A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR

A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR

Quando estudamos as vidas de grandes homens e mulheres, como Samael Aun Weor, Jesus Cristo, Buda, Milarepa, Teresa D’Avila, Clara de Assis, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, padre Pio, irmã Dulce, Confúcio, Lao Tse, Paracelso, Joana Darc e tantos outros que perfumaram nossas civilizações , nos perguntamos….
Por que nos lembramos deles ?
O que nos faz lembrar deles ?
Por que eles influenciaram sua geração e também muitas gerações posteriores ?
Só há uma resposta: essa lembrança se perpetuou por aquilo que realizaram pelo próximo. São lembrados, em sua obra e sua doutrina, pela forma como isso impactou a humanidade, as pessoas.
Recordamos do bem que fizeram, pois é pelas obras que se conhece o verdadeiro Ser Humano !
O grande pesquisador e filósofo do século XX Samael Aun Weor nos ensina que o trabalho de todo servidor da divindade deve estar fundamentado em 3 fortes pilares:  morrer em si mesmo (eliminar seus defeitos), nascer em suas virtudes e servir a humanidade.Constatamos então que é no caminhar consciente pela existência (experiências que a vida nos proporciona, com suas pedras e flores) que poderemos “morrer” e “nascer”, mediante o imprescindível alimento que é o Servir a todos os seres.
É impossível evoluir espiritualmente sem cooperar, sem servir!
Certo dia, há muito tempo, voltando de sua longa caminhada pelas terras frias da Úmbria (Região da Itália), véspera de Natal, Francisco de Assis percebeu que as pessoas simples do lugarejo onde passava (símbolo de toda humanidade doente), ainda não compreendiam a essência daquela data. Então pediu licença a um estaleiro, um gentil homem, para usar um pequeno espaço externo em sua propriedade (estábulo). Depois também pediu a um pastor que trouxesse alguns animais. E o incrível: as pessoas, apesar do frio congelante do cair da tarde, começaram a chegar e chegar, maravilhados com a luz do entusiasmo de Francisco.
E ele, em sua simplicidade, pediu a um jovem casal que lá estava que compusesse o cenário, colocando seu bebê na manjedoura, construída com simples palha e algumas folhas, e que também se colocassem ao lado dela. Sugeriu também o sábio de Assis que eles se ajoelhassem, cuidando da criança como joia delicada e preciosa.
E então o milagre aconteceu: o céu resplandecente de um azul anil profundo mostrou sua beleza, fazendo brilhar sobre o estábulo uma linda estrela, que parecia compreender o que Francisco fazia.
O astro resplandecente pairou sobre aquele estábulo cheio de vida, iluminando e cintilando de beleza.Todos os presentes, cheios de surpresa e curiosidade, silêncio e espanto, ouviram então as palavras de Francisco, que começou a lhes falar sobre o nascimento do Cristo.
E assim nasceu o Presépio, marcante presença em todos os festejos natalinos em todos os países.
Dessa forma simples e profunda serviu Francisco à humanidade, nos mostrando até hoje, através de um simples cenário com palhas, animais e personagens, o drama do nascimento do Cristo Intimo no coração dos homens e mulheres de boa vontade (Thelema).
Da mesma forma também podemos falar de Milarepa, grande mestre budista que viveu no Tibete do século XII, e que após se libertar das mais profundas trevas de seus defeitos, realizou toda uma obra de serviço à humanidade, nas simples cavernas do Tibet, comendo urtiga, quase nu, sofrendo as terríveis agruras do frio intenso, as intempéries do clima. Nada interrompia a obra do grande santo tibetano: meditava, acolhia as almas sedentas de luz, sem bens, sem comida, sem vestes. Serviu e orientou centenas e milhares de pessoas, mostrando que, para servir, só é preciso Amar o Amor.
Ah, e houve tantas mulheres Servidoras… Que tal representá-las em Teresa d’Avila, mestra da oração ? Com sua rebeldia e sua força mostrou aos prelados de uma época conturbada (Espanha do século 16 – época negra das pestes e da Inquisição) como é servir e construir uma obra, mesmo com tantas forças contrárias. Ela reformulou uma ordem decadente (a do monte Carmelo), enfraquecida pelas paixões humanas.
Como mestra da oração, lutou de forma intensa contra suas próprias debilidades e defeitos psicológicos (tentações) para, junto com seu Amado João da Cruz, buscar restabelecer as bases cristãs puras para o mundo.

