AROMATERAPIA GNÓSTICA: AS 3 DIMENSÕES DE UM ÓLEO ESSENCIAL E COMO USÁ-LAS (PARTE II) Na 1ª parte deste artigo vimos a importância dos aromas para os seres, a história da aromatologia e descrevemos o que é um óleo essencial. Agora abordaremos uma parte mais prática e aplicada das essências quintessenciais aromáticas. As três dimensões da Aromatologia Gnóstica Na sabedoria gnóstica aprendemos a chamada Lei do Três, Triamazikamno em língua sagrada, que ordena as formas primordiais para criar tudo o que existe, por isso temos as trindades em todas as religiões (Pai-Filho-Espírito Santo, Brahma-Vishnu-Shiva, Yin-Yang-Tao etc) e até na física e na química, com suas forças de atração-repulsão-equilíbrio ou seus PHs ácido-básico-neutro. Pois bem, a Aromatologia Gnóstica também pode ser vista como a manifestação odorífica completa dessa Lei Sagrada, constituindo assim as Três Dimensões Aromatológicas. A primeira dessas dimensões é a (I) Bioquímica, ou seja, os efeitos que as substâncias químicas contidas no cheiro provocam em nosso sistema nervoso, em nosso cérebro. Um aroma provoca reações cerebrais no hipotálamo e no sistema límbico, levando à liberação de vários hormônios e neurotransmissores, os quais vão comandar nossas reações biológicas e psicológicas. Ou seja, os aromas são verdadeiros gatilhos químicos cerebrais e de comportamento. E o mais incrível: a maioria dessas reações é inconsciente, instintiva, não racional. Veja só, querido leitor, o poder dos aromas. Esta primeira dimensão é a mais usada na cosmética e na perfumaria atual, algumas vezes de forma antiética e até utilizando feromônios sintéticos para despertar reações subliminares. A segunda dimensão aromatológica gnóstica é a (II) Memorial, Atávica, Arquetipal, aquela ligada às memórias, às inúmeras representações psíquicas contidas nos aromas, seu código ou simbologia cultural. O cheiro de bebê, do assado da vovó, do café passado pela manhã, do pão assando, da fruta pega no pé, do suor testemunha do dia de trabalho, do odor natural do ser amado, a flor ganha em carinho…só para citar alguns exemplos positivos. Ou cheiro do incêndio, do sangue do animal abatido, da carne podre, das pessoas que marcamos como ruins, para também fazer referência a exemplos olfativos que despertam memórias desagradáveis. Esta dimensão está ligada às profundas memórias de nossa psique, sejam elas conscientes ou não, por isso têm tanto poder arquetípico de influenciar diretamente nosso comportamento e saúde. Este segundo vetor da Aromatologia Metafísica já é muito menos utilizado, sendo a ele dada a atenção principalmente terapeutas que conhecem o poder dos aromas para harmonizar estados físicos e psíquicos. Agora vamos ao terceiro fator ou dimensão da Aromatologia Mágica Gnóstica, aquele pouquíssimo conhecido e raramente utilizado. É um verdadeiro Segredo Alquímico. Ele engloba o acima citado poder da “alma” da planta, seu (III) Elemental ou energia inteligente, que algumas culturas chamam de anjo ou deva da planta. Esta energia inteligente só é colocada à nossa disposição mediante fórmulas muito específicas e exatas, que são estudadas, por exemplo, em excelentes livros de Magia Elemental, como as três monumentais obras “Plantas Mágicas”, de Paracelso, ou “Rosa Ígnea” e “Medicina Oculta”, de Samael Aun Weor. Para usufruirmos de uma força da natureza, como o fogo ou a eletricidade, precisamos conhecer a tecnologia para utilizá-la. O mesmo ocorre com a magia dos elementais vegetais da natureza. Poucos conhecem, pouquíssimos sabem despertar e raríssimos operam adequadamente a Magia Elemental dentro das Leis Divinas. Nossa experiência de 40 anos estudando e utilizando óleos essenciais nos permite afirmar que do poder de um aroma natural, cerca de 25% estão na Bioquímica, 25% na Memória Psicoativa e 50% na Força Elemental do vegetal. Por isso este artigo faz referência à Metafísica, à Alquimia e à Magia, justamente para englobar esta poderosa, desconhecida e tão subutilizada parcela da força dos óleos essenciais. Neste ponto reverencio minha amada e inesquecível avó Adelaide, quando me ensinava na fria Curitiba da década de 1970: “antes de pegar o romã na árvore, lembre-se da beleza e bondade dele e reze a Deus para que permita colhê-lo… ”. Sabedoria de avó que sempre apliquei ! Como usar os óleos essenciais Fisicamente os óleos essenciais aromáticos vegetais podem agir por impressão odorífica (aroma), em contato com a pele (aplicação