como segunda função SUSTENTAR sua família, sua prole: trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a mãe precisa para gestar.
Ao gerar, todo pai sabe que cabe a Ele sustentar seu rebento, seu filho.
Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, o Pai, no seu sagrado ofício, trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual.
A luz do Sol busca a Terra, a penetra, e permite tanto o início da vida como o sustentar de toda existência. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, quando o Pai Sol, o Cristo impregna sua energia sagrada no trigo e na uva para sustentar-nos em nosso caminho espiritual. Este é o vinho-de-luz da alquimia da vida.
Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existiria, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser, e que vão ser processados pela Mãe na sua função de Gestar.
Da mesma forma é Ele que alimenta/sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno.
Pai e Mãe são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 no Todo – no Nada (duo in uno – uno em nihilo, ensina o antigo ritual gnóstico), pois um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição na dança da vida. Eis aí o Casal Divino!
O nosso alimento espiritual, que o Pai é responsável por trazer, está contido em nossos “gens” sagrados, em nossa Chispa Divina, onde vive a nossa tríade sagrada que nos aguarda e que nos chama.
É ela quem envia seu embaixador, a Budhata, a semente de alma, com o objetivo de nos lembrar a todo instante que somos reis e rainhas em potência, e que podemos retornar à casa de nosso Pai, bastando somente querer e nos revolucionar, como na parábola do filho pródigo.
Por isso é que o homem, o pai, deve sempre cuidar da mulher, a mãe, proporcionando alimento, proteção, e ajuda psicológica enquanto ela estiver gestando, para que nada falte para o equilíbrio de seu lar.

  • 3 – PROTEGER

 

Após Gestar, a Mãe Divina pare seus filhos, os traz à luz, os traz à existência. E, esse filho que veio à luz, precisa ser protegido.
É então ao Pai que cabe a responsabilidade de PROTEGER sua cria contra os perigos que o cercam.
Nosso Pai Divino, muitas vezes invocado através do Pai Nosso (“livrai-nos de todo mal”), nas Invocações de Salomão, nas Conjurações dos 7, realiza sua função sagrada, nos protegendo internamente.
O Pai Divino é Kether, é o Pai que está em tudo e que tudo vê.
Ele é nas palavras de Samael Aun Weor, “o oculto dos ocultos, a misericórdia das misericórdias, a bondade das bondades”.
Ele é o Ancião dos Dias, o primeiro sefirote da cabala de onde emanam todas as demais potências, e dessa forma exerce a proteção para todos os seus filhos, de toda criação, sendo Ele também o responsável por traçar seus caminhos e suas provas, que veremos na função de Treinar.

  • 4 – INSPIRAR VONTADE – VONTADE CONSCIENTE (THELEMA)

 

O Pai Divino também INSPIRA; é Ele que nos dá vontade consciente, Thelema.
Inspirar é respirar para dentro para buscar o impulso da vontade consciente.
É o Pai Inspirador que nos dá internamente a capacidade da ação, da vontade de ir para fora, para frente para cima. Mas sempre ancorados n’Ele.
Enquanto a Mãe Divina nos mantém na segurança do lar, na existência material, no equilíbrio da matéria, lutando para nos manter em seus processos, é o Pai Interno quem nos dá o impulso para buscar o novo, é Ele quem nos Inspira na vontade consciente – Thelema.
Nosso Pai nos inspira na vontade pelo trabalho divino, Ele é o impulso interno pela busca do divino, da felicidade.
Está escrito em Fogo e Luz nos Templos Internos: “amor é lei, porém amor consciente”.
Só quando levantarmos a 5ª serpente de fogo, do 5º corpo no plano causal (das causas naturais), é que adquiriremos a verdadeira vontade, a vontade consciente, que é uma dádiva de nosso Pai, e só assim poderemos realmente amar, vivenciar, experimentar o Cristo, o Senhor da Vontade e de todas as Causas.

