Os Chacras e nossa Saúde Física, Psicológica e Social

Os Chacras e nossa Saúde Física, Psicológica e Social

Os chacras ou centros de energia do ser humano são famosos entre os místicos, espiritualistas e terapeutas, pois esses vórtices correspondem a verdadeiras interfaces com o meio ambiente, recebendo, transformando e emitindo energias.
Por terem seu assento em importantes funcionalismos fisiológicos (órgãos e glândulas), os chacras também fazem parte de nosso sistema de absorção, digestão e excreção de energias físicas e sutis.
Existem muitos livros sobre os chacras, a maioria deles originados na sabedoria Védica-Yogue-Hindu, na Escola Teosófica e no Gnosticismo de Samael Aun Weor.
Apesar de muitas obras citarem os chacras por sua simbologia mística, suas capacidades metafísicas ou seu aspecto (cor, tamanho, sentido de giro), poucos autores expõem os chacras como meios de diagnóstico e de tratamento de distúrbios físicos, psicológicos e sociais.
O objetivo desse artigo é abordar de modo focado essa lacuna na literatura.
Por saúde entendemos um estado de bem-estar e disposição ativa em relação a si mesmo e ao meio ambiente, aí incluídos todos os seres à nossa volta. Este estado de bem-estar advém de um equilíbrio dinâmico entre nutrir-se, digerir, produzir energias (atividades) e excretar (eliminar o que não é necessário), além, claro, de se relacionar com o meio ambiente em que vivemos.
Em 2019 a Organização Mundial de Saúde relacionou as doenças que mais causam mortes no mundo e, pasme querido leitor, elas estão diretamente ligadas a distúrbios nos chacras. Veja a relação em ordem crescente de número de mortes: Cardiopatia Isquêmica (chacra cardíaco), Acidente Vascular Cerebral (chacras frontal e occipital), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (chacras pulmonares), Infecção das vias respiratórias inferiores (chacras laríngeo e cardíaco), Alzheimer e outras demências (chacras da cabeça), Diabetes Melitus (chacra umbilical). E esta lista poderia se estender bastante.
Dentre os Distúrbios Mentais, as doenças com maior incidência são a Depressão e a Ansiedade, que correspondem a mais de 55% do total. Essas duas anomalias psíquicas são diretamente influenciadas por desarmonias nos chacras coronário, frontal e cardíaco.
Na Gnose moderna consideramos a saúde em 4 grandes vetores: físico, psicológico, social (ambiental) e espiritual.
Assim, ao discorrermos a seguir sobre cada um dos 7 principais chacras, o faremos sob essas 4 visões, pois uma pessoa pode ser saudável fisicamente (ter um corpo bonito, produtivo e equilibrado), mas ser doente em termos sociais (se isolar do mundo, por exemplo).
Neste artigo não abordaremos as terapias relacionadas aos chacras, mas nosso leitor poderá pesquisar como é possível reequilibrá-los com o uso de Cromoterapia (aplicação de luzes), Gemoterapia (aplicação de cristais), Aromaterapia (uso de óleos essenciais), Mantraterapia (sons sagrados para os chacras), Musicoterapia (músicas especiais para os chacras) e outros métodos, muitos deles ensinados nas escolas gnósticas como as Associações Gnósticas de Fortaleza e de Brasília. Nossos sites possuem artigos específicos sobre essas formas de harmonização dos chacras. Com poucos cliques você terá acesso a vários materiais sobre essas formas de restabelecimento da saúde dos chacras.
Existe ainda um trabalho mais profundo com os Chacras, mediante a Iniciação Gnóstica, o Despertar e Desenvolver de Kundalini e o Tantrismo Luminoso Gnóstico (Magia Sexual), que também são abordados em nossos artigos e cursos.
Veja como o mestre gnóstico contemporâneo Samael Aun Weor ilumina este assunto em seu livro O Matrimônio Perfeito, de forma maravilhosa e sintética:

“As sete glândulas mais importantes do organismo humano constituem os sete laboratórios controlados pela lei do triângulo. Cada uma das glândulas tem seu expoente em um chakra do organismo. (…)
As sete Igrejas entram em intensa atividade com a subida de Kundalini ao longo do canal medular. (…)
Kundalini mora nos elétrons; os sábios meditam Nela, os devotos A adoram e, nos lares onde reina o Matrimônio Perfeito, trabalha-se com Ela de forma prática. (…)
Todo aquele que pratica Magia Sexual abre as Sete Igrejas (chacras).”