Samael Aun Weor, um dos maiores escritores espiritualistas do século XX que através de seus grandes sacrifícios – possui mais de 100 livros editados – se esmerou em ensinar as diferentes formas de servir e amar, e mostrou que o suprassumo de todo serviço está em poder e saber ensinar ao ser humano o Despertar da Consciência, e manifestar o Cristo Social em sua própria vida. E observe: Samael abdicou de qualquer lucro sobre direitos autorais de seus livros: nasceu e viveu de forma pobre materialmente, mas adquiriu e distribuiu infinitas riquezas espirituais.
Vamos conhecendo essas belas histórias e algo dentro de nós se mexe, podendo até nos levar a justificativas e evasivas:

Eram uns loucos irresponsáveis.
Eram incumbidos e protegidos por Deus.
Eles eram mestres! Tinham consciência desperta.  Sabiam o que fazer e como servir.
E nós, tão longe da magnificência desses mestres, como podemos realizar algo útil para a humanidade? Como servir?

Pensamos assim por que queremos ser grandes antes mesmo de desabrochar!
Todas as grandes árvores um dia foram uma simples semente.
E para uma semente se tornar árvore, ela tem que conhecer a escuridão da terra, sofrer sua pressão, quebrar a casca que a limita, explorar o mundo além da terra.
Construir raízes, caule, folhas, flores, receber a luz do Sol e transformá-la em substância física. Tudo isso para crescer, crescer e se tornar grande, exuberante, e então dar frutos, e dos frutos novas sementes, conduzir a vida !!
Toda grande árvore um dia já foi uma tenra plantinha que trabalhou muito e pacientemente, sem reclamar, sem almejar mais do que precisava, confiante nas leis da natureza e do universo, que sempre cuida de seus filhos.
Para servir precisamos ampliar nossa visão de “mundo” e ver a realização da vida sob o ponto de vista do universo e suas leis, da natureza e sua sabedoria.
Observemos a natureza como ela serve a todo instante, silenciosa, amorosa, dedicada.
Constatemos em nosso entorno, agora mesmo, a sala onde estamos, nossa cadeira, os móveis do ambiente, os utensílios…. tudo, tudo é produto da natureza transformada.
Sabemos disso, mas não fazemos consciência!
A árvores doam sua madeira, que se sacrifica para se tornar uma cadeira, uma mesa para nos ajudar.
A substância negra da terra, tão ambicionada – o petróleo – nos proporciona diversas facilidades – como o transporte ou a geração de energia.
As flores de algodão, tão simples e generosas, doam suas entranhas para que nossas roupas sejam fabricadas, para nos aquecer e embelezar.
E as pessoas que trabalham para termos a cadeira, a gasolina, o plástico, a camisa, também todas se doaram, dedicam a nós seu trabalho.
Ampliemos ainda mais nossa tomada de consciência desse belo Universo do Servir…
Vamos observar os ecossistemas da Terra, as florestas, os mares, as montanhas e lagos, tão ambicionados e violentados pela ganância humana.
A natureza grita para que entendamos como agir, para permitir que o Cristo Social, o Cristo que sempre serve, se manifeste através de nós, na comunhão entre todos, todos os seres vivos, para que cumpramos sua sagrada lei da natureza.
Nossa forma de pensar e agir é profundamente egoísta !
Poucos são os que servem desinteressadamente, poucos são os que se doam sem almejar nada em troca.
Saímos da casa de nosso Pai (Pais Divinos Internos) e começamos a dividir nossa família Universal.
Então surge o MEU e o TEU, gerando o grande mal do mundo: o Egoísmo.
Nos esquecemos de nós mesmos, de onde viemos, das leis do universo, do cosmos, da harmonia … e lá se vai a felicidade.
É preciso compreender os MISTÉRIOS DO CRISTO, do AMOR para fazer consciência dessa sabedoria.
A CRUZ na qual todo Cristo é imolado é a cruz da autorrealização no altar do sacro-ofício (trabalho sagrado).
O CRISTO CÓSMICO é a manifestação do amor de Deus Criando, doando vida.
O CRISTO ÍNTIMO é a força que faz nascer ‘o amor’ na manjedoura de nosso coração e realizar o DRAMA CÓSMICO.
O CRISTO LÍQUIDO é a essência da “FORÇA CRISTO” expressa em nossa mais potente energia, a força criadora, reprodutiva, sexual.
O CRISTO HISTÓRICO é o ser específico, que existiu fisicamente, que se sacrifica para que o Cristo se manifeste dentro de si e seja mostrado a todos.
O CRISTO SOCIAL é a manifestação em obras de todos os Cristos (HISTÓRICO- ÍNTIMO-LÍQUIDO-CÓSMICO).
Um Cristificado (ou cristificada) não nasce da noite para o dia.
Este filho(a) dileto da Divindade é produto de muito auto trabalho, auto-esforço, autossacrifício, muito Serviço por todos os seres, e para compreender este trabalho temos que iniciar por mudar nossa forma de ver as mazelas do mundo.
As causas da miséria humana não estão no plano físico, que é só uma consequência, mas sim no plano mental, psicológico, emocional, de todos e de cada um de nós.
Não vamos nos enganar que só distribuindo alimentos e roupas aos famintos da humanidade é que suas feridas vão se curar… não, não vão!!
Temos que mudar nossa forma de pensar e de agir, começando por nos auto-estudar, nos autocompreender e nos autotransformar.
Para simplificar e exemplificar, podemos dizer que existem 3 tipos de pessoas:

