Antropologia Gnóstica: A origem espiritual e física do ser humano

Antropologia Gnóstica: A origem espiritual e física do ser humano

Neste início de 3º milênio existem basicamente duas grandes linhas de pensamento mais populares quando se fala na origem do universo, da vida e do ser humano.
Uma delas é chamada de Criacionismo Religioso (que considera uma ação Sobrenatural ou Divina, Criadora) e é abordada por todas as tradições mitológicas, espirituais e religiosas.
A outra se refere ao chamado Evolucionismo Científico, que não considera a ação de uma Inteligência Superior externa e explica a origem e continuidade da vida com o acaso (sequência aleatória e não dirigida de fatos) e com a adaptação forçada necessária à sobrevivência. Tais recursos adaptativos seriam transmitidos hereditariamente.
O Criacionismo Cristão se baseia no Dogma Bíblico descrito em brevíssimos e vagos versos no Gênesis do Velho Testamento, quando Deus criou primeiro o universo e depois o homem-macho a partir do barro da terra e “à sua imagem e semelhança”, dele derivando a mulher.
Além da Bíblia, há outras origens ocidentais para as ideias criacionistas. Uma delas é o bom e sábio criador ou “Demiurgo” citado no Timeu de Platão (século V a.C.); outra é o “Motor Móvel” aludido na Metafísica de Aristóteles (século IV a.C.) e, mais tarde no século XIII, até o principal filósofo do cristianismo romano, Tomás de Aquino, descreveu o criacionismo como prova para a existência de Deus.
Dessa forma, as tradições bíblicas colocam a criação do homem no mito de Adão e de Eva, não admitindo outras influências, nem mesmo da evolução. Esta é a posição tradicional, mas recentemente autoridades cristãs já têm aliviado esta carcomida e desacreditada crença medieval, admitindo como corretas ideias como o Evolucionismo e o Big-Bang. Vem muito tarde e de forma parcial este reconhecimento por parte da igreja.
Algo parecido aconteceu com o Geocentrismo Ptolomaico Católico, até que a ideia da Terra como centro do universo ser comprovadamente derrubada por Copérnico há mais de 500 anos. Até este reconhecimento, muitos foram calados, perseguidos, torturados e mortos por isso, como Hipácia de Alexandria, Galileu Galilei e Giordano Bruno, só para citar alguns.
Este criacionismo dogmático tem uma série de inconsistências, a começar pela cronologia bíblica que data a criação do homem a algo como 6.000 anos, base temporal sobejamente equivocada tanto pelos números da ciência oficial quanto pelas tradições muito mais antigas que a hebraica. Outra lacuna gerada pelas distorções patriarcais dos antigos escritores hebraicos diz respeito à criação da mulher, que seria uma mera derivação a partir da costela “de um homem-macho” que “se sentia muito sozinho no paraíso”.
Somente para focarmos nas tradições hebraicas não somente oficiais, há vários textos apócrifos do Velho Testamento como o Evangelho de Enoch e as tradições cabalísticas contidas no Zohar e no Sepher Yetzirá (livros obviamente não reconhecidos pelos rabinos dogmáticos oficiais e nem pelos teólogos cristãos comuns) que descrevem a criação conjunta e simultânea de Adão e Eva, a partir da separação dos sexos em um ser chamado Adam-Kadmon, o Ser Humano Primordial Hermafrodita.
A Antropologia Gnóstica aponta exatamente para o mesmo: a criação simultânea do homem e da mulher, com Adão e Eva simbolizando uma fase da etapa humana na Terra, quando há 18 milhões de anos houve, no então continente da Lemúria, a separação dos sexos entre homem e mulher a partir de um humano lemuriano primordial andrógino.
Outro ponto de vista, a Teoria Evolucionista, vislumbra a partir da ciência oficial, materialista e acadêmica, que não considera uma energia inteligente (ou divina) regendo o desenvolvimento da vida e das culturas humanas na Terra.