Os chacras são, portanto, um importante elemento para o reequilíbrio físico, psicológico e social nas pessoas com distúrbios nessas áreas. A saúde dos chacras atua em conjunto com outras técnicas médicas oficiais ou complementares. Esquecer dos chacras é deixar de usar um importante elemento na saúde integral do ser humano.
E aqui vale o lembrete: uma doença pode ser originada no plano físico e ecoar (se estender) para os planos psicológico, social e espiritual; e vice-versa: um distúrbio social (rejeição, por exemplo) pode somatizar um problema físico no sistema orgânico relacionado ao chacra.

1. CHACRA COCCÍGEO OU BÁSICO – MULADHARA: VENÇA O MEDO

Este chacra está radicado na região do períneo (entre o ânus e os órgãos genitais), relacionando-se ao elemento TERRA. Ele emite um vórtice sutil de cor rubi.
Em termos físicos, o chacra coccígeo é essencial nos processos de excreção (suor, urina, fezes) e para os minerais do corpo, principalmente nos sistemas ósseo e sanguíneo. Disfunções intestinais, incontinência urinária, osteopatias (coluna vertebral principalmente) têm relação direta com desequilíbrios de Muladhara.
Nos aspectos psicológicos, desarmonias em Muladhara provocam preguiça, impaciência, inconstância e improdutividade. Pessoas que não digerem bem as mágoas também costumam ter desequilíbrios no chacra da base da coluna. O medo é um comportamento ligado ao chacra coccígeo desarmonizado.
Socialmente, o chacra Muladhara reverbera nossas relações mais antigas, ligadas à família e à ancestralidade. Também se relaciona ao patrimônio material, como imóveis e outros bens. Problemas de herança, usufruto de patrimônio, divisão de rendas patrimoniais têm relação direta com doenças sociais ligadas a Muladhara. O chacra básico se relaciona também com o trabalho, com as atividades para sobrevivência, com o prazer e constância ao ganhar o pão de cada dia. Pessoas frustradas profissionalmente fazem desequilibrar seu chacra coccígeo.
Quanto ao Caminho Iniciático Gnóstico ou de Desenvolvimento Espiritual Voluntário e Ativo, o chacra básico é guardado pela divindade hindu Shakti Dakini, a deusa representada pela Bailarina Celeste da fluência harmônica da energia, não somente sexual (Kundalini), mas de todo impulso à iluminação e ao despertar da consciência. Muladhara portanto está relacionado ao aprisionamento (se há repressão) ou à liberdade responsável de nossa energia criadora, aquela que purifica e dá consciência divina a seus cultivadores.
Pessoas céticas, dogmáticas e sem espiritualidade consciente normalmente têm Muladhara atrofiado. O mesmo vale para pessoas mal resolvidas sexualmente (reprimidas ou libertárias).
Harmonize, desenvolva e nutra seu Muladhara e tenha digestão excelente, ossos fortes e flexíveis, vontade focada, determinação corajosa, trabalho realizador e vida material resolvida.