  • Inconscientes e alienadas;
  • Inconscientes, porém, bem-intencionadas;
  • Conscientes.

Se por exemplo numa sala surgir uma goteira, criando uma enorme poça de água, alguns não irão nem ligar e passar por ela e sujar todo o ambiente. Esses são os INCONSCIENTES alienados.
Outros irão se incomodar e prever que isso poderá causar acidentes, então irão pegar rodo, pano e enxugar, mas a poça continuará a ser produzida. Esses são os ALIENADOS, mas bem-intencionados.
Mas há os que enxergam mais longe, de onde a goteira está surgindo, e pegam uma escada e ferramentas e arrumam a goteira, extirpando o mal, a origem do erro. Esses conhecem a essência do Cristo Social. Esses são os CONSCIENTES.
Nossos atos se propagam no universo e atingem todos os seres.
Esse é o reto agir (manifestação do estado de consciência perfeita) que Krhisna ensina a Arjuna no Bhagavad Gita.
Algo se eleva em nós quando alguém se eleva.
Algo cai em nós quando alguém cai.
Algo dói em nós (mesmo que não percebamos) quando alguém sofre.
Algo se regozija em nós (mesmo que não identifiquemos exatamente a origem) quando alguém fica alegre.
Somos um universo, um único corpo.
Precisamos compreender que a verdadeira caridade deve estar voltada para os processos Anímicos (da alma), Espirituais e Profundamente internos.
Só assim poderemos ajudar na grande obra de deus.
Servir é um ginásio psicológico dos mais avançados !
Deve ser um ato consciente, um ato voluntário e deve ser a expressão de nosso corpo causal, o veículo humano da Vontade Consciente (Thelema).
Quando entendermos isso, entenderemos o que disse Francisco de Assis:
“É dando que se recebe”
Se assim não for, essa frase será somente uma linda poesia, reproduzida sem entendimento.
Todos os Cristos fundamentaram suas doutrinas no Servir – todos !
E inspirados na Vida daqueles que tanto serviram, e conscientes de que qualquer um de nós pode servir a todo instante e em todas as circunstâncias, vamos transformar nossas vidas num Ato de Cooperação, de Serviço, num Ritual de Vida Cooperativa e Amorosa e ajudar a humanidade que tanto sofre.
Ainda não sabe como? Então vamos relacionar algumas lindas e simples formas de servir, para te inspirar, querido leitor.