O Evolucionismo teve grande impulso com Charles Darwin em seu livro A Origem das Espécies (1859). Merece registro a co-participação na mesma época de Alfred Wallace que, apesar de pouco reconhecido e citado nos livros de história e até nos meios acadêmicos, chegou às mesmas ideias e conclusões de Darwin.
Nesta teoria, ainda muito defendida na atualidade por boa parte da comunidade científica acadêmica mundial, acredita-se somente na continuidade/evolução mecânica do mais capaz de adaptar-se ao meio-ambiente, o qual transmite estas habilidades adquiridas aos seus descendentes.
Quanto ao ser humano, a teoria evolucionista aventa ainda a existência de um ancestral comum para o homem e para algumas espécies de macacos. Ou seja, é errado dizer que no evolucionismo se defende que o homem descende do macaco, mas é certo dizer que esta teoria defende que ambos se originaram de um ancestral comum, meio animal, meio humano.
Fazendo um aparte gnóstico sobre este aspecto, nas tradições das culturas de ouro de antigas civilizações onde ciência e religião andavam juntas devido à maior consciência dos homens, podemos dizer que alguns macacos e antropoides simiescos foram gerados a partir de aberrações humanas, quando homens e mulheres degenerados fizeram sexo com animais e geraram seres meio humanos, meio animais. Dessa forma, não seria o ser humano e o macaco derivados de um ancestral comum, mas sim o contrário. Foi o ser humano com costumes sexuais degenerados que criou seres híbridos metade humanos, metade animais. Portanto, à luz da Gnose, o chimpanzé não é um macaco que evoluiu a partir de um ancestral comum com o homem, mas sim uma degeneração do homem a partir do cruzamento sexual do ser humano com símios.
Para o próprio Charles Darwin a ação de evoluir (literalmente “rolar” ou “ir para frente”) é apenas mudar biologicamente para se adaptar ao ambiente, não significando necessariamente se tornar melhor.
Por isso que na Gnose falamos de Evolução e Involução como os eixos mecânicos da Natureza, sendo necessário um terceiro vetor, a Revolução, para sair dessa mecânica roda de nascimentos e mortes inconscientes (a Roda de Samsara citada nos textos sagrados Hindus, onde age a Lei do Karma-Darma). O objetivo principal da Gnose é então a Revolução da Consciência.
Ao aqui nos referirmos a Revolução não o fazemos com a conotação de rebelião, tumulto, violência, mas sim no sentido de TRANSFORMAÇÃO PROFUNDA E RADICAL – a proposta do Gnosticismo. A ideia é de re-evoluir, tornar a evoluir, numa outra etapa ou nível, não mecânica e ao acaso, mas sim consciente e voluntária.
Voltando à teoria evolucionista acadêmica, muitos apontam várias fragilidades e lacunas na ideia, como a aceitação geral e indiscutível do chamado “elo perdido” ou achado fóssil do exato momento de transição entre o tal ser que teria originado homens e macacos a partir da árvore evolucionista de Darwin. Também pesquisas de DNA (o chamado Neodarwinismo) têm se debruçado nesta busca, para explicar os mecanismos da hereditariedade e da mutação, sem resultados consistentes e incontestáveis.
Há mais um ponto frágil e difícil de provar e acreditar ligado ao evolucionismo materialista: é o suposto sucesso do acaso, ao fazer a seleção e acertar (aleatoriamente) as bases genéticas e biológicas que levaram a seres tão desenvolvidos, inteligentes, sociais e tecnológicos como o ser humano atual.
Estamos aqui falando de desenvolvimento e evolução biológica, não de aprimoramentos psicológicos e espirituais, pois todos sabemos que a maioria da humanidade hoje, apesar de “biologicamente adaptada”, é primitiva, inconsciente, egoísta, hedonista e apartada dos valores divinos.
Por outro lado, reflexões mais profundas de cientistas geniais e famosos como Newton, Pasteur, Madame Curie, Leibinitz e Einstein sempre chegam às mesmas conclusões: é impossível explicar a criação do universo sem a atuação de uma inteligência superior externa; da mesma forma, não se pode conceber a evolução biológica humana sem a intervenção de saberes maiores (divinos) exteriores. Se a natureza fosse mecânica, burra e aleatória como supõem os cientistas materialistas, não haveria nem universo e nem vida, muito menos seres humanos. Vale dizer, nem você e nem eu estaríamos aqui.