2. CHACRA PÉLVICO OU SEXUAL – SWADHISTANA: LIVRE-SE DA CULPA

O centro energético sexual se irradia na cor laranja a partir de nosso ventre, logo acima dos órgãos sexuais externos, tendo relação com o elemento ÁGUA, as águas da vida.
Fisicamente, este centro energético está ligado às gônadas (ovários e testículos) e aos órgãos do sistema reprodutivo, como próstata, útero, vesículas seminais, vagina, vulva, clitóris e pênis. Sua relação com as funções reprodutiva, de prazer sexual e de uso espiritual do sexo (alquimia sexual) é direta, atuando também de forma intensa no equilíbrio hormonal do homem e da mulher (testosterona, estrogênio, progesterona), os quais influem de forma direta na vitalidade e no controle metabólico do organismo.
Desequilíbrios em Swadhistana provocam doenças genitais, irritações nos órgãos geradores, apatia sexual (falta de interesse), distúrbios urinários e reprodutivos, além de forte interferência no prazer sexual, nas disfunções eréteis, na ejaculação precoce e até na dor durante a relação sexual. Swadhistana também se relaciona à bexiga e aos rins, sendo sua harmonia essencial para o correto funcionamento desses órgãos.
Psicologicamente, a desarmonia no chacra pélvico está relacionada com os desvios sexuais (taras ou parafilias), com o desinteresse pelo sexo, nojo pelo corpo ou pelo ato amoroso. Tanto o excesso de interesse pelo sexo (inclusive degenerado) quanto a total apatia em relação à sexualidade estão diretamente ligados ao chacra da pelve. Traumas sexuais muitas vezes são “gravados” no chacra pélvico.
Sentimentos de culpa também se arraigam no chacra pélvico.
No âmbito social os desequilíbrios em Swadhistana levam à sexualização das relações, à atração sexual por pessoas inadequadas (pais, irmãos e tios, por exemplo), ao julgamento em relação à sexualidade de outras pessoas (preconceitos) e até à aversão pelo sexo.
Pessoas que praticam o sexo casual, descartável, promíscuo e libertário também têm desarmonias no chacra sexual. Masturbadores inveterados acabam por deformar seu chacra pélvico.
Na esfera Iniciática Gnóstica, Swadhistana se reveste de suma importância, pois o sexo é o impulso à vida em três sentidos: a) geração (ter filhos), b) motivação e prazer (alegria de viver) e c) regeneração (através da magia sexual gnóstica).
São nas águas da vida (fluidos sexuais originados no chacra pélvico) que está encerrado o fogo alquímico (erotismo sagrado) capaz de nos purificar completamente, em termos psicológicos e também energéticos (transmutação dos 7 corpos do ser humano). Esta é a verdadeira Pedra Filosofal dos alquimistas.
Por isso que a Divindade Hindu protetora do chacra pélvico é Shakti Rakini, senhora dos sentimentos e emoções que trazem o prazer e a dor, despertando a dualidade inerente às funções sexuais. Sexo é decisão por geração (função natural), degeneração (infrassexualidade) ou regeneração (alquimia sexual gnóstica).
Harmonize, desenvolva e nutra seu Swadhistana e tenha saúde e realização sexual, relacionamentos construtivos e espiritualidade positiva.