1. Seja gentil com todos os seres:
Este é o 1º degrau da catedral da alma,  ser amável e gentil com tudo e com todos, através de nossos pensamentos,  palavras e ações.
Tão simples e tão difícil para a grande maioria: ser simplesmente gentil, ouvir as pessoas com atenção, olhar em seus olhos com carinho, ceder um lugar a quem precisa, dar a mão a quem nos pede cuidado, falar um bom dia, boa noite – tão simples e as vezes tão difícil!
Pois somos escravos de nossas emoções e pensamentos pequenos.
Temos que compreender o que significa Namastê – minha alma saúda tua alma – olhar a alma que está no próximo, sentir e ouvir seu grito de ajuda: tão simples e tão difícil ao mesmo tempo.
Porém todos somos capazes, sem exceção. É preciso buscar forças internas, no âmago de nossos corações para mudar e deixar de sermos egoístas… ser simplesmente gentil !

2. Exercite o Ahimsa (não violência)físico e psicológico:
A essência do Ahimsa encontra-se na perfeita transformação de todas as impressões, para que nada ecoe no nosso universo psicológico. Ou seja, qualquer reação externa ou interna jamais ecoará na nossa psiquê.
Toda agressão é fruto da não transformação de impressões, são filhos dos nossos defeitos psicológicos.
Devemos nos manter perfeitamente serenos e tranquilos (e não passivos) em todas as situações. Não objetar de forma mecânica e reativa. Isso é um serviço de caridade !

3. Aja em Caridade consciente: lembre-se que não é o alimento que cura e sim a disposição de servir e amar a quem se serve.

4. Perdoe: perdoar é uma força maravilhosa da natureza, um exercício de mudança interna profunda. Força capaz de ir além, de superar a lei do karma e darma, além da lei da recorrência, da roda de Samsara.
Exercício perfeito de caridade universal nos dá a possibilidade de nos livrarmos das mágoas, do passado!
É trabalhar para Deus!!
Mas não nos esqueçamos que o perdão só é possível com a compreensão total da origem dessa mágoa, e da ação de cada defeito psicológico envolvido. E também da reparação do dano causado.
Só assim o Cristo perdoará!!

5. Não julgue: quem julga não tem compaixão, não compreende a razão dos sofrimentos, não tem misericórdia.

6. Ame o amor: Francisco de Assis dizia que o ser humano não sabia amar o amor, e assim corria os vales e as montanhas dizendo “o Amor não é Amado”.
Somos incapazes de ver a centelha divina que está em todos os seres, a chama do Cristo que crepita em cada coração.
O Cristo – que é a encarnação do Amor – vive em cada coração que pulsa.

7. Arrependa-se: arrepender-se é poder entrar pela porta que nos reconduz à casa de nossos Pais.
Nossos erros ofuscam a luz do Cristo, a luz do Ser, da nossa alma, da nossa Mãe Divina.
Devemos nos arrepender de nossos erros por amor ao nosso Ser, ao Cristo, à Mãe Divina.
Quando nos arrependemos realmente e conscientemente, do fundo de nosso coração, uma força divina que provém de nossas divindades internas nos habilitam na possibilidade de aniquilar o(s) erro(s) e fazer nascer as virtudes da alma, a flor da divindade.
E se assim realizamos, faremos um dos maiores atos de caridade, de mais alto grau, que é para nossos País Internos.
A morte consciente de nossos defeitos psicológicos é uma forma de caridade!!!

8. Coloque pessoas no caminhão da autorrealização: é uma oitava muito elevada de caridade e serviço.
Colocar pessoas na busca da perfeição, do serviço, no caminho da luz, do autoconhecimento. Trabalhar por elas, ensinar, mostrar o caminho do Cristo Cósmico, do Cristo Íntimo, do Cristo Social, ensinar como arrumar as goteiras da vida !