Como terceira via, mesmo tendo surgido na comunidade cristã dos Estados Unidos como uma tentativa de continuar ensinando um NeoCriacionismo nas escolas, temos o ID – Intelligent Design (Desenho ou Projeto Inteligente), ideia que não deixa de possuir alguns elementos congruentes com os postulados gnósticos.
Cabe aqui o registro a nossos leitores: assim como os religiosos dogmáticos entendem o Evolucionismo Científico Materialista como frio, parcial e ateísta, os cientistas acadêmicos vêm o ID como uma pseudociência e até uma forma de negacionismo da ciência, pois o ID defende a existência de uma força transcendente e supranormal Inteligente ou Divina por trás da origem e desenvolvimento do homem na Terra. Isso tem suscitado inclusive disputas judiciais sobre o que ensinar nas escolas dos Estados Unidos, do Brasil e de vários outros países. São velhas recorrências, repetições, dos ignorantes embates medievais entre ciência e religião.
O ID se baseia na ideia de que as características do universo e dos seres vivos são melhor explicadas por uma Causa ou Agente Inteligente, e não por um processo não direcionado e aleatório, como a seleção natural.
William Dembski, um dos principais defensores do ID, afirmou que “existem sistemas naturais que NÃO podem ser adequadamente explicados em termos de forças naturais não-direcionais, além de exibirem características que em quaisquer outras circunstâncias nós atribuiríamos à inteligência”. Os defensores do ID argumentam que sistemas vivos apresentam grande COMPLEXIDADE, a partir do que eles inferem que alguns aspectos da vida somente podem ter sido “projetados” por uma inteligência superior.
Na Antropologia Gnóstica, ao estudarmos as tradições antigas de vários povos e épocas, constatamos três ideias sempre presentes: há um Criador, há uma Natureza ou ambiente que delineia o desenvolvimento dos seres vivos e há o próprio Livre-arbítrio do ser humano, que também participa da nossa jornada transformadora pela Terra.
Vemos, portanto, que a Antropologia Gnóstica não está para afrontar ou desdizer as visões Criacionista Bíblica ou Evolucionista Materialista, mas sim para complementá-las, ampliá-las, enriquecê-las e reorientá-las nos pontos cabíveis, uma vez que na Gnose buscamos a síntese a partir das teses, a visão global a partir das partes, vale dizer, dos indícios arqueológicos, das observações biológicas, das pesquisas genéticas, das tradições mitológicas, dos escritos teogônicos, das heranças filosóficas das culturas de povos antigos e também, muito importante, das experiências místicas diretas de mestres como Samael Aun Weor e Helena Blavatsky, que acessaram diretamente as memórias energéticas da natureza (os chamados registros Akáshicos).
Neste ponto, sintetiza magistralmente o sábio gnóstico contemporâneo, Samael Aun Weor: “A gnose não é ciência para céticos e incrédulos que se julgam auto-suficientes, mas sim para aqueles que têm coragem de ir além dos pensamentos comuns e cotidianos”.
Apresentamos aqui as três ideias – Criacionismo Religioso, Evolucionismo Científico e Desenho Inteligente, para que o estudante possa conhecer as principais linhas abordadas no mundo sobre a origem da vida e do ser humano.
No uso de sua própria inteligência e de sua herança cultural e religiosa, agora iluminadas pela luz do Gnosticismo, você poderá chegar às suas próprias conclusões.
Ao estudarmos a origem e o processo civilizatório histórico humano, nos vemos nele como indivíduos e podemos entender muitos dos movimentos atuais de nossa civilização, como as guerras, a má distribuição das riquezas, o radicalismo político, o autoritarismo, o uso inconsciente da tecnologia, a agressão à natureza e a reação do meio ambiente (catástrofes naturais), a exploração da fé pelas falsas religiões e várias outras mazelas sociais de nosso planeta.