3. CHACRA UMBILICAL OU SOLAR – MANIPURA: ELIMINE A VERGONHA

O chacra hepático se localiza na região do umbigo e está relacionado ao elemento FOGO, tendo como assento os órgãos do aparelho digestivo como fígado, baço, pâncreas e estômago. Este maravilhoso centro emite uma cor amarelo ouro.
É essencial a ação de Manipura para produzir energia para o corpo através da digestão. É chamado de Chacra Solar por ser o acumulador de átomos ígneos que vêm do Sol – o provedor de vida, através do prana.
Portanto, em termos físicos os desequilíbrios no chacra umbilical levam a problemas de digestão e de falta de vitalidade, de força para viver. Obesidade ou magreza devido a alterações metabólicas também se relacionam a um Manipura desarmônico.
Em termos psicológicos, O chacra digestivo também está ligado à transformação de situações difíceis, aquelas circunstâncias chatas do dia a dia que ficam ecoando em nossa mente e emoção – é em Manipura que são digeridas parte dessas situações psicológicas impactantes.
Manipura também se relaciona à vergonha, à autocrítica destrutiva, ao “medo de ser notado”.
No campo social, o chacra umbilical tem a capacidade de captar as energias e vibrações dos nossos grupos (família, amigos, colegas de trabalho, instituição espiritual etc.), propiciando-nos iniciar processos de empatia, de auxílio fraterno e de compaixão. Pessoas com Manipura atrofiado não se conectam com outros seres, são indiferentes a eles, inclusive animais e plantas.
No trabalho iniciático gnóstico de desenvolvimento espiritual ativo, o chacra umbilical nos deixa sintonizados com as energias sublimes, sendo uma verdadeira antena receptora das irradiações divinas e dos seres superiores. Pessoas que têm telepatia ou intuição apurada, normalmente têm Manipura bem manifestado.
Por ser um chacra ígneo, Manipura nos provê a Força de Transformação necessária à construção de novas condições espirituais.
Sua Divindade Guardiã é Shakti Lakini, senhora do fogo, que traz a vitalidade, o impulso ao amor e a coragem que dissipa o temor.
Harmonize, desenvolva e nutra seu Manipura e tenha perfeitas digestões física e psicológica, energia para se autotransformar e crescente conexão com todos os seres.

O SETE SAGRADO

Esses três chacras da parte baixa do corpo (coccígeo, pélvico e umbilical) formam o chamado Triângulo Terreno ou da Vida Horizontal, da nossa manifestação mais material e desta atual existência.
O ponto intermediário, de conexão material-espiritual, está no meio do corpo, na chacra cardíaco, acima do qual se irradiam os chacras espirituais (laríngeo, frontal e coronário).
O ser humano é um Sete Sagrado composto por dois triângulos que se entrecruzam num ponto especial: a Unidade do Coração, a Gnosis Cárdias.

4 .CHACRA CARDÍACO – ANAHATA: EXPULSE A TRISTEZA

Este chacra floresce no ponto central das energias do nosso corpo – o coração, e está relacionado ao elemento AR.
No Anahata chegam e se fundem maravilhosamente as correntes telúricas (terra de Muladhara, água de Swadhistana, Fogo de Manipura) e celestes (éter espiritual de Sahasrara, éter anímico de Ajna e éter consciencial de Vishudda).
Em termos físicos, o chacra cardíaco é essencial nos processos de circulação sanguínea e de respiração, pois tem conexão íntima com os chacras pulmonares. Distúrbios cardiovasculares, respiratórios e linfáticos têm ligação direta com um chacra cardíaco em mau estado.
Na esfera psicológica, desarmonias em Anahata incitam mágoas persistentes e doloridas, frieza emocional e egoísmo (não dividir as coisas com os outros). Pessoas iradas, violentas e ressentidas acabam por apagar o brilho esmeraldino de seu vórtice cardíaco.
A melancolia e a tristeza também impregnam mal as vibrações do Centro Energético Cardíaco, daí a velha expressão “coração pesado”.
Socialmente, o chacra do Cárdias reverbera o amor pela Divindade, o amor progressivo pelos grupos (a si mesmo, à família, aos amigos, à humanidade toda, a todos os seres). Anahata também se relaciona com a intuição que leva à integração cooperativa.
Na Senda da Iniciação Gnóstica a flor do coração nos confere Amor ao Trabalho e à Obra de Deus, mediante o reconhecimento do próprio Pai-Mãe Internos e de seu filho muito amado, nosso Cristo Íntimo.
Por isso que Anahata em sânscrito significa “Intocado” ou “Puro”, pois ali reside o Átomo Nous, a semente ou chispa divina individual que todos trazemos no coração.
O chacra cardíaco vibra com o Ar e por isso confere a seus fiéis cultivadores as capacidades da levitação e da projeção astral.
Anahata é guardado pela divindade hindu Shakti Kakini, a deusa de olhos atrativos (o amor atrai e congrega), cheia de joias (o amor traz riquezas espirituais), de natureza autogeradora (o amor se nutre com amor) e auto-imanante (o amor é completo em si mesmo).
Harmonize, desenvolva e nutra seu Anahata, para trazer leveza e saúde a seu coração, desenvolvendo a intuição e o amor por todos os seres. Assim circulará em você e em todos a paz e a prosperidade.

