Associação Gnóstica de Brasília

Shazam! e o Raio do Super-Homem

Shazam! e o Raio do Super-Homem – por Vinícius de Lacerda   Filmes sobre personagens do universo das HQs fazem cada vez mais sucesso. Afinal, o mito do herói sempre fez parte do nosso imaginário e das histórias que embalaram crianças e despertaram interesse nos jovens (e porque não dizer, nos adultos também). Em seu livro “A Jornada do Herói”, Joseph Campbell nos apresenta como esse arquétipo tem sido explorado nas lendas e mitos da humanidade: há um homem ou uma mulher comuns que se deparam com algo estranho, uma mudança na rotina, um segredo, uma aventura; daí, num primeiro momento, há a recusa em seguir, a qual logo é esquecida diante do encontro com o sobrenatural; durante a travessia, a descoberta dos poderes, dos talentos ou das virtudes, as primeiras provas ou desafios, as primeiras derrotas, os inimigos e aliados, o guia ou mestre e a grande missão se revela; há a provação ou o sacrifício, que logo se torna uma recompensa, que leva a um caminho de volta, de mudança, de ressurreição ou de redenção. O filme Shazam!, em cartaz desde meados de maio deste ano de 2019, conta a história de um menino órfão numa busca para encontrar sua mãe, de quem foi separado enquanto pequeno e, por isso, foi “condenado” a passar por diversos orfanatos e reformatórios juvenis. Até enfim encontrar a sua “família” num grupo de outros órfãos que vivem na casa de uma família (marido e esposa também órfãos) cheia de amor e de amizade. Para defender seu “irmão” com deficiência, nosso herói se arrisca enfrentando os famosos valentões da escola. A fim de não ser pego, foge e é levado de trem até uma caverna, onde um velho mago ou feiticeiro espera há séculos pela chegada de um campeão, o qual herdará os seus poderes. O garoto, então, pronuncia a palavra cabalística Shazam! (cujo nome é formado pela união das iniciais de Salomão, Hércules, Atlas, Zeus, Aquiles e Mercúrio), torna-se o herói, porém continua sendo uma criança no corpo de um adulto, tendo que aprender quais são seus poderes e amadurecer na luta contra o vilão. Vilão esse que, anteriormente, não foi escolhido pelo mago para receber os poderes, por não ser digno e por ter sucumbido às forças dos 7 pecados capitais. O vilão tenta então roubar os poderes do mocinho, que passa todo o filme lutando contra si mesmo, na sua busca por identidade e sentido da vida. Ao final, descobre que apenas dividindo seus poderes (virtudes) com seus “irmãos” é que seria capaz de derrotar o mal, representado pelo vilão e seus pecados (monstros que dele se desdobram e se materializam). Aliás, descobrindo que era preciso vencer primeiro a inveja para depois derrotar todos os outros pecados. Numa das mais belas cenas do filme, as virtudes (personificadas pelos irmãos do herói) enfrentam e vencem os defeitos ou pecados capitais, personificadas pelas emanações bestiais do vilão. A força do bem se distribui em todos os irmãos (as diferentes parte de nossa Alma) e as forças do mal são petrificadas e destruídas (os defeitos psicológicos sintetizados nos sete pecados capitais do vilão). Fernando Salazar Bañol, discípulo e secretário pessoal do V. M. Samael Aun Weor quando estava encarnado com seu bodhisatwa, em seu belíssimo livro intitulado “O Raio do Super-Homem”, narra a história do Mestre Contemporâneo da Gnose, nos revelando sua intimidade e o dia a dia do Avatar de Aquário até se tornar um Cristificado. Desde os primeiros passos da então criança Victor Manuel Gómez Rodríguez (aliás, muito antes disso, narrando, inclusive suas vidas anteriores), da juventude cheia de descobertas e de seu Ser Íntimo que o convidava a descobrir os segredos da espiritualidade até o seu Advento como Mestre de Mistérios Maiores em 1.954, fundindo-se com seu Cristo Samael, o raio da força. Durante toda a sua vida, Samael também foi descobrindo seus poderes e suas virtudes, enfrentou suas batalhas e seus desafios, foi provado, tentado, caiu, porém se ergueu pelo poder de sua vontade consciente, sua Thelema, tornando-se, assim, verdadeiramente um Ser Humano no mais exato sentido da palavra. Ou melhor, um Super-Homem. No filme Shazam!, há muitas e sutis mensagens gnósticas que nos remetem à própria vida do Kalki Avatar da Era de Aquário: seu uniforme é vermelho (cor de Marte) com uma capa branca (símbolo da Maestria e da Pureza); em seu peito, há o símbolo do raio (força); nos ombros, carrega duas imagens de felinos (o tigre, que representa a Força pela vitória sobre a luxúria, e o leão, que representa a Justiça Divina por se ter derrotado o Orgulho); recebe seus poderes de um mago (o Guia Interno, o Pai, o Instrutor), precisa desenvolvê-los sozinho (o caminho da Iniciação é solitário), tudo isso para derrotar o vilão (o ego, representado pelos pecados ou defeitos psicológicos). Depois de tudo isso, encontra a sua verdadeira família (os aliados do iniciado, aqueles que também trilham seu caminho na senda, inclusive seu Pai e Mãe Internos), para então esperar pelo próximo desafio (ou pela próxima prova iniciática). Ou seja, na Gnose o caminho que leva à Cristificação é como a jornada do herói: o homem ou a mulher comuns se deparam com um grande questionamento sobre a sua vida e sobre o que há além da vida, buscam por respostas e por caminhos até se depararem com a Verdade; essa Verdade faz com que questionem e quebrem velhos paradigmas, revela uma realidade além do mundo físico, desvelando também os mistérios da vida e da morte; aprende-se sobre os 3 Fatores de Revolução da Consciência (morrer misticamente, nascer alquimicamente e servir desinteressadamente), os quais levam o(a) futuro(a) adepto(a) ao início do caminho da Iniciação, o qual é cheio de provas, obstáculos, tentações, quedas, surpresas e batalhas; ocorre a luta contra os egos, a forja dos corpos solares, conquista-se a Maestria, desperta-se o Cristo Interno e então se inicia o trabalho de retorno ao Absoluto, não sem antes a missão de guiar toda uma humanidade pela mesma estrada Divina. Portanto, …