tópica, massagens, banhos) e por ingestão, sendo esta última recomendada somente em casos excepcionais e com muita orientação, pois há óleos tóxicos se ingeridos. Metafisicamente a ação das quintessências vegetais ocorre nos planos sutis, etéreos, por emanações energéticas invisíveis, eletromagnéticas e quânticas, no mundo dos campos e das subpartículas atômicas. Hoje usamos esses termos físicos, mas essas forças invisíveis sempre foram referenciadas nas tradições como energias espirituais, força elemental ou dévica. Essas forças interagem, por ressonância harmonizante, justamente nas partes sutis de nosso corpo físico, nas contrapartes energéticas e metafísicas de nossa densidade corpórea. Ao promoverem a impregnação da atmosfera com substâncias químicas e energias invisíveis que provocam tão boas reações, os óleos essenciais agem tanto nas pessoas individualmente quanto no ambiente como um todo, purificando e protegendo, energizando e harmonizando. Dessa forma as quintessências aromáticas entregam na proporção exata a substância e a energia que a pessoa/ambiente necessita. Os extratos aromáticos essenciais podem ser utilizados em evaporadores elétricos ou a vela, em sprays, em incensos de vareta (impregnados na pasta inflamável), em varetas secas umedecidas num frasco, em sachês aromáticos, em travesseiros, aplicados na pele como perfume ou simplesmente a frasco-aberto, sendo seus efeitos rapidamente sentidos. O grande segredo está em saber o que é necessário (o diagnóstico do ambiente/pessoa) e qual o extrato vegetal aplicável para harmonizar cada situação específica. Por isso a aromaterapia não é apenas ciência ou meramente arte, é necessário muito estudo, vivência, intuição e excelência na sua aplicação. Cabe o alerta: não basta ler um artigo de internet ou um livro superficial e ir aplicando. Aliás, fórmulas genéricas e fáceis podem, ao invés de ajudar, até desequilibrar ainda mais o ambiente ou a pessoa. Numa etapa mais avançada, pode-se testar os Combinados ou Sinergias Aromáticas, misturando 2 ou mais óleos essenciais, inclusive com diferentes “pesos” ou proporções nas fórmulas. Esta é uma arte de balanço e equilíbrio entre as energias …
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Aromaterapia Gnóstica: A Metafísica Alquímica dos Óleos Essenciais (Parte I)
AROMATERAPIA GNÓSTICA: A METAFÍSICA ALQUÍMICA DOS ÓLEOS ESSENCIAIS (PARTE I) A importância dos Aromas Se pararmos para pensar na evolução do ser humano e das civilizações, encontraremos o olfato como um dos sentidos mais importantes para a sobrevivência (busca e seleção de alimento), para a sociabilidade (afinidade entre indivíduos) e, claro, até para a reprodução de nossa espécie. Sem olfato provavelmente já teríamos morrido intoxicados, ou queimados sem percepção prévia de um incêndio, ou frequentando locais insalubres e cheios de doenças e, ainda, não teríamos as ternas lembranças dos aromas da infância, da comida da mãe, da avó, além das primeiras investidas de amor da puberdade, sempre impregnadas de aromas juvenis. Mesmo com a moderna sociedade digital, nossa sensação aos cheiros continua essencial à nossa humanidade e à integração com a natureza e com outros seres. Imprescindível à nossa sobrevivência e reprodução, o uso dos aromas evoluiu para reverenciar as forças da natureza e as divindades (a utilização de incensos, por exemplo, é tradicional em todas as religiões), para deixar agradáveis os ambientes (todas as casas e palácios sempre foram limpos e perfumados constantemente) e, muito importante e foco desse nosso artigo, para colaborar no tratamento de inúmeros distúrbios de saúde, tanto físicos quanto psicológicos e espirituais. Portanto, como vivemos todos no meio aéreo da atmosfera que nos rodeia, compartilhando micropartículas portadoras de substâncias químicas que chamamos de cheiros, os aromas são um importante vetor de relacionamento entre todos os seres. E o ser humano, com sua inteligência e capacidade de bem utilizar as forças e energias da natureza, pode valer-se com sabedoria e eficiência dessas dádivas olorosas brindadas por madeiras, cascas, resinas, folhas, sementes, flores, especiarias, frutos e tantas outras. Um pouco de História da Aromatologia É intuitivo para qualquer povo colocar madeiras e folhas aromáticas no fogo para obter odores agradáveis ou para afastar insetos, levando-nos à conclusão que as primeiras utilizações dos aromas vêm desde os primeiros seres humanos que habitaram