A Simbologia Gnóstica do Natal

A SIMBOLOGIA GNÓSTICA DO NATAL

A Gnose sintetiza o conhecimento expresso na ciência, na filosofia, na arte e na espiritualidade, objetivando ensinar técnicas psicológicas e metafísicas para despertar no ser humano seu imenso potencial adormecido.

Dentre as ferramentas ensinadas pelo Gnosticismo está a Simbologia Oculta, a qual permite captar o significado misterioso dos valores universais e dos códigos iniciáticos contidos em livros, músicas, monumentos, estátuas, pinturas, esculturas e tantas outras manifestações artísticas e culturais do gênio humano.

Antes da era Cristã houve gnósticos entre os egípcios, caldeus, chineses, maias, celtas, gregos e vários outros povos. Nos primórdios do cristianismo, antes da Igreja Romana ser formada no século IV pelo decadente Império Romano, houve várias correntes cristãs e dentre elas o Gnosticismo era a mais importante. Surgiram então gnósticos famosos como Justino, Basílides, Valentin, Cérdon, Teúdas e muitos mais. Estes sábios gnósticos foram taxados de hereges e expulsos da recém formada seita romana, justamente por defenderem ideias como a não necessidade de intermediários para se chegar a Deus, a igualdade entre o homem e a mulher e que Jesus não “nasceu pronto”, mas se formou em trabalhosos e precisos processos iniciáticos de auto-evolução anímica.

Com a necessidade de se proteger os mistérios crísticos das pseudo-teologias e adulterações bíblicas com finalidade política, muitos dos mistérios gnósticos do Natal foram velados em símbolos que, graças a Deus, sobrevivem até nossos dias.

Vários desses arquétipos não estão presentes apenas no Natal Cristão, mas também em outros povos, culturas e religiões, onde se comemora o Natalício de um Filho de Deus, ou a manifestação física entre os homens da própria Divindade, como é o caso de Osíris no Egito, Mitra na Pérsia, Quetzalcoatl no México asteca, Inti entre os povos andinos, Krishna para os hindus, Fo-Ji na China… e tantos outros.

Para se compreender os símbolos natalinos em sua integridade é necessário ampliar o entendimento do que é o Cristo. A Igreja Romana introduziu o falso conceito de que Cristo foi apenas Jesus e que somente Ele foi o filho Uno-de-Deus.  O que os gnósticos de todos os tempos sempre conservaram foi a sabedoria de que, além do Cristo Cósmico (o Logos Solar), do Cristo Histórico (Jesus de Nazaré, por exemplo), do cristo Mitológico (Osíris, Krishna, Mitra etc), há o Cristo Íntimo – uma parte de nosso próprio Ser Interior Profundo que precisa nascer de uma Virgem (nossa Mãe Divina, Stela Maris) e num estábulo (entre os animais que representam o ego, nossos desejos e apegos). A este Cristo Íntimo os gnósticos cristãos denominaram Salvador Salvandus.

Por isso sintetizou belissimamente o mestre gnóstico contemporâneo Samael Aun Weor: “De nada terá valido o Cristo ter nascido em Belém se não nascer também em nosso coração”.

Passemos então a alguns dos principais símbolos do Natal, com sua interpretação gnóstico-cristã-primitiva.

A DATA DE 25 DE DEZEMBRO

Esta data era comemorada desde eras remotíssimas, quando se faziam homenagens e festas cerimoniais em honra ao renascimento do Sol, o Solis-Invictus (invencível), a cada solstício de inverno no hemisfério norte, que ocorre no final de dezembro. O Natal é, portanto, antes de tudo, uma Festa Solar, uma cerimônia ao Doador de Vida, à Luz e ao Nascimento daquele que nos brinda a vida e nos salva do erro, do pecado e da escuridão. A Igreja ocidental tomou “emprestada” esta data dos chamados povos “hereges”. Veja que incrível: o Natal é uma festa pagã solar que se tornou cristã personalizada.

O PAPAI NOEL

O bom velhinho que nos traz os presentes representa a própria Divindade Interna, o Pai Interno ou Kether como dizem os gnósticos cabalistas, que nos dá virtudes se “fomos bons durante o ano que passou”, ou seja, nos oferece dons se bem utilizamos os talentos que o Altíssimo nos brindou. Isso no oriente, é chamado de recebimento de Dharma pelo bom uso do livre-arbítrio. Infelizmente, na atualidade a maioria das pessoas está completamente afastada de sua divindade interna e dos desígnios da Lei Divina. O modo de viver materialista para uns e a mera exaltação ao Cristo Histórico, para outros, fez esta humanidade se esquecer do Cristo Íntimo, do Natal do Cristo do Coração.

A MAMÃE NOEL

Viva representação da Mãe Divina Particular de cada um de nós, Binah, que ao lado do Pai Interno Kether rege todo o nosso universo espiritual interno. Carinhosa, amorosa e sábia, ela é a autora velada de nossos dias, quando nos devotamos a ela e agimos de acordo com nossa consciência. As pessoas que se entregam ao seu ego deixam de ouvir sua Mãe Divina e caem no erro. A Mamãe Noel é a própria representação Natalina de Maria, Maia, Ísis, Insoberta, Cibele, Kwan-Yin, Tonantzin, Amaterasu.

OS DUENDES

Os auxiliares do Papai Noel, em sua fábrica de brinquedos e para a entrega dos presentes, representam nossos corpos físico, etérico, emocional e mental (os 4 corpos inferiores e mais densos), os quais devem participar incansavelmente das ações virtuosas emanadas do Pai Interno para que nossas palavras, pensamentos e atos reflitam as virtudes da alma (os presentes do Papai Noel). Estes presentes-virtudes devem ser distribuídos a todos, como Serviço Voluntário de Amor Desinteressado pela Humanidade.