Vemos também a beleza ao se entrelaçarem a Cosmologia e a Antropologia, quando os Sóis e os Planetas são grandes ambientes preparados para a manifestação e desenvolvimento das Mônadas Divinas que se transformarão gradativamente em elementais da natureza e em almas humanas.
Se você sente seu espírito se elevar com estes assuntos, procure uma Associação Gnóstica e se aprofunde nesses temas. São ensinamentos para a alma.
Tudo para permitir a maravilhosa existência humana, como ponte-pênsil entre os reinos elementais dependentes da natureza (sem consciência e livre-arbítrio) e a Divindade (a suprema consciência e liberdade).

            Sergio Geraldo Linke, engenheiro e líder gnóstico

Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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A Libertação do Ego e o Caminho para a Verdadeira Felicidade

A Libertação do Ego e o Caminho para a Verdadeira Felicidade Desde a Grécia Antiga até o cristianismo primitivo e o gnosticismo, o conceito de ego sempre esteve associado ao conjunto de defeitos psicológicos que acumulamos ao longo da vida. Esses defeitos são agregados à nossa psique pelos maus hábitos, pelo descuido com a própria mente e pela entrega desenfreada aos prazeres e ambições.Na psicologia primordial grega e na filosofia original cristã (Philokalia), o ego é compreendido como um conteúdo psicológico negativo que nos leva ao erro e ao “pecado”, afastando-nos da harmonia divina. Ele é a raiz do sofrimento humano. O Ego na Perspectiva Gnóstica O gnosticismo traz uma visão distinta do ego em relação à psicologia acadêmica.Enquanto na psicologia convencional o ego é um elemento fundamental da psique e não pode ser eliminado, no gnosticismo o ego representa nossos defeitos psicológicos — e deve ser eliminado para que alcancemos a verdadeira libertação.Samael Aun Weor, mestre gnóstico contemporâneo, sintetizou essa verdade ao afirmar: “O ego é a raiz do sofrimento”.Na jornada gnóstica, romper as correntes do desejo, do medo e das ilusões nos liberta da falsa identidade que construímos a partir do que possuímos, sentimos ou pensamos.O ego nos mantém presos em um ciclo incessante de busca e insatisfação, esperando que algo externo nos preencha. No entanto, a plenitude sempre esteve dentro de nós. O Verdadeiro Caminho para a Felicidade A felicidade genuína não se encontra em posses, reconhecimento ou prazeres fugazes. Ela nasce no silêncio da mente, na paz de um coração livre e na consciência desperta. Quando dissolvemos e eliminamos o ego, nos libertamos do sofrimento e acessamos um estado de plenitude infinita — uma felicidade que não depende de nada externo, pois emana da conexão com o Ser, nossa Essência Interior Profunda.Aqueles que transcendem as ilusões da mente experimentam um estado de paz imutável, amor incondicional e liberdade absoluta. Nada pode afetá-los, pois já não há nada a ser defendido ou temido. Não há mais carência, pois tudo já é completo. Não há mais ansiedade, pois o tempo perde sua importância. Não há mais dor, pois compreende-se que tudo sempre fez parte do grande plano da existência.Esse estado não é uma utopia inatingível — ele está ao alcance de todo aquele que se propõe a despertar.Muitas pessoas passam a vida em busca da fama, do reconhecimento e da acumulação de bens materiais. Conquistam tudo o que muitos desejam, mas, no fim, encontram-se vazias, mergulhadas em tristeza, depressão e doenças. A própria experiência nos ensina que a verdadeira felicidade nunca virá de fora, mas sempre de dentro.Não é o ter, mas o ser. A busca desenfreada por algo externo para preencher o vazio interior apenas nos afasta da plenitude que já habita em nós.Por isso, tantos seres iluminados vieram à Terra e, mesmo sem possuir nada, tinham tudo. Eles compreenderam que a riqueza verdadeira não está nas mãos, mas na alma, e, ao encontrá-la, não puderam fazer outra coisa senão compartilhá-la com o mundo.Como diz a máxima espiritual: “Aquele que possui a luz, ilumina os demais.” Assim, os grandes mestres não guardaram para si a essência