Natureza Mestra

Natureza Mestra Através da lente da vida, Da natureza que aqui habita, Da luz do Sol que colore as florezinhas em campânulas, Ora abertas, ora fechadas. Através do ar fresco e puro das selvas úmidas e geladas, Onde cantam doces e gratos os passarinhos, Vejo a liberdade provida. Sinto a paz da Mãe Terra querida, Sinto a força do Senhor da Esfera Bendita. Oh Adorável Mãe, como são lindos teus bosques e cabelos de folhagens, Teu aroma nos alcança pela dança das sílfides, Carregando o buquê que nas tuas flores reside. De repente, acordo em meio à tua beleza, E vejo minha pequenez frente à tua riqueza. Mãezinha perfumada, me ensina a ser como Tu és: Inabalável, destemida, generosa, Consciente, Incansável, criativa, formosa, presente. Reclino-me agora a Teus macios pés. Senhora que permite que toda criatura Brinque inconsciente em teu corpo desnudo Desde as formigas que correm por entre teus pastos fecundos, Fazendo buraquinhos em tua pele, Ou por este vasto mundo onde os saltinhos das frágeis lebres São tomados pelos disparos Dos irmãozinhos elefantes, que ao ouvirem teus sismos, estrondosamente infantes, vão para tuas terras distantes. Desde os cardumes de peixinhos, que se alimentam de teus pântanos, às grandes Baleias, que agitam as águas de teus cântaros. Sempre, simplesmente Gaia, Que acolhe o homem debaixo de tua saia, Que encobre os crustáceos nas areias de tuas praias, Que faz do leão mais um filho na multidão. Teu filho nascido tem cabeça de falcão, Que se alimenta do leite fecundo de tuas fêmeas, Abrigando-se em suas calorosas e leves penas. Mãezinha de doce canto, Tão amorosa és, que quando choras, Fazes cascatas das lavas Pahoehoe, Transformando-as em almofadas, novo berço de teus amores. Desde os tempos de outrora, Vibra a Aurora, Sorrindo, suporta suas dores, Gestando e parindo os frutos, os seres e as flores, fazendo-se fecunda pelo Pai Solar. Nem podes nem queres parar, quando surge a luz lunar E mesmo no colo da Mãe Estrelada, ao se reclinar, Continua a girar e a contar suas histórias e memórias de lutas e glórias Até que o Grande Arquiteto conclua seu projeto. Mãe Divina, Grande Poetisa, senhora do Véu de Nuvens, Ensina tuas filhas a verem na tua realeza, A missão de verdadeira riqueza, Que a nós profetisa: Ser Mãe é um Sacerdócio da Natureza!

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