O PRESÉPIO

Instituído na Cristandade por São Francisco de Assis no século XIII, o arranjo de estátuas representando o nascimento do Cristo é repleto de simbolismos. Desde o próprio local de nascimento (uma manjedoura num estábulo), que representa nossa condição de pobreza espiritual atual, até o casal divino (Maria e José são as vivas representações de nossa Mãe Divina e nosso Pai Interno). Os animais ao redor do Divino Menino denotam nossos defeitos humanos (preguiça, orgulho, inveja, gula etc.). Um Cristo sempre nasce de um Casal santo, de uma Mãe casta, no meio da pobreza e dentre os animais. É adorado nos céus e na Terra.

OS TRÊS REIS MAGOS E OS PRESENTES DE OURO, INCENSO E MIRRA

Representam não somente os Reis (governantes) e Magos (mágicos ou Sacerdotes) dos povos da Terra que vieram adorar o Cristo Nascente, mas também as fases iniciáticas pelas quais passam os caminhantes do sendeiro crístico: o Rei Mago de cor Negra representa a morte mística ou a eliminação de nossos defeitos psicológicos; o Rei Mago de cor Branca denota o direito a usar as brancas vestes do espírito, conquistadas pela pureza e trabalho iniciático intenso; o Rei Mago de cor Amarela nos recorda o poder de salvar os povos, a capacidade real e redentora do Cristo. Esses três matizes foram muito utilizados na alquimia europeia e persa, quando eram chamados de “Cores ou Etapas da Grande Obra”, principalmente nos textos de Flamel&Perenelle, Sendivogius, Gueber, Cornelio Agripa, Basile Valentim e Paracelso. Os presentes oferecidos ao Infante-Messias pelos Regentes-Sacerdotes também simbolizam as etapas de cristificação e a própria missão do Salvador: a Mirra sempre foi utilizada em ritos funerais, trazendo a sabedoria da necessidade de renovação ou Morte da parte Humana (o ego) para que o Cristo (Salvador Salvandus) nasça; o Ouro evoca a própria realeza incorruptível do Cristo, alcançada por intensos trabalhos de transmutação, o que numa linguagem gnóstica está relacionado aos Corpos em Ouro do Iniciado que transmuta suas energias criadoras; o Incenso, por seu poder compartilhador, purificador e de conexão com a Divindade, é o próprio trabalho de Serviço ou Caridade Universal a ser empreendido por todo Cristificado.

AS LUZES

Onde há luz não há trevas. Por isso todos os povos antigos cultuavam o Sol como expressão visível de Deus. A própria palavra Deus vem do grego Theos, que significa o dia, a luz. Portanto, as Luzes de Natal homenageiam não só Jesus, mas também prenunciam a vinda da Luz, do Sol, do renascimento da estrela que nos ilumina, a partir de 25 de dezembro (no hemisfério norte) quando o Sol recomeça seu caminho de fortalecimento (rumo ao verão) para aquecer, iluminar intensamente e dar vida ao mundo. Esotérica e astronomicamente falando, o Natal no hemisfério sul é no mês de junho, quando temos nossas Festas de São João.  As luzes de Natal estão representadas não somente nos modernos enfeites de led que tão belamente ornam nossas fachadas e decorações de Natal, mas também nas Velas de Natal que são acendidas na noite de Natal.

OS PRESENTES

Como o próprio nome diz, os presentes são benesses ou dons concedidos pela Divindade para que a pessoa os utilize, seja reconhecendo a Deus, seja trabalhando no compartilhar desses dons com os semelhantes. Por isso, em todas as culturas solares ou de ouro (aquelas não corrompidas espiritualmente), os presentes são oferecidos como símbolo das Virtudes que a Divindade nos oferece para que por Sua Obra trabalhemos. Dar um presente a alguém significa considerá-lo, lembrá-lo, reconhecê-lo como querido, vinculá-lo a nós, ajudá-lo, dar-lhe nossos votos de sucesso, dizer que nele confiamos e que o amamos. Presentear no Natal é compartilhar as Graças que Deus nos deu.

O PINHEIRO OU ÁRVORE DE NATAL

As árvores sempre representaram o estado humano e o caminho à Divindade. Por estar ligada ao submundo invisível (com suas raízes), buscar o céu com seus galhos e nos dar seus frutos, as árvores estão presentes em várias litanias e símbolos religiosos: na Figueira onde Buda se iluminou, na Oliveira tão citada nas metáforas de Jesus, na Yggdrasil dos nórdicos, na Ceiba sagrada dos maias. O pinheiro, como símbolo da Era de Aquário iniciada em 1962, denota com perfeição a chamada Otz-Chiim, ou Árvore da Vida da Cabala, com seus sefirotes ou emanações divinas no cosmos e no próprio ser humano. Cada séfira é uma Virtude a ser colocada para Ornar nossa Árvore de Natal Interna (nossa árvore cabalística pessoal).  As bolas luminosas na Árvore de Natal representam nossos Sefirotes ou Virtudes Divinas resplandecentes.

OS SINOS DE NATAL

Os sinos de Natal nos chamam para o despertar da consciência, nos convocam para compreender com profundidade que o ser humano possui uma alma e um espírito que podem, mediante trabalhos conscientes de aprimoramento iniciático, chegar à Cristificação. Na alquimia medieval os sinos tinham profundo significado alquímico: o corpo do sino representa o útero e os badalos denotam as gônadas masculinas… da interação vibrante e amorosa dos dois nasce o anúncio do Natalício do Menino de Ouro da Alquimia.  A Pedra Filosofal nasce do enlace ígneo do Cadinho com o Matraz, do falo com o útero, da retorta com o forno, do Sino com o Badalo. Nos sinos do Natal está a chave para a Cristificação. A sagrada e casta união sexual entre o homem e a mulher para que o Cristo Nasça de um Pai Virtuoso e de uma Mãe Imaculada.