9. E, o mais excelso dos modos de servir, o suprassumo, é trabalhar na obra de um grande SER. Estudando sua obra e realizando-A em si mesmo. Recordemos que todo grande mestre e mestra o foi em Servir.
Não só estudar ou seguir a Jesus, mas sim tornar-se um Cristificado para Servir.
Não só louvar o Budha, mas sim se iluminar e lutar para que todos conquistem o Nirvana. Não só adorar a Krishna, mas sim encarnar em si mesma a força do Arqueiro da Verdade.

Então queridos leitores, quando estivermos onde estivermos, em nossa casa, no quarto, almoçando, estudando, trabalhando, andando nas ruas de nosso bairro, e tantas outras coisas do dia a dia, observemos a vida que corre em tudo e façamos consciência de que somos parte desse TUDO, e que em nossas Veias Espirituais corre a hereditariedade santa de nosso Pai de Luz: o Sangue Sagrado do SERVIR.

Servir é a essência do CRISTO.

Servir é vir a ser o próprio CRISTO.

Servir é realizar o exercício infinito e eterno do Amor!


Heloisa Pereira Menezes é Nutricionista, especialista em logística e instrutora de Gnose

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro

Entre a Festa Junina e a Tradição Celta: Um convite ao Eixo Cósmico através da ancestral Dança do Mastro A Dança do Mastro, presente nos antigos festivais celtas como Beltaine, representa muito mais do que uma simples celebração da primavera. Ela é uma chave arquetípica que expressa a união dos opostos, a circulação da energia vital e o reencontro com o eixo central do Ser. O maypole, termo inglês que designa esse mastro decorado com fitas coloridas e flores, ao redor do qual se dança na tradicional festa de maio em várias culturas europeias, é um símbolo vivo dessa conexão sagrada entre o céu e a terra. Sua dança entrelaçada remete ao movimento harmonioso das forças opostas que, em equilíbrio, sustentam a vida e o cosmos. O mastro central representa o axis mundi, o “eixo do mundo”, uma imagem simbólica comum a muitas tradições espirituais, como a Árvore da Vida, o Monte Meru (símbolo sagrado e cósmico presente em várias tradições espirituais do Oriente, especialmente no hinduísmo, budismo e jainismo), a coluna vertebral alquímica ou a árvore Yggdrasil da mitologia nórdica. Ele simboliza a ligação entre o Céu e a Terra, entre o divino e o humano. Nós, enquanto microcosmo que espelha o macrocosmo, trazemos esse mastro sagrado simbolicamente em nossa própria coluna vertebral. É por meio dela que mantemos viva a conexão entre Terra e Céu, entre o mundo material e o espiritual, entre o denso e o sutil. Esse eixo interno é a via de ascensão da Kundalini, nossa Energia Sagrada, sem a qual não há vida verdadeira nem propósito de existência. As fitas coloridas amarradas no topo do mastro são como cordões umbilicais, pelos quais o ser humano está conectado ao universo. Conectado à fita, o participante representa suas forças interiores: pensamentos, emoções, instintos, desejos, memórias; aspectos que, quando vividos sem ordem, tornam-se caóticos. Mas, ao dançarmos em torno do mastro com presença (auto-recordação) e intenção, entrelaçamos essas forças em torno do eixo divino, harmonizando-as. Na medida em que os dançarinos giram em sentidos opostos, como o masculino e o feminino, o ativo e o receptivo, o yang e o yin, eles não apenas representam a dualidade da Criação, mas também se cruzam em padrões que tecem a teia da vida, a Roda de Samsara ou o caracol da existência da tradição nahuatl. “Samsara” é uma palavra em sânscrito que significa “fluir juntamente”, “perambular” ou “ciclo contínuo”. Refere-se ao movimento cíclico da existência, em que as almas encarnam repetidamente, movidas pelo karma (causa e efeito). Assim, na dança, cada cruzamento evoca os fios invisíveis que nos conectam ao passado, às experiências de outras vidas, às repetições cármicas e recorrências emocionais que precisam ser reconhecidas e transcendidas. Dançar assim é mover-se com consciência sobre