  • 5 – TREINAR – INSPIRAR CORAGEM E FORÇA

 

Enquanto a Mãe Divina nos educa, nos orienta, o Pai Interno nos TREINA.
É dele o báculo de poder tão lindamente simbolizado no Arcano 9 do Livro de Thot, o Eremita em sua jornada iniciática no deserto da vida.
É o Pai Interno quem nos dá as provas, é Ele quem nos dá as circunstâncias para que possamos ser provados e possamos mudar de nível de Ser. E a Mãe nos ajuda nelas.
O Pai Divino é o nosso grande treinador, grande incentivador para que saiamos para o mundo, saiamos para a expansão, para as grandes descobertas.
E para isso necessitamos de coragem e força, que são frutos da fé consciente que só se adquire pelo trabalho consciente pela humanidade. Uma fé dinâmica, fruto do contato com as verdades internas.
Diz Uberto Rohden: “temos que nos divinizar para entrar no reino de deus”, ou seja, trabalhar sobre nós mesmos para acessar os mundos internos e poder ver a face de nosso Pai.
Nosso Pai traça o nosso caminho, mas é nossa Mãe quem tem a chave, o segredo desse labirinto. Nossa Mãe tem a função pedagógica de nos preparar para as provas que nosso Pai nos dará, sempre na medida certa…
Diz o livro de Thot em seu Arcano 7, a preparação para a luta interior iniciática: “Provas nos dá senhor, mas com elas, fortaleza”

  • 6 – DEFINIR O CAMINHO – ORDENAR (COLOCAR ORDEM PERFEITA)

 

A Mãe Divina mantém o lar, sustenta a natureza através da Sagrada Lei do Trogo-Auto-Ego-Crático-Cósmico Comum (alimentação recíproca dos mundos), mas é o Pai Interno quem coloca ordem em tudo, Ele é o responsável por ORDENAR essa natureza através da lei do 7, o Heptaparaparshinok, que significa “organização através do sete”.
Ele é o Grande Imperador Interior, o Grande Rei Interior, o Grande Ancião dos Dias, expresso no poder de nos ordenar, nos determinar as coisas, os caminhos e as ações que podemos e devemos seguir. Por isso devemos sempre obedecer ao que Ele determina, pois é Ele o grande Cosmo Organizador, quem coloca ordem em tudo no universo, e por ser perfeito, nos exige obediência e disciplina.
É o Pai quem traça, quem define nosso caminho interno, quem dispõe os instrumentos que devemos usar nessa trajetória pessoal e intransferível, como está simbolicamente exemplificado na lâmina 1 do livro de Thot – O Mago, o Sacerdote.
Devemos sempre fazer a vontade de nosso Pai, pois é Ele quem sabe qual o caminho a seguir e como é a melhor maneira de trilhá-lo. Ele conhece as potencialidades de seu filho e o momento certo de fazer o que deve ser feito, por isso ensinou Jesus “seja feita a Vossa Vontade, e não a minha”.

  • 7 – PERDOAR

 