OS DOCES

O doce sempre foi ligado ao céu e a uma premiação às boas almas, enquanto o acre ou amargo denota castigo e até o inferno. Por isso os livros sagrados citam manás, manjares e até o mel como o alimento dos deuses. A energia, pureza, poder purificador e regozijo contidos no mel, por exemplo, representam o caminho espiritual ascendente, positivo e celeste. Por isso os doces de Natal, seja nas iguarias alimentares ou nas bengalinhas doces da árvore de Natal trazem a mensagem subliminar de premiação ao menino(a) que cada um de nós traz dentro (nosso próprio Real Ser Interior Profundo).

A ESTRELA

A Estrela Guia conduz o iniciado pelo deserto da vida, para que cada etapa (os Reis Magos) encontrem o Menino-Deus (o Salvador Salvandus ou Cristo Íntimo) e o preparem com os Presentes Sacerdotais (o Ouro, o Incenso e a Mirra). Assim preparado, o Cristificado poderá realizar sua missão redentora pela humanidade. Por isso Samael Aun Weor ensina que Cristo é o Raio que nos une ao Absoluto. Da mesma forma, os Cabalistas Gnósticos citam que dentro de cada ser humano há um raio divino (Paranishpana) que anela voltar à sua estrela.

O TRENÓ E AS RENAS

O veículo do Papai Noel tanto serve para levá-lo aos céus quanto é instrumento de trabalho para distribuir os presentes. Carros voadores e veículos fantásticos sempre estiveram presentes nas tradições iniciáticas de todos os povos. Desde o Elias bíblico até a Mercabat cabalista, para se empreender obra gnóstica redentora é necessário conquistar o trenó alado (os corpos superiores ou solares de manifestação física, mental e emocional) e com renas potentes e obedientes (os instintos). Tudo isso, repetindo, para entregar os presentes (virtudes) na forma de serviço desinteressado pela humanidade.

A CEIA DE NATAL

Os rituais de comensalidade talvez sejam o maior dos mistérios de todas as religiões. Partilhar o frutos da Terra e do Sol (a energia infundida no grão de trigo ou de uva, por exemplo) denota a própria transubstanciação do Crestos Cósmico (o Logos Solar), sintetizada na Unção Eucarística dos gnósticos-cristãos. Mas ritos de refeição comunitária permeiam todas as tradições: entre os maias havia pão de milho e água de mel; entre os egípcios compartilhava-se pão de trigo e cerveja; os orientais utilizam pão de arroz e vinho de arroz (saquê); para os povos mediterrâneos foram consagrados o pão de trigo e o vinho de uvas. Por isso a Ceia de Natal se reveste de um simbolismo todo especial: ela nos ensina que a Energia do Cristo, o Salvador recém-nascido que veio para que todos tenham vida, deve ser compartilhada em honra do Doador de Vida.

Queremos crer, estimado leitor, que agora de posse dessas informações sobre o simbolismo iniciático-gnóstico do Natal você possa viver esta festa universal em todas as suas esferas, fazendo-a vibrar mais intensamente entre seus amigos, seus familiares, seus desconhecidos… mas principalmente na Intimidade do seu próprio Templo-Presépio-Coração.

Que venha o Natal do Salvador Salvandus no coração de cada homem e de cada mulher de Thelema (Boa Vontade), para que haja Paz na Terra e Glória a Deus nas alturas !

Sérgio Linke é engenheiro, executivo do mercado financeiro e presidente da Associação Gnóstica de Fortaleza

Pai-Mãe Divino – Oração Pai Nosso (parte 3)

A Oração do Pai Nosso: “a busca de uma profunda amizade com quem sabemos que nos ama” (**) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino. Na parte 2 estudamos as 7 Funções Sagradas do Eterno Masculino e do Eterno Feminino de Deus, vendo estas manifestações nas ações divinas concretas em nossas vidas. E finalizando essa “trilogia”, elaboramos esse artigo para orientação de Meditação Mística Gnóstica, onde cada frase deve ser refletida, meditada, pois foi inspirado e desenvolvido com base nos livros dos Mestres Samael Aun Weor, especialmente no Livro Catecismo Gnóstico (trecho marcado com * no texto),  na obra de Teresa D’Avila, em especial no  livro Caminho de Perfeição (marcado com **), na obra de João da Cruz, nos ensinamentos de Jesus, em especial no Sermão da Montanha (marcado com ***), assim como de todos os demais seres iluminados que nos ajudam constantemente a trilhar o caminho da Iniciação. Continuemos, portanto, nossa jornada, onde veremos um maravilhoso método de Conexão com o Pai, ensinado por Jesus e conhecido como a Oração do Pai Nosso. Antes de iniciar sua vida pública, Yeshua Ben Pandirá (Jesus) passou 40 dias de silêncio e meditação no deserto, marcando as colinas de Kurum Hattin (próximas ao lago de Genezaré), com sua primeira mensagem divina. Foi nesse lugar onde Ele proferiu o que conhecemos hoje como “o Sermão da Montanha”. Todo esse belíssimo texto pode ser encontrado no evangelho de Matheus capítulos 5 a 7. O texto é composto de ensinamentos esotéricos profundos, apesar de ter sido proferido em campo aberto a todos que lá estavam. O Sermão da Montanha, para ser compreendido, deve ser meditado, deve ser lido com a alma, para que assim possamos ouvir o nosso Sermão da Montanha Interno, que há de ser proferido pelo nosso Cristo Íntimo. Ele é integralmente espiritual e cósmico; não é uma teoria que devamos crer, mas sim uma realidade que devemos “Ser”. Diz Uberto Rohden: “Nele se encontram o oriente e o ocidente, o brahamanismo e o cristianismo e a alma de todas as grandes religiões da humanidade por que é a síntese da mística e da ética, que ultrapassa todas as filosofias e teogonias meramente humanas”. É no evangelho de Matheus (capítulo 6) onde o Salvador nos ensina como podemos nos comunicar e conectar com o nosso Pai Interno, e com o Pai de nosso Pai, ditando a primeira Oração da era cristã: O Pai Nosso! Essa oração é um verdadeiro tesouro capaz de nos elevar ao mais profundo êxtase se pronunciada com devoção e profundo Amor. Façamos então consciência de sua dádiva para usufruir dos dons que ela nos proporciona, nos recolhendo internamente, libertos das amarras do mundo e seguindo as orientações de Yeshua Bem Pandira, quando diz: Quando orares, entra no teu aposento, e fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em oculto; e teu Pai, que vê em oculto, te recompensará. (**) Porque vosso Pai sabe o que vos é necessário, antes mesmo de pedirdes. (**) E fala assim…. PAI NOSSO QUE ESTÁS NOS CÉUS SANTIFICADO SEJA O TEU NOME VENHA A NÓS O TEU REINO SEJA FEITA A TUA VONTADE ASSIM NA TERRA COMO NOS CÉUS O PÃO NOSSO DE CADA DIA NOS DÁ HOJE Porque tu és o doador de todos os bens meu Senhor! (**). PERDOAI AS NOSSAS OFENSAS ASSIM COMO PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO E NÃO NOS DEIXEIS CAIR EM TENTAÇÃO, MAS LIVRAI-NOS DE TODO MAL, AMÉM Heloisa Pereira Menezes é nutricionista, profissional de logística do mercado financeiroe instrutora de Gnose da Associação Gnóstica de Fortaleza, março de 2025