5. CHACRA LARÍNGEO – VISHUDDA: LIVRE-SE DAS MENTIRAS

O centro magnético do pescoço emite suas irradiações de cor azul celeste a partir da laringe, relacionando-se ao elemento AKASHA, o éter ou vibração da CONSCIÊNCIA.
Não é à toa que este é o centro energético do Verbo, da Comunicação Sagrada Criadora.
Em termos físicos, o chacra laríngeo é essencial nos processos de crescimento, metabolismo, imunologia e vitalidade, pois está diretamente ligado às glândulas Timo (linfócitos T – defesas do organismo) e Tireóide (que regula nada mais, nada menos, órgãos essenciais como o coração, o cérebro, o fígado e os rins).
Distúrbios em Vishudda têm relação direta com problemas na voz, na audição, deficiências de comunicação, falta de vitalidade e variações do humor.
Nos aspectos psicológicos, o chacra laríngeo desequilibrado leva à timidez e ao isolamento, quando polarizado introvertidamente. Quando desarmônico de forma extrovertida, estre chacra é agente da comunicação falaciosa, da tagarelice agressiva, fofocas. mentiras e exageros ao falar. Pessoas que falam muito de si, que se vangloriam e se autovalorizam a todo momento, os ególatras e mitômanos, têm seu Vishudda deformado.
Socialmente, o chacra laríngeo equilibrado indica uma pessoa comunicativa, sincera e que sabe ouvir. Se desequilibrado, Vishudda denota uma pessoa que não sabe ouvir os outros, um chato que só fala de si, que domina as conversações, normalmente exagerado e falacioso.
Quanto ao Caminho Iniciático ou de Auto-Desenvolvimento Espiritual, o chacra da garganta tem como guardiã a Deidade Shakti Shakini, relacionada à transformação e renovação, protetora dos justos e senhora da compaixão, transmitindo um senso de serenidade e poder.
Este chacra se relaciona às ações iniciáticas do serviço pela humanidade, ao transmitir a Gnosis, sabedoria que liberta.
O sábio é aquele que sabe ouvir e falar na hora certa.
Vishudda desenvolvido confere esta capacidade.
Harmonize, desenvolva e nutra seu Vishudda e conquiste franqueza, serenidade, sabedoria para falar e ouvir, vitalidade e proteção contra agentes biológicos agressores.