A Mãe Divina tem a grande função de absorver ao final de todos os ciclos, de transformar a vida e nos acompanhar em nossos processos de crescimento e mudança.
E o Pai Interno, ao lado de sua amada eterna, tem o poder da doação, do PERDOAR, de anular as mágoas, de desfazer os vínculos cármicos, reflexo de seu aspecto de representante interno do Grande Tribunal de Osiris.
Per-doar significa doar por todos os lados, por todo o caminho, por todas as falhas, em todo o ciclo, como nas palavras “perímetro” e “percurso”. É amor e entrega uni totais, completos.
Só o Cristo e o Pai perdoam aqueles que fazem consciência de seus erros.
Perdoar significa ressurgir, renascer pela água e pelo fogo (Mãe e Pai).  Fazer ressurgir as virtudes do Ser através do perdão consciente, é função do Eterno Masculino de Deus.Nos ensina Samael Aun Weor que “ninguém chega ao Pai, senão pela Mãe”, pois somente juntos, Pai e Mãe, Eterno Feminino de Deus e Eterno Masculino de Deus transformam para crescer, mudar, evoluir, revolucionar.
Eles são o TAO, o Yin e o Yang que cantam e dançam a música perfeita da Criação.
Então, querido leitor e estimada leitora, vocês que têm o Pai-Mãe oficiando o ritual da vida em seu coração, que tal incorporarem em sua vida diária esses princípios universais do Eterno Masculino-Feminino de Deus?
Assim é possível vivermos com mais consciência, tolerância e amor por nossos pais e mães físicos, nossos irmãos e irmãs, nossos cônjuges (e ex também…), nossos filhos e filhas, amigos e amigas, colegas e companheiros de existência…
Afinal, todos estamos juntos nesta maravilhosa dança sagrada de nosso Pai-Mãe que chamamos de vida.

Heloisa Pereira Menezes é mãe, instrutora gnóstica, nutricionista e profissional de tecnologia logística

 