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Pai-Mãe Divino – suas Funções Sagradas (parte 2)

PAI-MÃE DIVINO – SUAS FUNÇÕES SAGRADAS (PARTE 2) Na parte 1 deste artigo que trata dos Mistérios do Pai-Mãe Divino, abordamos a beleza da unicidade da manifestação da criação, manifestando-se de forma complementar e cooperativa em seus lindos aspectos masculino e feminino, estendendo-se pela esfera da criação desde o cosmos sideral até o microcosmo humano. Continuando nossa jornada na construção de uma sagrada interação amorosa, real e criadora, vejamos agora as Funções do ETERNO MASCULINO DE DEUS e do ETERNO FEMININO DE DEUS. Todos esses aspectos (masculino e feminino) agem no mundo em todos os cosmos (ordens ou dimensões do universo), e podem se expressar através de 7 funções sagradas. Assim como as funções do Eterno Feminino de Deus (EFD) estão ligadas à nutrição, à interiorização, à força centrípeta (para dentro), as funções do Eterno Masculino de Deus (EMD) estão ligadas à expansão, ao movimento exterior, à irradiação ou às forças centrifugas, que se expandem, as forças emissoras do universo (a Respiração de Brahama). Vamos então agora entrar na barca do conhecimento e navegar pelas 7 funções sagradas do Eterno Feminino e Masculino de Deus para poder vislumbrar no horizonte de nossa existência, a terra firme da Sabedoria. 1- GERAR Vamos imaginar os primeiros instantes da maravilha da criação do universo.O instante inicial onde nada existia: somente o “Deus desconhecido”, denominado também como Agnosthosteos, Aquele que encerra todo o poder, toda luz, toda escuridão, tudo que foi, é e será.É o PAI-MÃE – o Imanifestado.Nesse momento surge então a primeira grande lei do universo que é a vontade de Deus de crear. É nesse instante que esse Creador se divide em PAI E MÃE.A Mãe é a matéria primordial, o substrato, a atração para amalgamar; já o Pai é a energia primordial, o movimento, a expansão para disseminar.E o amor que os une é o Espírito Santo Cósmico , o amor do Filho, do Cristo, da vida, da união. Aquele que une, que constroi.Nessa conjunção perfeita do Pai Cósmico, da Mãe Cósmica e do Espírito Santo Cósmico é que  o grande Pai e  Mãe exercem sua 1ª função sagrada: GERAR Gerar a vida no útero de sua amada, e assim crear tudo o que há no universo: os mundos, sóis, planetas… É aí que se encontra a essencia da Lei da Criação, a Lei do 3 , o gnóstico Triamazikamno – que significa, o três criando através do amor. Por correspondência no ser humano, assim como o óvulo na mulher aguarda a chegada do espermatozoide para que a geração se efetue, o EFD, a mãe Terra, a mãe planeta, aguarda os raios do Pai Sol para que a vida seja gerada em seu ventre (a Terra).É lindo imaginar que no plano macrocósmico a função de gerar do EMD implica em irradiação, em movimento, em busca para encontrar o óvulo, encontrar a Terra (e a terra) para que os raios do sol possam penetrá-la. Ele só cria se encontrá-La; Ela só cria se encontrá-Lo. E a Vontade de Deus é justamente permitir que isso aconteça : “o beijo de amor creador”. Um exemplo prático desse amor pode ser constatado na fotossíntese que é o processo que transforma a energia luminosa do Sol em energia química, transmutando elementos e produzindo oxigênio e açúcares. Nós Seres Humanos e a maioria dos outros seres de nosso planeta somos totalmente dependentes desse ato de amor! Ao PAI compete buscar, ir além, movimentar, buscar alimento. E é por isso que temos sempre ligado ao homem o arquétipo da caça, o arquétipo de “sair de casa” para buscar o alimento; e o arquétipo de “ficar em casa”, no lar, sempre ligada à mulher, cuja função de nutriz é aguardar o alimento que deve ser trazido pelo macho para assim poder prepará-lo e distribuir à família, ao grupo de seres abrigados pelo lar, seja ele uma casa num bairro simples, uma mansão milionária, a cidade em que moramos, nosso próprio planeta ou todo o Universo com seus bilhões de galáxias. Claro que são exemplos da natureza como um todo e que se adaptam conforme os costumes etc. Mas queiramos ou não, gostemos ou não, são responsabilidades Universais que temos que assumir perante as Leis e administrar. Isso não significa que, no âmbito humano, a mulher não possa estender suas funções e o homem não deva ampliar seus deveres. 2- GESTAR e SUSTENTAR         Ao gerar, todo pai sabe que cabe a ele sustentar seu rebento, seu filho. Portanto, assim como em sua 2ª função a Mãe Divina gesta, ou seja, prepara sua cria no seu ventre, o Pai Divino tem como 2ª função sustentar sua família, sua prole. Trazer o alimento, trazer a luz do Sol, aquecer, trazer aquilo que a Mãe precisa para gestar. Apesar da vida se desenrolar no ventre da Mãe, é o Pai, no seu sagrado ofício, quem trabalha constantemente para que a vida de seu filho seja provida de alimento físico e espiritual. A luz do Sol busca a Terra, a penetra, permitindo tanto o início da vida como o sustentar de toda vida. Eis aí o grande segredo da transubstanciação, da eucaristia onde o Pai Sol impregnando com sua energia sagrada o trigo e a uva, sustenta seus filhos no caminho espiritual. Esta é a Liturgia da Vida, a qual, no âmbito das comunidades humanas, pode ser despertada mediante a sábia operação da magia gnóstica. Essa luz do Pai é o sustento energético, sem o qual nenhuma vida existe, pois, essa é a luz da vida que permite a realização dos processos bioquímicos e fisiológicos em todo ser e que vão ser processados pela Mãe na sua função de gestar. Da mesma forma é Ele quem alimenta, quem sustenta os nossos processos espirituais sagrados que serão imprescindíveis para nosso crescimento interno. PAI e MÃE são a unidade múltipla e perfeita, são o 2 em 1 e o 1 em 2 (Duo in Uno – Uno em Nihilo). Um não existe sem o outro. Eles coexistem em perfeição. Esse é o casal divino!