o palco do destino, observando os ciclos que se repetem e escolhendo, em meio a eles, o caminho da libertação. Durante a celebração, é comum que o mastro seja ricamente ornamentado com flores, fitas e folhagens, símbolos vivos da fertilidade da Terra e da abundância que brota da união harmônica entre Céu e Natureza. As flores representam a manifestação visível da alma da planta, expressão do sagrado nos reinos elementais, e são, por isso, oferecidas como embelezamento e honra ao Eixo Divino da criação. Os dançarinos também se enfeitam com coroas ou guirlandas florais, carregando consigo o perfume da vida, a delicadeza da alma e a alegria do florescer interior. Mas, além de sua beleza, as flores evocam algo ainda mais profundo: são o símbolo das virtudes espirituais que o ser humano precisa reconquistar por meio do despertar da Consciência, do esforço e da depuração interior. Assim como os antigos nahuatls celebravam a guerra florida, luta sagrada em que o guerreiro enfrentava a si mesmo para fazer brotar as flores da alma, nesta dança, cada flor se torna sinal de uma qualidade resgatada: a pureza, a humildade, a coragem, o amor. Ao adornar o corpo com flores, o dançarino transforma-se em sua formação original, sua essência primitiva e pura, com os adornos da alma que vai reconquistando na jornada de retorno às origens divinas de seu ser. Essa prática ancestral é, portanto, um rito de integração. Cada passo consciente, cada gesto de entrelaçar e desenlaçar, torna-se um movimento de cura. É como se, ao dançarmos, invocássemos a Mãe Divina para nos ajudar a alinhar nossos mundos interiores. Como em tantas tradições espirituais, do giro dervixe ao caminhar meditativo zen, das danças circulares sagradas à psicologia gnóstica, o corpo em movimento torna-se oração. Portanto, quando essa dança é feita com devoção, ela se transforma num ato mágico: uma expressão viva do caminho espiritual, o retorno ao centro, à harmonia, ao Ser. Anualmente, em nossas comemorações de festa junina ou julina, a Associação Gnóstica de Brasília recebe seus alunos e a comunidade próxima, ocasião em que realizamos a Dança do Mastro, que é sempre muito alegre e festiva. Convidamos você a viver essa dança conosco: Não apenas com os pés, mas com a alma!!! Nosso verdadeiro chamado vai além do círculo festivo. A dança continua dentro de nós, todos os dias, nos ciclos da existência, nas escolhas, nos desafios, nas relações. Por isso, na Associação Gnóstica de Brasília, oferecemos o Curso de Gnose: uma jornada viva de autoconhecimento e transformação, com práticas e ensinamentos que nos ajudam a dançar a vida com Consciência, a harmonizar mente, emoção e ação em torno do nosso eixo interior, e a trilhar um caminho real de retorno ao Ser. Se essa dança ressoa em seu coração, venha conhecer nosso trabalho. Participe conosco e descubra, passo a passo, o sentido mais profundo de existir! (Alessandra Espineli Sant’Anna é instrutora gnóstica e facilitadora de vivências espirituais na Associação Gnóstica de Brasília, onde compartilha caminhos de autoconhecimento e reconexão com o Sagrado.)

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O Tesouro dos Tesouros

O Tesouro dos Tesouros Creio no sagrado do amor,Na força capaz de tudo e todos transformar. Amar exige coragemNum mundo que foge dos sentimentos,Que embaça os espelhos,Que sufoca a almaEm torno de carências,Vaidades e apegos…Torpes medosDo sentimento vividoEm segredo. O que é mais real acaba por se abafarPor ilusórias métricas,Ambições, aparências,Que silenciosamente esmagamO tesouro dos tesouros,A luz das luzes… Que nunca se apagam…Mas talvez,Também nunca renasçam. Pois como todo tesouro necessita ser preservado, polidoE na senda Servido. Alessandra Espineli (poetisa e instrutora gnostica)

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Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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