6. CHACRA FRONTAL – AJNA: SAIA DAS ILUSÕES

Localizado no entrecenho, logo acima da linha que liga as duas sobrancelhas, o chacra Frontal nos conecta a vibrações de um éter ainda mais sutil, o AKASHA DA ALMA, com sua luminescência azul anil.
Este vórtice energético é chamado de Terceiro Olho, devido à sua conexão com a capacidade de ver além do espectro visual comum (clarividência).
Em termos físicos, o chacra da testa está ancorado na hipófise, a “glândula endócrina mestre”, que regula várias funções do organismo, como o crescimento, o processo do parto, a secreção do leite pelas mamas, a reprodução e o controle do metabolismo. A hipófise tem extrema importância devido a dois hormônios: a Ocitocina (que promove sentimentos de amor, união social e bem-estar) e o ADH (hormônio antidiurético), também chamado de Vasopressina e que opera na regulação da quantidade de água no corpo ao controlar a excreção pelos rins. Portanto, desequilíbrios em Ajna têm relação direta com distúrbios no metabolismo e no humor.
Na dimensão psicológica, Ajna está relacionado ao bem-estar, à aceitação e ao Amor, pois trabalha para realizar conexões afetivas. Um chacra frontal em desequilíbrio indica tendência ao estresse e à ansiedade, principais doenças psíquicas em todo o mundo. O chacra do terceiro olho em desarmonia também inclina ao isolacionismo e à reclusão, típicos de estados de depressão.
Em termos sociais, por sua capacidade de conexões de amizade e sentimentos de aceitação e acolhimento, Ajna desequilibrado inclina ao egoísmo, ao afastamento de grupos sociais e a estados de isolamento, podendo conduzir a visões críticas de si mesmo e de outras pessoas, levando a situações que envolvem julgamentos, discriminações e preconceitos.
Por outro lado, um Ajna equilibrado desfaz ilusões e nos faz ver a realidade das coisas, sem ideias pré-concebidas.
Na Senda da Iniciação da Alma, o chacra do entrecenho está ligado à virtude da correta Percepção e do justo Discernimento, revelando fatores ocultos de uma situação. Pessoas com Ajna desenvolvido têm grandes capacidades de imaginação, intuição e conhecimento interior, levando a uma acentuada capacidade de compreensão integral, de tomada profunda de consciência.
A Divindade guardiã de Ajna é Shakti Hakini, senhora do destemor e da compreensão. Devi Hakini sempre é representada portando um tambor (símbolo do ritmo divino), uma caveira (a necessidade de ver as coisas reais e vivas, eliminando os subjetivismos e ilusões do ego) e um japa-mala (colar de oração com contas), convidando aos mantras para conexão com os planos divinos.
Harmonize, desenvolva e nutra seu Ajna e obtenha imaginação criadora e visão real das coisas. Também conquiste sonhos reveladores e iniciáticos. Bom humor, metabolismo equilibrado e melhoria nos relacionamentos são outros  benefícios advindos de um centro frontal harmonizado.

7. CHACRA CORONÁRIO – SAHASRARA: COMBATA O APEGO

Chegamos ao mais elevado chacra no corpo humano, o Centro das Mil Pétalas ou Vórtice Sahasrara, assentado na glândula pineal e relacionado com o sutilíssimo AKASHA ESPIRITUAL, duas oitavas acima do éter de Vishudda e do éter de Ajna. Sahasrara também é chamado de chacra occipital, formando uma linda esfera violeta centrada em nosso cérebro.            Em várias tradições religiosas, a glândula pineal é relacionada à nossa conexão com Deus, nosso enlace humano com o divino.
Fisicamente, o chacra coronário e sua âncora na glândula pineal se relaciona com a produção do hormônio melatonina, com os ciclos circadianos e com diversas outras funções, como a reprodução. Sahasrara bem equilibrado vai regular a liberação de melatonina, reajustando o relógio biológico e melhorando problemas como distúrbios do sono, sonolência diurna e cansaço.
Nos aspectos psicológicos, desarmonias no chacra da coroa levam ao materialismo exagerado, ou, no outro extremo, à mistificação errônea das experiências espirituais. Místicos verdadeiros, com vivências reais e concretas, não se iludem com a fenomenologia espetacular seja ela real ou forjada (os chamados “milagres”, “incorporações”, “exorcismos”, “mensagens do além” etc.), e nem  com a fé cega, aquela que é baseada nos dogmas e na letra morta (não compreendida) dos livros sagrados.
Socialmente, o chacra Sahasrara equilibrado nos leva à busca e conexão com pessoas de altos valores espirituais, cheias de virtudes. É o chacra da fraternidade consciente, do serviço grupal desinteressado pela humanidade, das grandes associações espirituais que transcendem o ego e o materialismo.
Uma pessoa com o chacra coronário desequilibrado se torna cética, materialista, julgadora, preconceituosa e desrespeitosa em relação à fé dos outros – um desastre social.
Quanto ao Caminho Iniciático Gnóstico, o chacra da Coroa nos conecta com o Divino dentro de nós, possibilitando insights e revelações orientadoras.
Este chacra luminoso está representado em todos os santos cristãos, através de suas auréolas, ou mesmo nos Iluminados mestres do Budismo, com seus resplandecentes capacetes de flores e mil pétalas.
Sahasrara é custodiado pela divindade hindu Shiva-Paramatma, quando a potência divina feminina (as 6 Shakti dos chacras anteriores), provindas do plano humano (terrestre), sobem a partir do cóccix e se fundem com o aspecto masculino de Deus, Shiva, a Divindade Suprema. Shiva tem sua semente em cada ser humano, sua mônada individual, seu Átman ou realidade existencial absoluta e mais elevada. O atributo de Paramatma é o altruísmo, quando toda a individualidade humana desaparece.
No sétimo chacra há a UNIÃO DIVINA de Shiva-Shakti dentro de nós, as potências feminina e masculina de Deus.
Quem desperta e desenvolve seu chacra Occipital atinge o Sacro-Ofício, o ofício sagrado de Servir a todos os seres, de entregar-se integralmente à Obra de Deus.
Harmonize, desenvolva e nutra seu Sahasrara, conquistando um relógio biológico definido e síncrono com o dia e a noite, com as estações do ano: durma bem e tenha vitalidade o dia todo. O centro Coronário saudável também nos conecta com o Divino verdadeiro, com a Mística vivenciada e com a Fraternidade consciente.