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Pai-Mãe Divino – os Mistérios do Uno (parte 1)

PAI-MÃE DIVINO – OS MISTÉRIOS DO UNO (PARTE 1) A grande maioria das pessoas que compõem nossa civilização ocidental, muito provavelmente tiveram uma formação religiosa onde “Deus” é visto como um ser antropomórfico, autoritário, vingativo e claro, masculino.Isso é um reflexo de séculos e séculos de uma conduta equivocada e deliberada, tanto da sociedade como de todas as estruturas filosóficas, religiosas e sociais vigentes, nos diversos momentos de nosso passado.Na Gnose sabemos que Deus é Pai e é Mãe, e que um não existe sem o outro.O mestre gnóstico Samael Aun Weor nos ensina que os movimentos mecânicos, tanto dos indivíduos quanto da sociedade, são regidos por uma lei chamada de A Lei do Pêndulo, onde em um momento estamos num extremo e logo depois nos colocamos no ponto antagônico a ele (no extremo oposto).Portanto, da mesma forma que no passado, durante muito tempo, nos dedicamos a um “Deus Pai”, agora corremos o risco de nos direcionarmos, ou melhor, nos identificarmos e valorizarmos somente um “Deus Mãe” (como vemos hoje em muitos grupos equivocados, onde o homem, o elemento masculino, é retirado e somente a mulher é valorizada e aceita).Deus é unidade, não se divide.Deus se manifesta isso sim, em diversos aspectos, dentre os quais alguns são de responsabilidade da Deusa-Mãe e outros do Deus-Pai. Simplesmente uma questão de ordem.Assim que, em tudo que fazemos, pensamos, projetamos etc., devemos buscar o equilíbrio, o fiel da balança, como forma de manifestar as duas forças dessa unidade múltipla e perfeita.Falar da Mãe é também falar do Pai.Todos os aspectos e funções de cada um deles são complementos perfeitos um do outro.Enquanto não tivermos isso profundamente arraigado e compreendido, sofreremos de uma sociedade abusiva, intolerante e irracional.E como nos aproximar desses aspectos divinos? A resposta se encontra na reflexão de outra questão: Como agimos quando queremos fazer amizade com alguém?Começamos por nos aproximar dessa pessoa, prestar mais atenção nela, nos interessar por seus hábitos, seus gostos, suas atitudes, seus valores etc.Inicialmente buscamos de forma inconsciente uma complementação, ou um exemplo para nos espelhar e nos ajudar a caminhar, seja qual for o caminho, e se essas características forem adequadas às nossas expectativas, nossa admiração aumentará.  Então tudo o que essa pessoa fizer ou pensar será importante para nós.Começamos depois a trocar ideias, opiniões, conselhos, e nessa troca constante e amigável nascerá uma amizade.Da mesma forma será com a nossa Mãe Divina e com nosso Pai Interno.Comecemos por nos aproximarmos deles (reaproximarmos) através da atenção constante em suas manifestações. Estudá-los em todos os seus aspectos e funções. Ver sua ação na realidade do mundo que nos cerca, interna e externamente. Buscá-los dentro de nós com palavras simples, mas sinceras. Confiar na graça divina de que seremos ouvidos e atendidos no melhor para todos nós.Aos poucos, os ouvidos do nosso coração irão se abrindo, e seremos capazes de ouvir a Sua Voz Suave e silenciosa em absolutamente tudo.Para Teresa D’Avila isso se chamava “oração”, que nada mais é do que construir uma intimidade, uma amizade sincera e profunda com Aquele ou Aquela que sabemos que nos amam.É assim que nos aproximamos de Nossos Pai-Mãe Internos. É assim que mais além de conhecê-los, iremos vivenciá-los.Que tal então iniciar isso agora mesmo, lendo e refletindo sobre seus aspectos e funções? Vamos lá…. Para começar, vamos relembrar os Aspectos da Mãe Divina, do Eterno Feminino de Deus, e assim ampliar nossa compreensão do TODO DIVINO PAI-MÃE, que são expressões que transcendem formas religiosas ou meras opiniões. Por simples correspondência às Leis do Universo, é no feminino (mulher na representação humana) onde se inicia todo processo de vida, da formação de um novo ser. Ela gera, gesta, dá à luz ao rebento, alimenta-o, cuida, educa etc. Por isso o 1º aspecto da Grande Mãe é a Mãe Cósmica, aquela que gera e gesta seus filhos (sóis, planetas, mundos etc.). Aquela que através da sua matéria primordial forma tudo o que há em seu ventre profundo. A Grande noite Cósmica. Ela também cria a gravidade e por isso, tudo vai se especializando, se afunilando, se particularizando, para cuidar de seus filhos de maneira mais atenta. Então vemos surgir seu 2º aspecto, a Mãe Natureza. Natureza não só do planeta Terra, mas de todos os seus filhos. Cada um a tem perto de si, cuidando em suas especificidades e necessidades. E esse cuidado vai se fortalecendo ao se desdobrar como 3º aspecto: a Mãe Particular (de cada SER); e no 4º aspecto: a Maga Elemental, que cuida de nossa fisiologia e por fim no 5º aspecto: a Mãe Morte, Senhora de todas as transformações. Se por um lado temos uma Mãe Divina Cósmica, que representa a gravidade, a matéria, a Mater (mãe) do universo, por outro lado temos um Pai Cósmico que representa toda a expansão do universo, a irradiação, a energia do universo. Se temos uma Mãe Divina da Terra que é a Mãe Natureza, temos um Pai Divino do céu, o Pai Sol, o Pai da luz, o Pai irradiador que tudo nutre. Ele é o fogo do céu penetrante e quente, e a Mãe Divina é a água do planeta – dúctil, receptiva e adaptativa. Se temos uma Mãe Divina Interna uma Mãe Cósmica Particular, que nos acompanhada de instante a instante e que é nossa confidente e amiga, também temos nosso Pai Interno, um Pai Cósmico Particular que nos inspira e que é nosso herói Divino. Se temos uma Mãe Morte , a grande transformadora que se expressa e age em todos os cosmos e mundos, que nos acompanha internamente nos processos pós morte, temos  também Nosso Pai Morte, que sempre acompanha a grande Mãe Morte; Ele é nosso kaon interior (o acompanhamento da lei divina dentro de nós, um aspecto de nossa consciência), que representa a lei dentro de nós, que representa os lipikas que registram nossos atos e que nos julga internamente nos tribunais do karma, e nos orienta nos processos de retorno; Ele é também aquele que nos dá o Donun Dei, a