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro A Dança do Mastro, presente nos antigos festivais celtas como Beltaine, representa muito mais do que uma simples celebração da primavera. Ela é uma chave arquetípica que expressa a união dos opostos, a circulação da energia vital e o reencontro com o eixo central do Ser. O maypole, termo inglês que designa esse mastro decorado com fitas coloridas e flores, ao redor do qual se dança na tradicional festa de maio em várias culturas europeias, é um símbolo vivo dessa conexão sagrada entre o céu e a terra. Sua dança entrelaçada remete ao movimento harmonioso das forças opostas que, em equilíbrio, sustentam a vida e o cosmos. O mastro central representa o axis mundi, o “eixo do mundo”, uma imagem simbólica comum a muitas tradições espirituais, como a Árvore da Vida, o Monte Meru (símbolo sagrado e cósmico presente em várias tradições espirituais do Oriente, especialmente no hinduísmo, budismo e jainismo), a coluna vertebral alquímica ou a árvore Yggdrasil da mitologia nórdica. Ele simboliza a ligação entre o Céu e a Terra, entre o divino e o humano. Nós, enquanto microcosmo que espelha o macrocosmo, trazemos esse mastro sagrado simbolicamente em nossa própria coluna vertebral. É por meio dela que mantemos viva a conexão entre Terra e Céu, entre o mundo material e o espiritual, entre o denso e o sutil. Esse eixo interno é a via de ascensão da Kundalini, nossa Energia Sagrada, sem a qual não há vida verdadeira nem propósito de existência. As fitas coloridas amarradas no topo do mastro são como cordões umbilicais, pelos quais o ser humano está conectado ao universo. Conectado à fita, o participante representa suas forças interiores: pensamentos, emoções, instintos, desejos, memórias; aspectos que, quando vividos sem ordem, tornam-se caóticos. Mas, ao dançarmos em torno do mastro com presença (auto-recordação) e intenção, entrelaçamos essas forças em torno do eixo divino, harmonizando-as. Na medida em que os dançarinos giram em sentidos opostos, como o masculino e o feminino, o ativo e o receptivo, o yang e o yin, eles não apenas representam a dualidade da Criação, mas também se cruzam em padrões que tecem a teia da vida, a Roda de Samsara ou o caracol da existência da tradição nahuatl. “Samsara” é uma palavra em sânscrito que significa “fluir juntamente”, “perambular” ou “ciclo contínuo”. Refere-se ao movimento cíclico da existência, em que as almas encarnam repetidamente, movidas pelo karma (causa e efeito). Assim, na dança, cada cruzamento evoca os fios invisíveis que nos conectam ao passado, às experiências de outras vidas, às repetições cármicas e recorrências emocionais que precisam ser reconhecidas e transcendidas. Dançar assim é mover-se com consciência sobre o palco do destino, observando os ciclos que se repetem e escolhendo, em meio a eles, o caminho da libertação. Durante a celebração, é comum que o mastro seja ricamente ornamentado com flores, fitas e folhagens, símbolos vivos da fertilidade da Terra e da abundância que brota da união harmônica entre Céu e Natureza. As flores representam a manifestação visível da alma da planta, expressão do sagrado nos reinos elementais, e são, por isso, oferecidas como embelezamento e honra ao Eixo Divino da criação. Os dançarinos também se enfeitam com coroas ou guirlandas florais, carregando consigo o perfume da vida, a delicadeza da alma e a alegria do florescer interior. Mas, além de sua beleza, as flores evocam algo ainda mais profundo: são o símbolo das virtudes espirituais que o ser humano precisa reconquistar por meio do despertar da Consciência, do esforço e da depuração interior. Assim como os antigos nahuatls celebravam a guerra florida, luta sagrada em que o guerreiro enfrentava a si mesmo para fazer brotar as flores da alma, nesta dança, cada flor se torna sinal de uma qualidade resgatada: a pureza, a humildade, a coragem, o amor. Ao adornar o corpo com flores, o dançarino transforma-se em sua formação original, sua essência primitiva e pura, com os adornos da alma que vai reconquistando na jornada de retorno às origens divinas de seu ser. Essa prática ancestral é, portanto, um rito de integração. Cada passo consciente, cada gesto de entrelaçar e desenlaçar, torna-se um movimento de cura. É como se, ao dançarmos, invocássemos a Mãe Divina para nos ajudar a alinhar nossos mundos interiores. Como em tantas tradições espirituais, do giro dervixe ao caminhar meditativo zen, das danças circulares sagradas à psicologia gnóstica, o corpo em movimento torna-se oração. Portanto, quando essa dança é feita com devoção, ela se transforma num ato mágico: uma expressão viva do caminho espiritual, o retorno ao centro, à harmonia, ao Ser. Anualmente, em nossas comemorações de festa junina ou julina, a Associação Gnóstica de Brasília recebe seus alunos e a comunidade próxima, ocasião em que realizamos a Dança do Mastro, que é sempre muito alegre e festiva. Convidamos você a viver essa dança conosco: Não apenas com os pés, mas com a alma!!! Nosso verdadeiro chamado vai além do círculo festivo. A dança continua dentro de nós, todos os dias, nos ciclos da existência, nas escolhas, nos desafios, nas relações. Por isso, na Associação Gnóstica de Brasília, oferecemos o Curso de Gnose: uma jornada viva de autoconhecimento e transformação, com práticas e ensinamentos que nos ajudam a dançar a vida com Consciência, a harmonizar mente, emoção e ação em torno do nosso eixo interior, e a trilhar um caminho real de retorno ao Ser. Se essa dança ressoa em seu coração, venha conhecer nosso trabalho. Participe conosco e descubra, passo a passo, o sentido mais profundo de existir! (Alessandra Espineli Sant’Anna é instrutora gnóstica e facilitadora de vivências espirituais na Associação Gnóstica de Brasília, onde compartilha caminhos de autoconhecimento e reconexão com o Sagrado.)

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O Tesouro dos Tesouros

O Tesouro dos Tesouros Creio no sagrado do amor,Na força capaz de tudo e todos transformar. Amar exige coragemNum mundo que foge dos sentimentos,Que embaça os espelhos,Que sufoca a almaEm torno de carências,Vaidades e apegos…Torpes medosDo sentimento vividoEm segredo. O que é mais real acaba por se abafarPor ilusórias métricas,Ambições, aparências,Que silenciosamente esmagamO tesouro dos tesouros,A luz das luzes… Que nunca se apagam…Mas talvez,Também nunca renasçam. Pois como todo tesouro necessita ser preservado, polidoE na senda Servido. Alessandra Espineli (poetisa e instrutora gnostica)

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Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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