CONCLUSÃO

Aqui, ao estudarmos como os 7 chacras se relacionam com nossa saúde física, psicológica, social e espiritual, me recordo de uma analogia que sempre gosto de usar: imagine uma orquestra onde cada chacra é um músico com seu instrumento, cada qual com seu tom, sua afinação, seus compassos e características peculiares.
Para que a sinfonia soe com beleza e toque as pessoas, reverbere positivamente nelas, é necessária uma execução perfeita, com músicos-instrumentos de primeira qualidade e com um maestro experiente, sensível e amoroso.
Caro leitor, os instrumentos para tocar a sinfonia de sua vida são seus chacras, o maestro é seu Real Ser Interior Profundo (seu Átman) e a plateia são seus irmãos de humanidade, neste teatro da ópera que é nossa existência.
Boa sinfonia para você !

Sérgio Linke é engenheiro e instrutor de Gnose

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro A Dança do Mastro, presente nos antigos festivais celtas como Beltaine, representa muito mais do que uma simples celebração da primavera. Ela é uma chave arquetípica que expressa a união dos opostos, a circulação da energia vital e o reencontro com o eixo central do Ser. O maypole, termo inglês que designa esse mastro decorado com fitas coloridas e flores, ao redor do qual se dança na tradicional festa de maio em várias culturas europeias, é um símbolo vivo dessa conexão sagrada entre o céu e a terra. Sua dança entrelaçada remete ao movimento harmonioso das forças opostas que, em equilíbrio, sustentam a vida e o cosmos. O mastro central representa o axis mundi, o “eixo do mundo”, uma imagem simbólica comum a muitas tradições espirituais, como a Árvore da Vida, o Monte Meru (símbolo sagrado e cósmico presente em várias tradições espirituais do Oriente, especialmente no hinduísmo, budismo e jainismo), a coluna vertebral alquímica ou a árvore Yggdrasil da mitologia nórdica. Ele simboliza a ligação entre o Céu e a Terra, entre o divino e o humano. Nós, enquanto microcosmo que espelha o macrocosmo, trazemos esse mastro sagrado simbolicamente em nossa própria coluna vertebral. É por meio dela que mantemos viva a conexão entre Terra e Céu, entre o mundo material e o espiritual, entre o denso e o sutil. Esse eixo interno é a via de ascensão da Kundalini, nossa Energia Sagrada, sem a qual não há vida verdadeira nem propósito de existência. As fitas coloridas amarradas no topo do mastro são como cordões umbilicais, pelos quais o ser humano está conectado ao universo. Conectado à fita, o participante representa suas forças interiores: pensamentos, emoções, instintos, desejos, memórias; aspectos que, quando vividos sem ordem, tornam-se caóticos. Mas, ao dançarmos em torno do mastro com presença (auto-recordação) e intenção, entrelaçamos essas forças em torno do eixo divino, harmonizando-as. Na medida em que os dançarinos giram em sentidos opostos, como o masculino e o feminino, o ativo e o receptivo, o yang e o yin, eles não apenas representam a dualidade da Criação, mas também se cruzam em padrões que tecem a teia da vida, a Roda de Samsara ou o caracol da existência da tradição nahuatl. “Samsara” é uma palavra em sânscrito que significa “fluir juntamente”, “perambular” ou “ciclo contínuo”. Refere-se ao movimento cíclico da existência, em que as almas encarnam repetidamente, movidas pelo karma (causa e efeito). Assim, na dança, cada cruzamento evoca os fios invisíveis que nos conectam ao passado, às