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Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior

Biomúsica e Terapia das Imagens: A Harmonia da Música e dos Símbolos na Transformação Interior A Biomúsica e a Terapia das Imagens são abordagens terapêuticas inovadoras que integram música, imaginação e simbolismo para promover equilíbrio emocional e paz interior. A música, há milênios, é reconhecida como uma ferramenta de cura, capaz de despertar emoções profundas e transformar estados internos. Quando associada à visualização guiada e à exploração de imagens simbólicas, torna-se um poderoso meio de acessar o inconsciente, dissolver bloqueios e estimular a renovação interior. A Biomúsica tem suas raízes nas tradições ancestrais que usavam ritmos, cantos e instrumentos para induzir estados alterados de consciência e promover curas espirituais. No século XX, essa prática foi sistematizada como um método terapêutico que estimula a expressão emocional, melhora a saúde mental e fortalece o vínculo entre corpo e mente. Já a Terapia das Imagens se baseia no estudo do inconsciente coletivo, conforme proposto por Carl Jung, e no uso de arquétipos e símbolos para ressignificar experiências e integrar aspectos ocultos da psique. Na tradição gnóstica, Samael Aun Weor enfatizou o poder da arte como um dos pilares do desenvolvimento espiritual. Ele ensinou que a música superior e os símbolos arquetípicos podem atuar como portais para a transformação interior, permitindo que o buscador acesse estados elevados de consciência e compreenda realidades ocultas. Através da música e das imagens, é possível entrar em sintonia com forças superiores e receber inspiração direta do mundo espiritual, como acontece nos grandes mitos e nas visões dos iniciados. Os benefícios dessas abordagens são vastos: redução do estresse e da ansiedade, ampliação da criatividade, maior clareza mental e aprofundamento da percepção simbólica. Além disso, ao trabalhar com a linguagem dos sons e das imagens, a Biomúsica e a Terapia das Imagens auxiliam no desenvolvimento de uma consciência mais desperta e na superação de padrões limitantes, permitindo uma transformação genuína. O Workshop de Biomúsica e Terapia das Imagens da Associação Gnóstica de Brasília integra esses elementos, proporcionando uma vivência alinhada ao caminho gnóstico. Para Samael Aun Weor, os mitos e os sonhos contêm chaves fundamentais para a autorrealização, e a arte verdadeira deve servir ao despertar da consciência. Através da música, despertamos estados superiores de percepção, e por meio das imagens, acessamos os mistérios profundos da psique. Essa é uma oportunidade de experimentar, na prática, o poder da arte como canal de transcendência e autoconhecimento.