divina, mas irradiaram amor, sabedoria e paz, transformando a vida de muitos. Eles não buscavam reconhecimento, pois já haviam encontrado a Verdade dentro de si.A felicidade real não é uma meta distante, nem uma conquista exterior. Ela é um estado de ser, acessível a todo aquele que se propõe a despertar.Quando cessamos a busca incessante por algo fora de nós e voltamos nosso olhar para dentro, descobrimos que tudo o que sempre procuramos já estava ali: a paz imutável, o amor infinito e a liberdade absoluta. O Chamado à Transformação e à Verdadeira Felicidade Nosso Pai Interno nos convida constantemente a essa liberdade, mas cabe a nós escolher ouvir esse chamado. Nossa Mãe Interna, o fogo abrasador do Espírito Santo, pode purificar nossa psique se a nutrirmos e reverenciarmos corretamente.A chave está na atenção plena, na auto-observação e na vontade inquebrantável de retornar à Verdade. A felicidade absoluta não é um destino distante, mas sim nosso estado natural, o propósito de nossa alma.Quando nos despimos das ilusões do ego, o que resta é apenas luz, amor e plenitude eterna. Esse é o verdadeiro sentido da vida: ser um com a Verdade, ser um com o Divino, ser infinitamente livre.As escolas gnósticas oferecem técnicas práticas, objetivas e eficazes para a eliminação do ego, permitindo o florescimento das Virtudes da Alma. Tudo isso de maneira didática, gradual e serena, sem fanatismos ou ilusões.Que tal, então, buscar a felicidade de forma profunda e perene, no caminho certo e com os métodos corretos? Manoella de Paula Pessoa Vieira é advogada einstrutora gnóstica da Associação Gnóstica de Fortaleza.

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A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR

A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR Quando estudamos as vidas de grandes homens e mulheres, como Samael Aun Weor, Jesus Cristo, Buda, Milarepa, Teresa D’Avila, Clara de Assis, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, padre Pio, irmã Dulce, Confúcio, Lao Tse, Paracelso, Joana Darc e tantos outros que perfumaram nossas civilizações , nos perguntamos….Por que nos lembramos deles ?O que nos faz lembrar deles ?Por que eles influenciaram sua geração e também muitas gerações posteriores ?Só há uma resposta: essa lembrança se perpetuou por aquilo que realizaram pelo próximo. São lembrados, em sua obra e sua doutrina, pela forma como isso impactou a humanidade, as pessoas.Recordamos do bem que fizeram, pois é pelas obras que se conhece o verdadeiro Ser Humano !O grande pesquisador e filósofo do século XX Samael Aun Weor nos ensina que o trabalho de todo servidor da divindade deve estar fundamentado em 3 fortes pilares:  morrer em si mesmo (eliminar seus defeitos), nascer em suas virtudes e servir a humanidade.Constatamos então que é no caminhar consciente pela existência (experiências que a vida nos proporciona, com suas pedras e flores) que poderemos “morrer” e “nascer”, mediante o imprescindível alimento que é o Servir a todos os seres.É impossível evoluir espiritualmente sem cooperar, sem servir!Certo dia, há muito tempo, voltando de sua longa caminhada pelas terras frias da Úmbria (Região da Itália), véspera de Natal, Francisco de Assis percebeu que as pessoas simples do lugarejo onde passava (símbolo de toda humanidade doente), ainda não compreendiam a essência daquela data. Então pediu licença a um estaleiro, um gentil homem, para usar um pequeno espaço externo em sua propriedade (estábulo). Depois também pediu a um pastor que trouxesse alguns animais. E o incrível: as pessoas, apesar do frio congelante do cair da tarde, começaram a chegar e chegar, maravilhados com a luz do entusiasmo de Francisco.E ele, em sua simplicidade, pediu a um jovem casal que lá estava que compusesse o cenário, colocando seu bebê na manjedoura, construída com simples palha e algumas folhas, e que também se colocassem ao lado dela. Sugeriu também o sábio de Assis que eles se ajoelhassem, cuidando da criança como joia delicada e preciosa.E então o milagre aconteceu: o céu resplandecente de um azul anil profundo mostrou sua beleza, fazendo brilhar sobre o estábulo uma linda estrela, que parecia compreender o que Francisco fazia.O astro resplandecente pairou sobre aquele estábulo cheio de vida, iluminando e cintilando de beleza.Todos os presentes, cheios de surpresa e curiosidade, silêncio e espanto, ouviram então as palavras de Francisco, que começou a lhes falar sobre o nascimento do Cristo.E assim nasceu o Presépio, marcante presença em todos os festejos natalinos em todos os países.Dessa forma simples e profunda serviu Francisco à humanidade, nos mostrando até hoje, através de um simples cenário com palhas, animais e personagens, o drama do nascimento do Cristo Intimo no coração dos homens e mulheres de boa vontade (Thelema).Da mesma forma também podemos falar de Milarepa, grande mestre budista que viveu no Tibete do século XII, e que após se libertar das mais profundas trevas de seus defeitos, realizou toda uma obra de serviço à humanidade, nas simples cavernas do Tibet, comendo urtiga, quase nu, sofrendo as terríveis agruras do frio intenso, as intempéries do clima. Nada interrompia a obra do grande santo tibetano: meditava, acolhia as almas sedentas de luz, sem bens, sem comida, sem vestes. Serviu e orientou centenas e milhares de pessoas, mostrando que, para servir, só é preciso Amar o Amor.Ah, e houve tantas mulheres Servidoras… Que tal representá-las em Teresa d’Avila, mestra da oração ? Com sua rebeldia e sua força mostrou aos prelados de uma época conturbada (Espanha do século 16 – época negra das pestes e da Inquisição) como é servir e construir uma obra, mesmo com tantas forças contrárias. Ela reformulou uma ordem decadente (a do monte Carmelo), enfraquecida pelas paixões humanas.Como mestra da oração, lutou de forma intensa contra suas próprias debilidades e defeitos psicológicos (tentações) para, junto com seu Amado João da Cruz, buscar restabelecer as bases cristãs puras para o mundo. Samael Aun Weor, um dos maiores escritores espiritualistas do século XX que através de seus grandes sacrifícios – possui mais de 100 livros editados – se esmerou em ensinar as diferentes formas de servir e amar, e mostrou que o suprassumo de todo serviço está em poder e saber ensinar ao ser humano o Despertar da Consciência, e manifestar o Cristo Social em sua própria vida. E observe: Samael abdicou de qualquer lucro sobre direitos autorais de seus livros: nasceu e viveu de forma pobre materialmente, mas adquiriu e distribuiu infinitas riquezas espirituais.Vamos conhecendo essas belas histórias e algo dentro de nós se mexe, podendo até nos levar a justificativas e evasivas: Eram uns loucos irresponsáveis.Eram incumbidos e protegidos por Deus.Eles eram mestres! Tinham consciência desperta.  Sabiam o que fazer e como servir.E nós, tão longe da magnificência desses mestres, como podemos realizar algo útil para a humanidade? Como servir? Pensamos assim por que queremos ser grandes antes mesmo de desabrochar!Todas as grandes árvores um dia foram uma simples semente.E para uma semente se tornar árvore, ela tem que conhecer a escuridão da terra, sofrer sua pressão, quebrar a casca que a limita, explorar o mundo além da terra.Construir raízes, caule, folhas, flores, receber a luz do Sol e transformá-la em substância física. Tudo isso para crescer, crescer e se tornar grande, exuberante, e então dar frutos, e dos frutos novas sementes, conduzir a vida !!Toda grande árvore um dia já foi uma tenra plantinha que trabalhou muito e pacientemente, sem reclamar, sem almejar mais do que precisava, confiante nas leis da natureza e do universo, que sempre cuida de seus filhos.Para servir precisamos ampliar nossa visão de “mundo” e ver a realização da vida sob o ponto de vista do universo e suas leis, da natureza e sua sabedoria.Observemos a natureza como ela serve a todo instante, silenciosa, amorosa, dedicada.Constatemos em nosso entorno, agora mesmo, a sala onde

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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