experiências de outras vidas, às repetições cármicas e recorrências emocionais que precisam ser reconhecidas e transcendidas. Dançar assim é mover-se com consciência sobre o palco do destino, observando os ciclos que se repetem e escolhendo, em meio a eles, o caminho da libertação. Durante a celebração, é comum que o mastro seja ricamente ornamentado com flores, fitas e folhagens, símbolos vivos da fertilidade da Terra e da abundância que brota da união harmônica entre Céu e Natureza. As flores representam a manifestação visível da alma da planta, expressão do sagrado nos reinos elementais, e são, por isso, oferecidas como embelezamento e honra ao Eixo Divino da criação. Os dançarinos também se enfeitam com coroas ou guirlandas florais, carregando consigo o perfume da vida, a delicadeza da alma e a alegria do florescer interior. Mas, além de sua beleza, as flores evocam algo ainda mais profundo: são o símbolo das virtudes espirituais que o ser humano precisa reconquistar por meio do despertar da Consciência, do esforço e da depuração interior. Assim como os antigos nahuatls celebravam a guerra florida, luta sagrada em que o guerreiro enfrentava a si mesmo para fazer brotar as flores da alma, nesta dança, cada flor se torna sinal de uma qualidade resgatada: a pureza, a humildade, a coragem, o amor. Ao adornar o corpo com flores, o dançarino transforma-se em sua formação original, sua essência primitiva e pura, com os adornos da alma que vai reconquistando na jornada de retorno às origens divinas de seu ser. Essa prática ancestral é, portanto, um rito de integração. Cada passo consciente, cada gesto de entrelaçar e desenlaçar, torna-se um movimento de cura. É como se, ao dançarmos, invocássemos a Mãe Divina para nos ajudar a alinhar nossos mundos interiores. Como em tantas tradições espirituais, do giro dervixe ao caminhar meditativo zen, das danças circulares sagradas à psicologia gnóstica, o corpo em movimento torna-se oração. Portanto, quando essa dança é feita com devoção, ela se transforma num ato mágico: uma expressão viva do caminho espiritual, o retorno ao centro, à harmonia, ao Ser. Anualmente, em nossas comemorações de festa junina ou julina, a Associação Gnóstica de Brasília recebe seus alunos e a comunidade próxima, ocasião em que realizamos a Dança do Mastro, que é sempre muito alegre e festiva. Convidamos você a viver essa dança conosco: Não apenas com os pés, mas com a alma!!! Nosso verdadeiro chamado vai além do círculo festivo. A dança continua dentro de nós, todos os dias, nos ciclos da existência, nas escolhas, nos desafios, nas relações. Por isso, na Associação Gnóstica de Brasília, oferecemos o Curso de Gnose: uma jornada viva de autoconhecimento e transformação, com práticas e ensinamentos que nos ajudam a dançar a vida com Consciência, a harmonizar mente, emoção e ação em torno do nosso eixo interior, e a trilhar um caminho real de retorno ao Ser. Se essa dança ressoa em seu coração, venha conhecer nosso trabalho. Participe conosco e descubra, passo a passo, o sentido mais profundo de existir! (Alessandra Espineli Sant’Anna é instrutora gnóstica e facilitadora de vivências espirituais na Associação Gnóstica de Brasília, onde compartilha caminhos de autoconhecimento e reconexão com o Sagrado.)

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Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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