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A Libertação do Ego e o Caminho para a Verdadeira Felicidade

A Libertação do Ego e o Caminho para a Verdadeira Felicidade Desde a Grécia Antiga até o cristianismo primitivo e o gnosticismo, o conceito de ego sempre esteve associado ao conjunto de defeitos psicológicos que acumulamos ao longo da vida. Esses defeitos são agregados à nossa psique pelos maus hábitos, pelo descuido com a própria mente e pela entrega desenfreada aos prazeres e ambições.Na psicologia primordial grega e na filosofia original cristã (Philokalia), o ego é compreendido como um conteúdo psicológico negativo que nos leva ao erro e ao “pecado”, afastando-nos da harmonia divina. Ele é a raiz do sofrimento humano. O Ego na Perspectiva Gnóstica O gnosticismo traz uma visão distinta do ego em relação à psicologia acadêmica.Enquanto na psicologia convencional o ego é um elemento fundamental da psique e não pode ser eliminado, no gnosticismo o ego representa nossos defeitos psicológicos — e deve ser eliminado para que alcancemos a verdadeira libertação.Samael Aun Weor, mestre gnóstico contemporâneo, sintetizou essa verdade ao afirmar: “O ego é a raiz do sofrimento”.Na jornada gnóstica, romper as correntes do desejo, do medo e das ilusões nos liberta da falsa identidade que construímos a partir do que possuímos, sentimos ou pensamos.O ego nos mantém presos em um ciclo incessante de busca e insatisfação, esperando que algo externo nos preencha. No entanto, a plenitude sempre esteve dentro de nós. O Verdadeiro Caminho para a Felicidade A felicidade genuína não se encontra em posses, reconhecimento ou prazeres fugazes. Ela nasce no silêncio da mente, na paz de um coração livre e na consciência desperta. Quando dissolvemos e eliminamos o ego, nos libertamos do sofrimento e acessamos um estado de plenitude infinita — uma felicidade que não depende de nada externo, pois emana da conexão com o Ser, nossa Essência Interior Profunda.Aqueles que transcendem as ilusões da mente experimentam um estado de paz imutável, amor incondicional e liberdade absoluta. Nada pode afetá-los, pois já não há nada a ser defendido ou temido. Não há mais carência, pois tudo já é completo. Não há mais ansiedade, pois o tempo perde sua importância. Não há mais dor, pois compreende-se que tudo sempre fez parte do grande plano da existência.Esse estado não é uma utopia inatingível — ele está ao alcance de todo aquele que se propõe a despertar.Muitas pessoas passam a vida em busca da fama, do reconhecimento e da acumulação de bens materiais. Conquistam tudo o que muitos desejam, mas, no fim, encontram-se vazias, mergulhadas em tristeza, depressão e doenças. A própria experiência nos ensina que a verdadeira felicidade nunca virá de fora, mas sempre de dentro.Não é o ter, mas o ser. A busca desenfreada por algo externo para preencher o vazio interior apenas nos afasta da plenitude que já habita em nós.Por isso, tantos seres iluminados vieram à Terra e, mesmo sem possuir nada, tinham tudo. Eles compreenderam que a riqueza verdadeira não está nas mãos, mas na alma, e, ao encontrá-la, não puderam fazer outra coisa senão compartilhá-la com o mundo.Como diz a máxima espiritual: “Aquele que possui a luz, ilumina os demais.” Assim, os grandes mestres não guardaram para si a essência divina, mas irradiaram amor, sabedoria e paz, transformando a vida de muitos. Eles não buscavam reconhecimento, pois já haviam encontrado a Verdade dentro de si.A felicidade real não é uma meta distante, nem uma conquista exterior. Ela é um estado de ser, acessível a todo aquele que se propõe a despertar.Quando cessamos a busca incessante por algo fora de nós e voltamos nosso olhar para dentro, descobrimos que tudo o que sempre procuramos já estava ali: a paz imutável, o amor infinito e a liberdade absoluta. O Chamado à Transformação e à Verdadeira Felicidade Nosso Pai Interno nos convida constantemente a essa liberdade, mas cabe a nós escolher ouvir esse chamado. Nossa Mãe Interna, o fogo abrasador do Espírito Santo, pode purificar nossa psique se a nutrirmos e reverenciarmos corretamente.A chave está na atenção plena, na auto-observação e na vontade inquebrantável de retornar à Verdade. A felicidade absoluta não é um destino distante, mas sim nosso estado natural, o propósito de nossa alma.Quando nos despimos das ilusões do ego, o que resta é apenas luz, amor e plenitude eterna. Esse é o verdadeiro sentido da vida: ser um com a Verdade, ser um com o Divino, ser infinitamente livre.As escolas gnósticas oferecem técnicas práticas, objetivas e eficazes para a eliminação do ego, permitindo o florescimento das Virtudes da Alma. Tudo isso de maneira didática, gradual e serena, sem fanatismos ou ilusões.Que tal, então, buscar a felicidade de forma profunda e perene, no caminho certo e com os métodos corretos? Manoella de Paula Pessoa Vieira é advogada einstrutora gnóstica da Associação Gnóstica de Fortaleza.

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A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR

A maior Lei do Universo: o infinito e eterno SERVIR Quando estudamos as vidas de grandes homens e mulheres, como Samael Aun Weor, Jesus Cristo, Buda, Milarepa, Teresa D’Avila, Clara de Assis, Gandhi, Madre Teresa de Calcutá, padre Pio, irmã Dulce, Confúcio, Lao Tse, Paracelso, Joana Darc e tantos outros que perfumaram nossas civilizações , nos perguntamos….Por que nos lembramos deles ?O que nos faz lembrar deles ?Por que eles influenciaram sua geração e também muitas gerações posteriores ?Só há uma resposta: essa lembrança se perpetuou por aquilo que realizaram pelo próximo. São lembrados, em sua obra e sua doutrina, pela forma como isso impactou a humanidade, as pessoas.Recordamos do bem que fizeram, pois é pelas obras que se conhece o verdadeiro Ser Humano !O grande pesquisador e filósofo do século XX Samael Aun Weor nos ensina que o trabalho de todo servidor da divindade deve estar fundamentado em 3 fortes pilares:  morrer em si mesmo (eliminar seus defeitos), nascer em suas virtudes e servir a humanidade.Constatamos então que é no caminhar consciente pela existência (experiências que a vida nos proporciona, com suas pedras e flores) que poderemos “morrer” e “nascer”, mediante o imprescindível alimento que é o Servir a todos os seres.É impossível evoluir espiritualmente sem cooperar, sem servir!Certo dia, há muito tempo, voltando de sua longa caminhada pelas terras frias da Úmbria (Região da Itália), véspera de Natal, Francisco de Assis percebeu que as pessoas simples do lugarejo onde passava (símbolo de toda humanidade doente), ainda não compreendiam a essência daquela data. Então pediu licença a um estaleiro, um gentil homem, para usar um pequeno espaço externo em sua propriedade (estábulo). Depois também pediu a um pastor que trouxesse alguns animais. E o incrível: as pessoas, apesar do frio congelante do cair da tarde, começaram a chegar e chegar, maravilhados com a luz do entusiasmo de Francisco.E ele, em sua simplicidade, pediu a um jovem casal que lá estava que compusesse o cenário, colocando seu bebê na manjedoura, construída com simples palha e algumas folhas, e que também se colocassem ao lado dela. Sugeriu também o sábio de Assis que eles se ajoelhassem, cuidando da criança como joia delicada e preciosa.E então o milagre aconteceu: o céu resplandecente de um azul anil profundo mostrou sua beleza, fazendo brilhar sobre o estábulo uma linda estrela, que parecia compreender o que Francisco fazia.O astro resplandecente pairou sobre aquele estábulo cheio de vida, iluminando e cintilando de beleza.Todos os presentes, cheios de surpresa e curiosidade, silêncio e espanto, ouviram então as palavras de Francisco, que começou a lhes falar sobre o nascimento do Cristo.E assim nasceu o Presépio, marcante presença em todos os festejos natalinos em todos os países.Dessa forma simples e profunda serviu Francisco à humanidade, nos mostrando até hoje, através de um simples cenário com palhas, animais e personagens, o drama do nascimento do Cristo Intimo no coração dos homens e mulheres de boa vontade (Thelema).Da mesma forma também podemos falar de Milarepa, grande mestre budista que viveu no Tibete do século XII, e que após se libertar das mais profundas trevas de seus defeitos, realizou toda uma obra de serviço à humanidade, nas simples cavernas do Tibet, comendo urtiga, quase nu, sofrendo as terríveis agruras do frio intenso, as intempéries do clima. Nada interrompia a obra do grande santo tibetano: meditava, acolhia as almas sedentas de luz, sem bens, sem comida, sem vestes. Serviu e orientou centenas e milhares de pessoas, mostrando que, para servir, só é preciso Amar o Amor.Ah, e houve tantas mulheres Servidoras… Que tal representá-las em Teresa d’Avila, mestra da oração ? Com sua rebeldia e sua força mostrou aos prelados de uma época conturbada (Espanha do século 16 – época negra das pestes e da Inquisição) como é servir e construir uma obra, mesmo com tantas forças contrárias. Ela reformulou uma ordem decadente (a do monte Carmelo), enfraquecida pelas paixões humanas.Como mestra da oração, lutou de forma intensa contra suas próprias debilidades e defeitos psicológicos (tentações) para, junto com seu Amado João da Cruz, buscar restabelecer as bases cristãs puras para o mundo. Samael Aun Weor, um dos maiores escritores espiritualistas do século XX que através de seus grandes sacrifícios – possui mais de 100 livros editados – se esmerou em ensinar as diferentes formas de servir e amar, e mostrou que o suprassumo de todo serviço está em poder e saber ensinar ao ser humano o Despertar da Consciência, e manifestar o Cristo Social em sua própria vida. E observe: Samael abdicou de qualquer lucro sobre direitos autorais de seus livros: nasceu e viveu de forma pobre materialmente, mas adquiriu e distribuiu infinitas riquezas espirituais.Vamos conhecendo essas belas histórias e algo dentro de nós se mexe, podendo até nos levar a justificativas e evasivas: Eram uns loucos irresponsáveis.Eram incumbidos e protegidos por Deus.Eles eram mestres! Tinham consciência desperta.  Sabiam o que fazer e como servir.E nós, tão longe da magnificência desses mestres, como podemos realizar algo útil para a humanidade? Como servir? Pensamos assim por que queremos ser grandes antes mesmo de desabrochar!Todas as grandes árvores um dia foram uma simples semente.E para uma semente se tornar árvore, ela tem que conhecer a escuridão da terra, sofrer sua pressão, quebrar a casca que a limita, explorar o mundo além da terra.Construir raízes, caule, folhas, flores, receber a luz do Sol e transformá-la em substância física. Tudo isso para crescer, crescer e se tornar grande, exuberante, e então dar frutos, e dos frutos novas sementes, conduzir a vida !!Toda grande árvore um dia já foi uma tenra plantinha que trabalhou muito e pacientemente, sem reclamar, sem almejar mais do que precisava, confiante nas leis da natureza e do universo, que sempre cuida de seus filhos.Para servir precisamos ampliar nossa visão de “mundo” e ver a realização da vida sob o ponto de vista do universo e suas leis, da natureza e sua sabedoria.Observemos a natureza como ela serve a todo instante, silenciosa, amorosa, dedicada.Constatemos em nosso entorno, agora mesmo, a sala onde

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Título

O que é GNOSE?

A Associação Gnóstica de Brasília – AGB é uma instituição civil sem fins lucrativos, que objetiva divulgar a gnose moderna reestruturada por Samael Aun Weor, filósofo, antropólogo e cientista colombiano radicado no México, com mais de 80 livros editados em 70 países. 

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