o planeta. Entretanto, os registros escritos do uso de aromas, normalmente para fins cerimoniais, cosméticos e terapêuticos, encontram-se em várias civilizações, como a egípcia, a chinesa, a indiana, a mesopotâmica, a grega e a maia. No Antigo Egito, por exemplo, há fórmulas aromaterápicas em muitos papiros e hieróglifos de templos, sendo ampla a utilização de flores, frutos e madeiras no Vale do Nilo para várias finalidades. O Kiphy, perfume dos deuses, continha 22 essências sagradas, muitas delas secretas até hoje. Na tumba do Rei Tutancâmon, descoberta intacta por arqueólogos em 1.922, foram encontrados frascos de perfumes mágicos onde ainda remanescia, depois de 3.300 anos, as fragrâncias utilizadas pela família real dos faraós. Contam as tradições que este mesmo perfume misterioso foi usado por Cleópatra, tanto para se proteger quanto para seduzir vários homens de sua vida, inclusive imperadores romanos. Na Antiga China, também há quase 4 milênios, óleos essenciais eram extraídos de plantas por maceração, para serem utilizados em massagens terapêuticas. Na Grécia de Hipócrates, o Pai da Medicina, quatro séculos antes de Cristo já se usavam plantas e óleos essenciais, tendo o mestre grego descrito a terapia com mais de 300 plantas e essências vegetais. Dentre os povos mesopotâmicos (atual região do Irã e Iraque) como Sumérios, Caldeus e Babilônicos, os aromas eram usados em todas as cerimônias civis públicas e rituais aos deuses, sendo crime, por exemplo, adulterar a pureza das essências aromáticas. Provinda dessas tradições mesopotâmicas (o patriarca judaico-cristão-islâmico Abraão era de Ur, cidade Suméria próxima à confluência dos rios Tigre e Eufrates), o uso dos aromas está amplamente registrado na Bíblia, por exemplo, onde os antigos reis hebreus contavam em suas riquezas com inúmeros perfumes raros e caros. No Velho Testamento há outra referência à importância divina que davam os povos aos eflúvios aromáticos: em Êxodo 30:23 existe a descrição completa de uma fórmula de incenso. E esta importância se repete no Novo Testamento, como na narrativa em que Jesus tem seus pés ungidos por Maria Magdalena com óleo de Nardo (caríssimo na época e até hoje muito raro e procurado), numa espécie de preparação purificatória para os dias da Páscoa. Avicena, sábio persa do ano 1.000 d.C. e grande alquimista islâmico, utilizou intensamente a fitoterapia e a aromaterapia em suas práticas, tendo influenciado várias universidades europeias até hoje. Ibn Sina, como era chamado em persa, listou centenas de fármacos e as suas virtudes terapêuticas, ordenando-os alfabeticamente em seu Al Qanun, o Cânone da Medicina. Por acreditarmos que já são suficientes os exemplos da importância dos aromas nas tradições de todos os povos, vamos somente citar mais o caso do famoso incenso maia-asteca chamado de Copal, a resina de uma árvore aromática que era usada para intermediar o contato com os deuses. Imagine, caro leitor, cidades antiquíssimas com monumentais pirâmides em pedra, onde a população inteira realizava festivais e ritos para os deuses, com uma atmosfera aromática e sublime catalisada com eflúvios do copal… Nesta breve viagem histórica não podemos deixar de citar um dos mais importantes contribuidores na idade moderna, René Gatefossé, químico francês que introduziu o termo Aromaterapia em 1.937, publicando seu monumental e histórico “Aromathérapie – Les Uiles Essentialles – Hormones Végétales”. O que é um Óleo Essencial Apesar de praticamente tudo na natureza ter seu cheiro, mesmo que nós humanos não os percebamos, para essas aplicações descritas anteriormente houve a necessidade de se preservar e concentrar as substâncias aromáticas. Surgiram então os óleos essenciais, que são líquidos potentes obtidos (por prensagem, extração “enfleurage” ou destilação) de flores, folhas, madeiras, frutas, raízes e resinas. Uma planta é um maravilhoso laboratório alquímico, que se nutre basicamente de luz e calor (fogo), água, sais minerais (terra) e oxigênio (ar), formando seu corpo vegetal de onde podem ser extraídos os chamados óleos essenciais. Utilizando uma linguagem alquímica, podemos dizer que o óleo aromático é a Quintessência (quinta essência ou extrato), provinda das 4 anteriores ou primordiais – terra, fogo, água e ar), o elixir supremo de uma planta. Por isso os alquimistas persas diziam que no óleo essencial encontra-se a Alma, …
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